Spotify reajusta preços no Brasil.

A assinatura premium do Spotify ficou mais cara no Brasil:

  • Individual: de R$ 19,90 para R$ 21,90 (+10,1%);
  • Duo: de R$ 24,90 para R$ 27,90 (+12%);
  • Universitário: de R$ 9,90 para R$ 11,90 (+20,2%).

O plano família não sofreu alterações — continua custando R$ 34,90.

TikTok lança streaming de música no Brasil.

O TikTok lançou, no Brasil e na Indonésia, um streaming de música. O TikTok Music é mais barato que os concorrentes (R$ 16,90/mês) e conta com integração com o TikTok. É o segundo app do tipo da ByteDance. O anterior, Resso, será aposentado nesses dois mercados no dia 5 de setembro. Via TikTok.

Novos jeitos de morrer

Em sua autobiografia publicada em 2016, Rita Lee imaginou a própria morte. Em meio às reações que esperava de fãs, dos jornais e de políticos, escreveu que “nas redes sociais, alguns dirão: ‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’”.

A internet e as plataformas digitais mudaram muito da comunicação humana. Não seria diferente com o luto. A exemplo de diversas áreas da vida, a experiência de morte aos que ficam passou por mudanças tão rápidas no digital que parece que foi sempre assim. Só que não foi.

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Desavenças internas e ameaças externas envolvendo IA colocam Google contra a parede.

O Google ainda parece estar atordoado com o atropelo da OpenAI e seu ChatGPT. Duas reportagens nos últimos dias mostram desavenças internas e dificuldades em lidar com as novas e sérias ameaças que rondam a empresa nesses tempos de inteligências artificiais.

Em uma, da Bloomberg, a reportagem conversou com alguns funcionários e ex-funcionários do Google para mostrar como o lançamento desastrado do Google Bard ignorou diversos alertas e pedidos por um adiamento, do setor de ética a funcionários comuns.

O Google jogou no lixo anos de trabalho em salvaguardas e cuidados no uso de IA frente a uma ameaça corporativa. Não que seja surpresa, mas o episódio dá uma dimensão do que realmente importa dentro dessas empresas.

A outra, do New York Times, revela o “pânico” que se instalou dentro do Google em março diante da notícia de que a Samsung estaria cogitando trocar o Google pelo Bing, da Microsoft, como motor de busca padrão em seus celulares. Estima-se que essa parceria renda US$ 3 bilhões por ano ao Google.

Bônus: uma música viral, com vocais de Drake e The Weekdn criados por uma inteligência artificial, colocou o YouTube (que é do Google) em um dilema existencial: ao tirar do ar a canção, a pedido da Universal (gravadora que representa Drake), o Google diz implicitamente que trabalhos derivativos de IAs ferem direitos autorais, abrindo um precedente que coloca em risco as suas próprias IAs. Se não fizer nada, compra briga com a indústria fonográfica. No The Vergeum ótimo artigo acerca desse assunto.

Com Classical, Apple Music se posiciona como a antítese do Spotify.

O Apple Music Classical é um deleite. O novo aplicativo, disponibilizado na noite desta terça (27), é autoexplicativo em sua razão de existir: ele pega o(a) ouvinte pela mão e mostra as especificidades da música clássica, em especial a taxonomia própria do gênero, com divisões por compositor, gravações e até instrumentos.

Bônus: uma série em dez partes de uma espécie de podcast introdutório, “A história da música clássica” (infelizmente apenas em inglês).

É um aplicativo que eu não pagaria à parte, mas imperdível como extra sem custo na assinatura do Apple Music. E, acho eu, o Classical funciona quase como uma declaração do posicionamento do serviço da Apple como um de música, e somente de música — sem podcasts, sem audiolivros, uma antítese do que o Spotify está tentando se transformar custe o que custar. Via App Store.

App de música clássica da Apple chega no fim de março.

Enquanto o Spotify coloca a música em segundo plano para promover podcasts e outros produtos de áudio, a Apple segue na direção contrária, reforçando o foco em música do seu streaming… de música. (Parece óbvio, né?)

Nesta quinta (9), a Apple anunciou o Apple Music Classical, um aplicativo à parte dedicado a música clássica.

O Apple Music Classical é baseado no Primephonic, um serviço de streaming que a Apple adquiriu em agosto de 2021.

Pode parecer meio estranho dedicar um aplicativo a um estilo (? gênero? Como se define isso?) musical, mas a dor não só existe como é objeto de vários aplicativos específicos para este fim.

A classificação/organização de música clássica é bem diferente das canções contemporâneas, começando pelo fato de que os compositores têm maior peso e são mais conhecidos do que os intérpretes. (No mínimo, é impossível ouvir os maiores, como Mozart ou Beethoven, tocando suas próprias composições; ambos morreram antes da invenção da música gravada.)

Esta boa reportagem do New York Times (em inglês), de 2019, explica um pouco o drama dos ouvintes de música clássica na era do streaming.

O Apple Music Classical será lançado no dia 28 de março como um extra, sem custo adicional, na assinatura do Apple Music. Já dá para “pré-baixar” o aplicativo na App Store. Via @AppleClassical/Twitter (em inglês).

Todas as nossas indicações culturais de 2022

Ao final de cada programa do Guia Prático, o podcast de bate-papo do Manual do Usuário, eu (Rodrigo Ghedin), Jacqueline Lafloufa e convidados fazemos uma indicação cultural — pode ser livro, filme, jogo, música, até palestra.

Em 2022, foram 110 indicações ao longo de 44 programas. No clima das retrospectivas de fim de ano, reunimos todas elas numa tabela dinâmica, abaixo, para recuperar as coisas boas que nos fizeram pensar, que nos divertiram e nos engrandeceram.

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3 meses grátis de Apple Music via Shazam.

O Shazam, aplicativo que “adivinha” a música que está tocando (e que é da Apple já faz alguns anos), está oferecendo três meses grátis da assinatura do Apple Music. Basta acessar esta página logado em uma conta da Apple e tocar/clicar no botão Resgatar.

Não sei dizer se a oferta vale para quem já é assinante do Apple Music, mas para quem usou/foi assinante do serviço no passado, sim. Era o meu caso e consegui resgatar os três meses gratuitos. Via MacMagazine.

Sem melodias, sem palavras, sem dança: por que o ruído branco é o último sucesso da indústria da música

Sem melodias, sem palavras, sem dança: por que o ruído branco é o último sucesso da indústria da música (em inglês), por James Tapper no The Guardian:

Os fãs de ruídos dizem que estudar, dormir e meditar são realçados ao ouvir esses sons em volume baixo. A matemática da economia de música por streaming significa que criadores de ruídos podem ganhar dinheiro com isso. Alguém que adormece na faixa de 90 segundos Clean White Noise – Loopable With No Fade, do artista White Noise Baby Sleep, repetida por sete horas, fará 280 reproduções. Na última sexta-feira, ela já havia sido tocada 837 milhões vezes, gerando um valor estimado de US$ 2,5 milhões em royalties. A faixa principal na playlist Rain Sounds, do próprio Spotify, dois minutos de chuva, tem mais de 100 milhões de reproduções.

Por outro lado, Laura Mvula tem apenas 541 reproduções no Spotify da faixa-título do álbum vencedor do Ivor Novello deste ano, Pink Noise — nada sonolenta, mas sim um lírico e sonoro dance-pop dos anos 1980 que levou três anos para ser criado.

“Sempre fui muito crítico ao fato de que todas as reproduções [no streaming] são tratadas da mesma forma”, disse Tom Gray, guitarrista de Gomez e fundador da BrokenRecord, uma campanha para que artistas recebam mais receita dos streamings. “[A economia dos streamings] Parece democrática em algum nível, mas não leva em conta o valor real que o ouvinte recebe.”

Apple reajusta serviços no Brasil em até 50,5%.

O Brasil escapou do reajuste nos preços de aplicativos e compras dentro de apps da App Store, mas não saiu ileso: alguns serviços da Apple, como Apple TV+, Apple Music e Apple One, ficaram até 50,5% mais caros (caso do streaming, que foi de R$ 9,90 para R$ 14,90/mês), segundo levantamento do MacMagazine.

Chama a atenção o reajuste do Apple Music, que de streaming mais barato (R$ 16,90/mês) saltou para o topo dos mais caros (R$ 21,90; rivais como Deezer e Spotify cobram R$ 19,90). Via Apple (em inglês), MacMagazine.

Curiosidades do Shazam, um aplicativo de 20 anos.

Semana passada o Shazam completou 20 anos. Se você fizer as contas, o serviço que reconhece músicas e que hoje pertence à Apple precede os celulares modernos — o iPhone, “marco inicial” dessa fase, foi lançado há 15 anos.

Para celebrar a data, a Apple publicou um punhado de dados interessantes do Shazam, incluindo o seu formato original:

Agosto de 2002: O Shazam é lançado como um serviço de mensagens de texto (SMS) baseado no Reino Unido. Na época, os usuários podiam identificar músicas ligando para “2580” em seus celulares e segurando-os enquanto uma música tocava. Depois eles recebiam uma mensagem SMS dizendo o título e o(a) intérprete da canção.

Relacionado: uma entrevista da Folha de S.Paulo com Chris Barton, fundador do Shazam, que diz que não ficou rico com o aplicativo e agora está trabalhando em um sistema anti-afogamentos para piscinas. Via Apple (em inglês).

Após hiato de quatro anos, saiu uma nova versão do Winamp.

O Winamp 5.9 RC1 Build 9999 já pode ser baixado aqui (apenas para Windows).

É a primeira versão do player de música em quatro anos, um trabalho que envolveu “duas equipes de desenvolvimento e um hiato motivado pela pandemia”, escreveu Eddy Richman no anúncio oficial.

E… bem, apesar da demora, não espere ver muitas novidades. “Ao usuário final”, explica Eddy, “pode não parecer que há uma grande leva de mudanças, mas a maior e mais difícil parte do trabalho foi migrar o projeto inteiro do VisualStudio 2008 para o 2019 e fazê-lo compilar corretamente.”

Ele diz que, feito esse trabalho de base, “agora podemos nos concentrar mais nos recursos, seja corrigindo/trocando antigos ou adicionando novos”.

A nova versão do Winamp — ainda uma “release candidate”, ou seja, não é a versão final/estável — traz pelo menos duas melhorias mais notáveis: suporte ao Windows 11 e à reprodução de streams via https. Há, ainda, um punhado de atualizações e correções de CODECs.

Esta atualização não parece ter relação com o prometido “relançamento” do Winamp envolvendo streaming e NFTs, anunciado em 2021. Alívio para o pessoal prestes a tomar a quarta dose da vacina da covid-19 e que, por qualquer motivo, ainda ouve música por arquivos MP3 — como nos bons tempos. Via Winamp (em inglês).

Como Juliette chegou ao 1º lugar no iTunes em 63 países graças a plano de fãs e doações via Pix

Como Juliette chegou ao 1º lugar no iTunes em 63 países graças a plano de fãs e doações via Pix, por Braulio Lorentz no G1:

O G1 conversou com a equipe do Juliette Charts, o principal perfil responsável pelas ações que levam músicas da cantora ao topo do iTunes.

No Twitter e no Instagram, eles pedem doações por Pix e fãs da cantora enviam entre R$ 1 e R$ 10. Toda quantia arrecada, cerca de R$ 3 mil para cada música escolhida, é transferida para pessoas que vivem fora do Brasil, membros de fã-clubes parceiros ou fãs da própria Juliette.

Fascinante.

Diz a Lei de Goodhart: “Quando uma medida torna-se uma meta, ela deixa de ser uma boa medida.”

Apple descontinua a linha iPod.

A Apple decretou o fim do iPod nesta terça (10). Em um comunicado à imprensa, a empresa disse que o iPod Touch de 7ª geração será vendido enquanto durarem os estoques. Depois disso, só restará “o espírito do iPod” nos demais produtos da empresa, o eufemismo poético que Greg Joswiak, VP de marketing global da Apple, usou para se referir ao fim da linha.

O iPod foi importante no renascimento da Apple no início dos anos 2000, porém acabou eclipsado pelo iPhone, lançado em 2007 — o celular foi apresentado como um “3-em-1” que unia telefone, navegador web e o iPod em um dispositivo.

O iPod Touch de 7ª geração foi anunciado em 2019, quatro anos depois da sexta geração. Já chegou defasado, com o chip A10 Bionic, o mesmo do iPhone 7 de três anos antes. Era uma relíquia que, à exceção de alguns poucos aficionados, não fará falta.

A esses, a loja brasileira da Apple ainda tem estoque de iPod Touch. Os preços começam em R$ 1,6 mil para o modelo de 32 GB. Via Apple (em inglês).