Acreditamos que acrescentar armas a robôs operados à distância ou autônomos, amplamente disponíveis ao público e capazes de chegar a locais antes inacessíveis onde pessoas vivem e trabalham, traz novos riscos de danos e sérias questões éticas. O armamento desses robôs também abalará a confiança do público na tecnologia de forma a prejudicar os enormes benefícios que eles trarão à sociedade. Por esses motivos, não apoiamos o armamento de nossos robôs móveis de uso geral.

— Boston Dynamics e outras empresas do setor, em carta aberta.

As empresas estão preocupadas com pessoas que têm modificado robôs de prateleira, à venda para o grande público, a fim de transformá-los em armas. O que poderia dar errado, né? Via Axios (em inglês).

Comunidades online começam a banir ilustrações geradas por inteligência artificial.

Andy Baio compilou comunicados de algumas comunidades online que baniram o uso de ilustrações/imagens geradas por inteligências artificiais, como o DALL-E 2, Midjourney (que já ganhou um concurso) e Stable Diffusion.

O DeviantArt, uma das maiores do tipo, ainda não tomou partido, mas Andy diz que as reclamações de usuários humanos do enorme volume de ilustrações geradas artificialmente têm aumentado.

O Lexica dá uma boa dimensão do problema que essas IAs representam a tais comunidades: trata-se de um banco de imagens pesquisáveis que já contém 10 milhões de imagens, todas geradas em poucas semanas por alguns beta testers da Stable Difussion. O volume de produção está em outra magnitude, em uma escala não-humana. Via Waxy (em inglês).

Twitter suspende meio milhão de contas de spam por dia.

Parag Agrawal, CEO do Twitter, foi à rede explicar como a empresa lida com perfis falsos/de spam. Praticamente uma indireta bem direta a Musk, que na sexta (13) suspendeu temporariamente a compra da empresa para averiguar a situação desse tipo de perfil.

A explicação de Agrawal (em inglês) é bem interessante e, dentro do que um fio no Twitter permite, detalhada. Chama a atenção o fato de que, todos os dias, o Twitter suspende mais de meio milhão de contas e bloqueia preventivamente outras tantas para verificar se são legítimas ou não.

Provando-se detentor de elevado nível de maturidade, Musk respondeu o CEO do Twitter com um emoji de cocozinho (“?”). Em seguida, prosseguiu: “Então como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro? Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter.” Via @paraga/Twitter, @elonmusk/Twitter (ambos em inglês).

Contas de robôs agora podem ser identificadas como tais no Twitter.

O Twitter liberou a marcação de contas automatizadas, mantidas por robôs, para todos os usuários. Perfis que publicam de maneira autônoma que forem marcadas como tais exibirão um selo indicativo. A identificação é opcional e foca nos robôs benignos, aqueles que não tentam se passar por seres humanos para tumultuar o debate público.

O Twitter espera que o selo ajude os usuários a tomarem decisões melhores a respeito de quem seguir e, em consequência, aumentar a transparência e confiança da plataforma. Via @TwitterSafety/Twitter, Engadget (ambos em inglês).

Amazon anuncia robô doméstico de vigilância — porém com olhos fofinhos.

A Amazon anunciou um punhado de novos produtos em um evento nesta terça (28). O principal foi o robô doméstico Astro — parece um aspirador de pó, mas ele não tem essa habilidade. O Astro faz vários truques comuns da Alexa (seu “rosto” é um Echo Show 10 colado em uma base com rodas, motores, câmeras e sensores). Sua velocidade é de até 1 metro por segundo e ele tem uma câmera do tipo periscópio e um pequeno compartimento de cargas na parte de trás. A própria Amazon admite que o Astro ainda é meio inútil, mas acredita que esse tipo de produto será comum nas casas norte-americanas dentro de uma década, por isso aposta nele desde já. Via Amazon (em inglês), The Verge (em inglês).

Quase ao mesmo tempo em que a Amazon falava do Astro, a Vice publicava documentos internos vazados da empresa em que engenheiros questionam a precisão da identificação de rostos do Astro e criticam a fragilidade do hardware e a “inteligência” do produto. Sem surpresa, um deles, que trabalhou no projeto, definiu o Astro como “um pesadelo de privacidade”. O privilégio de colocar um robô da Amazon que te persegue dentro de casa custa US$ 999 lá fora, apenas para “convidados”. Via Vice (em inglês).

De todas as bugigangas anunciadas, duas chegarão ao Brasil e já tiveram seus preços locais revelados: a segunda geração do Echo Show 81 (R$ 999, lançamento em 7 de outubro) e o novo Echo Show 151 (R$ 1.899, sem data de lançamento), uma espécie de monitor/quadro digital de 15,6″.

  1. Ao comprar por este link, o Manual do Usuário ganha uma comissão. O preço que você paga não se altera. De qualquer forma, o Manual do Usuário desaconselha a aquisição de quaisquer produtos com Alexa.

Robôs da Boston Dynamics dançam Do you love me

Os robôs da Boston Dynamics se reuniram para “celebrar o início do que, esperamos, será um ano mais feliz” dançando Do you love me, do The Countors, melhor que muito ser humano. Que medo.

Coach de robôs? Conheça os profissionais que ajudam chatbots a reencontrarem propósito na carreira

Com o avanço da inteligência artificial (IA), muitas profissões estão desaparecendo. Por outro lado, novos cargos surgem para atender às demandas de um mercado cada vez mais conectado. Um deles é o emprego do Felipe, 25, psicólogo. Ele trabalha em uma grande empresa de comércio de roupas online e realiza cerca de 15 atendimentos todos os dias. Nenhuma destas sessões é com funcionários da empresa.

Os “pacientes” de Felipe são os robôs de atendimento ao consumidor, ou chatbots no jargão do incipiente setor. “Ainda não tem um nome consolidado para aquilo que eu faço. Eu comecei a chamar de ‘coach de chatbots’ meio que na brincadeira e o pessoal gostou. Pegou”, afirma.

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Twitter, torne os robôs da sua rede identificáveis

Qualquer um interessado em influenciar a opinião pública pagaria um punhado de dólares, feliz da vida, para amplificar sua voz. Governos, grupos políticos, empresas, comerciantes e simples trolls continuarão a gritar através de exércitos de bots — enquanto eles forem baratos. Os bots, ou robôs, custam menos que comprar espaço publicitário, são menos arriscados que uma rede de espiões, mais eficientes e menos propensos a falhas que criar 50 contas falsas manualmente. Se robôs pudessem ser identificados e etiquetados, a indústria de boataria sofreria um duro golpe. Aqui está como podemos fazer isso acontecer. Continue lendo “Twitter, torne os robôs da sua rede identificáveis”

90 anos de “Metropolis”, o clássico filme de ficção científica de Fritz Lang

Entre as suas várias funções, a ficção tenta, com o uso de metáforas, analogias e exercícios de futurologia, nos fazer entender e vislumbrar aonde estamos indo. Nesse último sentido, a ficção científica se mostra especialmente importante em tempos de tecnicalidade extrema e uma confiança talvez sem precedentes de que a resolução dos nossos muitos conflitos passa por meio externos ao próprio ser humano.

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A maioria dos seguidores de Danilo Gentili no Twitter é mesmo fake?

Um C E R T O B L O G chapa-branca publicou, com a pompa de descobridor do fogo, a denúncia de que o humorista e apresentador Danilo Gentili inflou sua base de seguidores no Twitter. A “fraude dos milhões de seguidores”, diz a chamada.

Por que alguém faria isso? Olha, há bons motivos. Uma base grande enche os olhos de admiradores, aumenta o faturamento com tweets patrocinados e, claro, esquenta o clima na (tentativa de?) diálogo com a oposição. No caso de Gentili, o referido blog o acusa de se aproveitar da sua base de seguidores de mentirinha para fortalecer o discurso da direita nas últimas eleições. Continue lendo “A maioria dos seguidores de Danilo Gentili no Twitter é mesmo fake?”

Pepper, o robô emotivo japonês, é um vislumbre do futuro das nossas relações sociais

Este é o Pepper, um robô social fabricado em parceria pela SoftBank e Aldebaran Robotics. Ele tem 1,21 m, rodas no lugar dos pés e é capaz de entender e reagir às emoções humanas. O Pepper entrou em pré-venda no Japão e as mil unidades do lote inicial foram vendidas em menos de um minuto. Preço? Pouco mais de US$ 1.600 — fora a mensalidade, de US$ 200, que cobre manutenção, seguro, pacote de dados e apps que ainda serão lançados. Continue lendo “Pepper, o robô emotivo japonês, é um vislumbre do futuro das nossas relações sociais”