A Samsung antecipou em um mês o anúncio do Galaxy S de 2021 e, nesta quinta (14), mostrou os Galaxy S21, S21 Plus e S21 Ultra em um evento online. No geral, são leves atualizações dos modelos lançados ano passado. Do que vi, destaco:
O novo desenho do calombo das câmeras, que escorre da borda de metal, tem um efeito legal e pelas fotos e vídeos parece menos feio que os calombos da linha S20.
O Galaxy S21, modelo de entrada, usa plástico na parte de trás. Os demais, vidro.
O Galaxy S21 Ultra tem curiosas duas lentes teleobjetivas, uma com zoom de 3x e outra de 10x. É o primeiro celular da linha S que suporta a S Pen, ainda que ela seja vendida separadamente e precise de uma capinha para ser levada junto ao celular. E só está disponível em duas cores: preto ou branco.
Todos os três usam chips atualizados: Snapdragon 888 nos Estados Unidos, e Exynos 2100, alardeado pela Samsung por ser o primeiro da empresa feito em processo de 5 nanômetros, no resto do mundo. Os Galaxy S21 e S21 Plus têm 8 GB de RAM, enquanto o S21 Ultra começa em 12 GB e a versão de 512 GB de armazenamento traz 16 GB de RAM. Haja RAM!
Todos os três têm telas de alta definição e taxa de atualização dinâmica, que varia automaticamente de 48 a 120 Hz. Não precisa mais escolher um ou outro.
Todos os aparelhos vêm sem carregador de parede e sem fones de ouvido na caixa — pelo meio ambiente! A Samsung Brasil disse ao Interfaces que ainda não sabe se as caixas vendidas no Brasil virão magrinhas aqui também, mas muito me surpreenderá se aparecem recheadas.
A Samsung também anunciou os Galaxy Buds Pro (fones de ouvido sem fios) e as Galaxy SmartTag em duas versões — a Plus é mais precisa e tem um esquema de realidade aumentada para ajudar o usuário a encontrar a bugiganga perdida.
A pandemia afetou bastante as vendas do Galaxy S20. A consultoria Counterpoint Research estima que a linha Galaxy S21 as recuperará, ainda que a antecipação do seu lançamento somada ao atraso no do iPhone 12, que está vendendo feito pãozinho quente, possa colocar pressão na Samsung. Um fator que ajudará a Samsung a vender mais este ano é o preço inicial do Galaxy S21, de US$ 799, ou US$ 200 mais barato que o Galaxy S20.
A CES, maior evento anual do setor de tecnologia, está toda virtual e com menos expositores em 2021. Apesar das baixas, ainda é parada obrigatória para o setor e quem se interessa por tecnologia de consumo. Via Folha.
As novas tecnologias apresentadas lá são tão interessantes quanto os novos produtos. Elas antecipam o que estará nas lojas daqui a alguns (ou muitos) meses. Às vezes são só vaporware, mas vale a menção. O que vi de legal nesta edição, até agora:
O tablet NXTPAPER, da TCL, que usa uma tela que combina as características de um bom LCD com as do e-ink. Já tem preço (€ 349) e previsão de lançamento no mundo inteiro, menos Estados Unidos (abril deste ano). Via The Verge (em inglês).
Telas que enrolam, como esta da LG. Partes móveis em celulares ainda me deixam apreensivos, mas esse formato, que “esconde” a tela estendida melhor que o dos atuais dobráveis já no mercado, é algo que eu toparia comprar. Via Android Authority (em inglês).
MiniLED, nova tecnologia de painéis de TV que aproxima o LCD das OLED, chegando a produtos comerciais. As nomenclaturas não ajudam (Neo QLED na Samsung, QNED na LG, OD Zero na TCL) e os preços não deverão ser baratos na primeira leva, mas vale ficar de olho porque não levará muito tempo para baratearem. O salto do microLED será ainda maior (LEDs individuais para cada pixel, em vez de áreas de pixels), mas ainda falta muito chão para chegar a nós, meros mortais. Via Samsung, Gizmodo e Uol.
Nova geração do sensor de impressão digital sob a tela da Qualcomm, com uma área 77% maior e 50% mais rápido que a anterior. Seria legal, nessa época de máscaras, a volta do Touch ID no iPhone. Via 9to5Mac (em inglês).
A Intel sentiu o bafo quente da Apple e da ARM no cangote e trouxe um “teaser” da 12ª geração de processadores Core ao lado de novas variantes da 11ª e em meio a uma enxurrada de notebooks equipados com essa geração. Via The Verge (em inglês).
Ser verde está na moda, então a Samsung anunciou um controle remoto para TVs que usa bateria interna em vez de um par de pilhas palito (AAA). No material de marketing a Samsung destaca a presença de um mini painel nas costas do controle para recarregar a bateria por energia solar, mas o controle também tem uma porta USB-C para… você sabe, uma recarga tradicional. A vida útil da bateria do controle é estimada em sete anos, alinhada à da própria TV.
A linha 2021 de TVs Samsung traz ao varejão a tecnologia Mini LED, que promete aproximar o LCD tradicional das caríssimas OLED em qualidade de imagem expandindo significativamente o número de LEDs por trás do painel. Via Samsung.
A documentação do Galaxy S21 submetida à Anatel revela que o celular, que deve ser anunciado em janeiro, virá sem carregador de parede e fones de ouvido na caixa, a exemplo dos iPhones. Desta vez, pelo menos, apenas uma página local da Samsung, a do Caribe, tirou sarro da situação. Anteriormente, comerciais globais da Samsung caçoaram do entalhe do iPhone X e do fim do conector de fones de ouvido de 3,5 mm, apenas para, meses depois, seguir a tendência e repetir ela mesma as decisões antes criticadas da Apple. Via Tecnoblog.
A Samsung colocou o Galaxy Z Fold 2 5G, segunda geração do seu celular com tela dobrável que vira um tablet quando desdobrado, em pré-venda no Brasil. Custa R$ 14 mil. Além do celular, o comprador leva de brindes um par de Galaxy Buds (R$ 1,3 mil no varejo) e um relógio Galaxy Watch 3 (R$ 3 mil), acesso a suporte personalizado 24/7 e uma troca gratuita de tela (tem que pagar uma franquia de R$ 800; o reparo em “avaria na tela” do Z Fold original, fora da garantia, tem preço de tabela de R$ 4.866). O lançamento é no dia 13 de novembro. Via Samsung.
Kun-hee assumiu a Samsung no final dos anos 1980, herdando o cargo de seu pai. Em 1993, iniciou uma reviravolta na empresa que a transformou no titã global que é hoje, responsável por 20% do PIB sul-coreano. Pelo caminho, teve condenações por suborno e sonegação fiscal. Em 2014, Kun-hee sofreu um infarto que o incapacitou para as atividades do dia a dia; desde então, seu filho Jay Y. Lee tem liderado o conglomerado.
Há alguma apreensão sobre a herança deixada por Kun-hee (de 50–65%), que deverá render alguns bilhões de dólares ao governo da Coreia do Sul. Esse imposto sobre a herança e o papel da Samsung na economia do país são tão relevantes que havia até uma teoria da conspiração acerca da saúde de Kun-hee. O cargo deverá ser ocupado por Jay Y. Lee, mantendo a tradição dos chaebols do país, um tipo de conglomerado empresarial de grande porte, mas controlado por uma família. Via Folha, The Verge (em inglês).
Uma investigação de dois meses revela como empresas de tecnologia tentam influenciar, com embargos, presentes e viagens, a cobertura que a imprensa faz delas.
Oferecimento: Não é exagero dizer que a linha Galaxy J, da Samsung, é um grande sucesso da empresa sul-coreana. Em 2017, no Brasil, os incontáveis aparelhos da linha venderam 20 milhões de unidades, o que correspondeu a 42% dos smartphones vendidos no país. Os dados são da consultoria IDC. Apesar do bom desempenho, em 2019 […]
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