Os óculos de realidade aumentada da Xiaomi

Homem branco, de cabelo curto e camiseta bege, usando um par de óculos enorme, com bordas prata e preta, enquanto segura um celular branco em frente ao rosto.
Foto: XDA-Developers/Reprodução.

Este é o Xiaomi Wireless AR Smart Glass Explorer Edition, protótipo de óculos de realidade aumentada (RA) da fabricante chinesa. Ele foi exibido Ben Sin (e somente a ele), do site XDA-Developers, no MWC 2023, em Barcelona.

Feio que dói, os óculos de RA da Xiaomi não têm previsão de serem comercializados. Sin especula que isso se deve à bateria (dura ~30 minutos), mas talvez um Google Glass mais desengonçado, ainda que tecnicamente melhor, não tenha muito apelo junto ao grande público?

Há quem argumente que estamos vivendo a fase “celulares Nokia/Motorola pré-iPhone” desses óculos, e que, se a história se repete, nos próximos meses ou anos a Apple lançará um modelo super legal, que validará o segmento e será copiado por empresas como a própria Xiaomi. É uma aposta, mas hoje não temos sequer um óculos equivalente ao “Nokia/Motorola pré-iPhone” da analogia com celulares. Via XDA-Developers (em inglês, com várias fotos).

Sobre câmeras, fotografia digital e a nossa memória

Além de aumentarem a qualidade das câmeras dos celulares, as fabricantes agora também estão investindo em quantidade. Esse foco em câmera é tanto objetivo quanto resposta à demanda do público, que há muito abdicou de câmeras dedicadas para confiar totalmente na dos celulares.

No Guia Prático desta semana, eu (Rodrigo Ghedin), Naiady Piva e Fabio Montarroios (que fotografa por hobby e tem uma página legal no Flickr) aproveitamos o gancho dos anúncios do Mobile World Congress para conversar sobre a relação que temos com fotografia digital. Por que tiramos fotos? Como as revisamos, guardamos e revisitamos ao longo dos anos? Faz falta uma câmera dedicada? Ouça e, depois, participe do debate nos comentários.

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Com Android e foco no consumidor, smartphones Nokia voltam a chamar a atenção

A história da Nokia nos smartphones compreendeu três atos. Começou muito bem, com ela fazendo a transição a partir dos feature phones e liderando o mercado incipiente durante os anos 2000. A partir de 2007, duas empresas improváveis, Apple e Google, despontaram do nada e viraram o segmento do avesso, o que deixou os antigos líderes perdidos e, por fim, ultrapassados. O melancólico desfecho da tragédia finlandesa teve início em 2013, quando sua divisão de telefonia móvel foi vendida à Microsoft e os smartphones, rebatizados de “Lumia”. Dois anos mais tarde, a produção de celulares dentro da Microsoft morreu, junto com o próprio Windows Phone.

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Os AntiMWC

Para grande parte dos jornalistas brasileiros com quem tenho contato, o Mobile World Congress é o melhor evento de tecnologia do ano. Não só porque reúne os principais lançamentos da área de mobile, mas também pela organização caprichada e benevolente — ela oferece transporte público e almoço grátis à imprensa. Isso sem falar que acontece em Barcelona, na Espanha, uma cidade que é um prato cheio para o turismo nas (poucas) horas vagas. Essa opinião, porém, não é unânime, conforme denunciavam alguns cartazes colados em agências bancárias e próximos de caixas eletrônicos com os dizeres “AntiMWC”. Continue lendo “Os AntiMWC”

A vitória da Nokia (e da nostalgia) no MWC 2017

O calendário da tecnologia tem algumas constantes. O ano abre com a CES, em Las Vegas, e no mês seguinte acontece o Mobile World Congress, em Barcelona, onde a maioria das fabricantes de smartphones revela suas apostas para os meses seguintes. Em 2017, em vez de um celular super poderoso, foi um carente de recursos básicos em qualquer smartphone que roubou a cena. Em 2017, a nostalgia falou mais alto. Continue lendo “A vitória da Nokia (e da nostalgia) no MWC 2017”

MWC 2016, dia 5: Um sonho aos contornos de Gaudí

Nota do editor: A Emily, que você deve conhecer do iG Tecnologia e/ou do Guia Prático, está em Barcelona, na Espanha, para cobrir a MWC, uma das maiores feiras de tecnologia do planeta. Ela está compartilhando conosco os bastidores da feira — um ponto de vista muito interessante e que raramente sai dos círculos de jornalistas que cobrem eventos do tipo. A cobertura termina hoje, este é o último post! Leia os dos dias anteriores: primeirosegundoterceiro e quarto.


Em geral, a forma como acordo diz muito sobre como será o meu dia. Então, quando eu despertei atrasada para a coletiva da Xiaomi, já sabia que o dia não seria fácil. Continue lendo “MWC 2016, dia 5: Um sonho aos contornos de Gaudí”

Mobile, smartphones e retrospectiva

Esta noite estou viajando para Barcelona para a MWC deste ano, a principal feira anual da indústria móvel. Tenho ido à MWC desde 2001, entra ano e sai ano, quando era na (fria e chuvosa) Cannes e tinha um décimo do tamanho — no ano passado havia 85 mil pessoas.

O ano de 2001 foi o seguinte ao leilão europeu do espectro de 3G, quando as operadoras móveis, bem no topo das bolhas de Internet e do mobile, gastaram € 110 bilhões em alguns meses. Elas passaram anos se recuperando da ressaca. Grande parte da justificativa para aqueles valores era a promessa de serviços de dados a serem entregues neste espectro. Mas demorou até 2005 para os primeiros celulares com 3G que não fossem tijolos chegarem ao mercado europeu e até 2007, é claro, para os serviços de dados entregues por esse espectro se tornarem interessantes. Continue lendo “Mobile, smartphones e retrospectiva”

MWC 2016, dia 4: Tecnologia na mesa de jantar

Nota do editor: A Emily, que você deve conhecer do iG Tecnologia e/ou do Guia Prático, está em Barcelona, na Espanha, para cobrir a MWC, uma das maiores feiras de tecnologia do planeta. Ela está compartilhando conosco os bastidores da feira — um ponto de vista muito interessante e que raramente sai dos círculos de jornalistas que cobrem eventos do tipo. Leia os relatos do primeirosegundo e terceiro dias.


Tirar leite de pedra também faz parte do trabalho jornalístico, especialmente quando se está cobrindo uma feira na qual o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, resolve aparecer não uma, mas duas vezes na programação do evento. A conferência do Zuck foi na segunda-feira à noite, mas ele falou tão pouco e de tanta coisa que tive que parar e pensar no que escrever para o iG. Afinal, por mais lacônico que seja, é o dono do Facebook falando. Continue lendo “MWC 2016, dia 4: Tecnologia na mesa de jantar”

MWC 2016, dia 3: Tinha uma greve de metrô no meio do caminho

Nota do editor: A Emily, que você deve conhecer do iG Tecnologia e/ou do Guia Prático, está em Barcelona, na Espanha, para cobrir a MWC, uma das maiores feiras de tecnologia do planeta. Ela está compartilhando conosco os bastidores da feira — um ponto de vista muito interessante e que raramente sai dos círculos de jornalistas que cobrem eventos do tipo. Leia os relatos do primeiro e segundo dias.


Finalmente chegou o dia em que a Gran Fira abriu suas portas para o grande público da Mobile World Congress 2016! Depois de um fim de semana agitado pelos principais anúncios do evento, o primeiro dia de feira pra valer não poderia deixar de ser emocionante. Continue lendo “MWC 2016, dia 3: Tinha uma greve de metrô no meio do caminho”

MWC 2016, dia 2: A disputa das sul-coreanas

Nota do editor: A Emily, que você deve conhecer do iG Tecnologia e/ou do Guia Prático, está em Barcelona, na Espanha, para cobrir a MWC, uma das maiores feiras de tecnologia do planeta. Ela está compartilhando conosco os bastidores da feira — um ponto de vista muito interessante e que raramente sai dos círculos de jornalistas que cobrem eventos do tipo. Leia o relato do primeiro dia.


A MWC 2016 nem começou oficialmente e já está repercutindo bastante. Nem em sonho eu imaginava que veria Mark Zuckerberg ao vivo, em carne, osso e camiseta cinza, no palco de um lançamento de smartphone, muito menos que o CEO do Facebook entraria no auditório sem ser visto pelos cinco mil presentes — terá sido um vislumbre do futuro que nos aguarda?

Foi histórico, para dizer o mínimo. Mas, a verdade é que, desde cedo, o dia avisava que seria movimentado: na pauta, além do lançamento da LG no início da tarde e da Samsung no início da noite, estavam programados dois eventos que costumam render pauta: o Show Stoppers e o Mobile Focus. Desta vez, porém, eles foram totalmente ofuscados pelas rivais sul-coreanas. Continue lendo “MWC 2016, dia 2: A disputa das sul-coreanas”

MWC 2016, dia 1: Os bastidores da feira que já começou

Nota do editor: A Emily, que você deve conhecer do iG Tecnologia e/ou do Guia Prático, está em Barcelona, na Espanha, para cobrir a MWC, uma das maiores feiras de tecnologia do planeta. A partir de hoje ela compartilhará conosco os bastidores da feira — um ponto de vista muito interessante e que raramente sai dos círculos de jornalistas que cobrem eventos do tipo.


Logo mais começa a Mobile World Congress, minha feira de tecnologia predileta. E não apenas por ser em Barcelona, cidade da parte catalã da Espanha, mas pelo evento em si. Para mim a MWC é a melhor porque, ao contrário da CES, que se espalha por Las Vegas, ela é menor, acontece praticamente em um único espaço. E também porque é mais focada — nada de carros ou eletrodomésticos, como na IFA, de Berlim. Aqui o assunto é smartphone e o universo que gira ao seu redor. Continue lendo “MWC 2016, dia 1: Os bastidores da feira que já começou”

5 curiosidades sobre smartphones do MWC 2015

Das poucas feiras mundiais de tecnologia que acontecem anualmente, o Mobile World Congress em Barcelona, Espanha, é a única, como o nome sugere, dedicada a dispositivos móveis e acessórios. Por isso vemos tantos anúncios e lançamentos sendo feitos lá. Uns manjados, como o novo Galaxy S da Samsung, outros… inusitados.

Neste post, separei cinco curiosidades relacionadas a smartphones que apareceram no MWC deste ano. Se faltou alguma, avise nos comentários que emendo o post. Continue lendo “5 curiosidades sobre smartphones do MWC 2015”

A Samsung parece ter acertado a mão com o Galaxy S6

O recém-anunciado Galaxy S6 e sua variante com a tela que “derrete” nas bordas, o S6 Edge, mostram o que acontece quando uma empresa hegemônica em certo segmento vê sua liderança ameaçada. Os dois têm metal, vidro, um software mais limpo e outros pequenos acertos.

Desde 2012, quando a Samsung apresentou o Galaxy S3, o design do seu principal smartphone não variou muito. E foi sempre alvo das mesmas críticas: um hardware poderoso minado por um acabamento pobre e um software abarrotado. Os sucessores, S4 e S5, foram apenas atualizações rotineiras com variações sutis em um design inerentemente fraco. Eles cumpriam seus objetivos (gostei bastante do S5, por exemplo), mas era inegável que faltava… algo. Bom gosto? Materiais nobres? Mais atenção no tratamento dado ao Android? Tudo isso. Continue lendo “A Samsung parece ter acertado a mão com o Galaxy S6”

O Nokia X não é para você, mas é importante para Nokia e Microsoft

Em 2010, antes da parceria entre Nokia e Microsoft ser anunciada, muita gente sonhava com um smartphone da empresa finlandesa rodando Android. Na época Anssi Vanjoki, então executivo da Nokia, declarou que recorrer ao Android equivalia a “fazer xixi nas calças para se esquentar no inverno”, ou seja, era uma solução paliativa, sem futuro.

A frase de Vanjoki (que se demitiu logo depois de proferi-la) foi muito recitada ontem por ocasião do anúncio do Nokia X, nova família de smartphones que rodam Android. À primeira vista, parece que morderam a língua. Não é bem assim. O Nokia X usa mesmo Android, mas não disputa espaço com outros smartphones com o sistema do Google. Ele sequer tem a ver com o Google. Complicou? Calma que eu explico. Continue lendo “O Nokia X não é para você, mas é importante para Nokia e Microsoft”