Dangerzone mitiga o risco de ataques via documentos ou imagens adulterados

Documentos e imagens podem ser vetores para a disseminação de vírus e outras pragas digitais. O aplicativo Dangerzone ajuda a mitigar esse risco.

Como? Com “sandboxes” isoladas do sistema operacional e uma ideia engenhosa de desconstrução e reconstrução dos arquivos suspeitos.

Transcrevo (e traduzo) a descrição do site oficial:

Você dá a ele um documento no qual não sabe se pode confiar (por exemplo, um anexo de e-mail). Dentro de uma “sandbox”, o Dangerzone converte o documento em um PDF (se ainda não for um) e, em seguida, converte o PDF em dados brutos de pixels: uma enorme lista de valores de cores RGB para cada página. Então, em uma “sandbox” separada, o Dangerzone pega esses dados de pixels e os converte de volta em um PDF.

O aplicativo lida com arquivos *.pdf, documentos do Microsoft Office e LibreOffice e alguns formatos de imagens.

Um projeto da Freedom of the Press Foundation, o Dangerzone é gratuito, tem o código aberto e versões para Linux, macOS e Windows. Baixe-o aqui.

TripMode limita o consumo de dados no macOS

O aplicativo TripMode é daquelas coisas que deviam ser nativas no sistema operacional.

Ele funciona como uma espécie de firewall simplificado, bloqueando aplicativos e partes do sistema de se conectar à internet. Não por segurança, como é o caso dos firewalls nativos de sistemas como macOS e Windows. O TripMode ajuda a controlar o gasto da franquia de dados.

Usar o celular como hotspot é uma maravilha, mas, a depender das tarefas pendentes no sistema, pode consumir rapidinho giga bytes de tráfego. Com o TripMode ativado, é possível bloquear por padrão toda a comunicação do computador com a internet e ir liberando, caso a caso, apps e funcionalidades.

Precisei de algo assim dia desses e funcionou bem aqui. A licença custa ~R$ 85, e é possível usá-lo por sete dias gratuitamente — foi o que eu fiz.

Existe uma versão para Windows do TripMode, mas ela está abandonada.

Procurei por alternativas, encontrei só outros para macOS: Radio Silence (~R$ 42) e LuLu (gratuito). Se alguém souber de aplicativos do tipo para Linux e Windows, sou todo ouvidos.

As (poucas) novidades do iOS/iPadOS 17 e macOS 14 Sonoma.

A revelação do Vision Pro deve ter custado tempo e mão de obra à Apple para dedicar aos outros dispositvos da casa. As atualizações de sistemas — iOS/iPadOS 17, macOS 14 — são tímidas, com poucas novidades. A exceção foi o watchOS 10.

Maior sintoma disso foi o tempo gasto na apresentação de abertura da WWDC falando de novos recursos para lidar com arquivos PDF no iPadOS 17. Ainda que sejam úteis, não é o tipo de coisa que arranca suspiros ou que empolga o público.

No iOS 17, o carro-chefe foram novidades para ligações e correio de voz. O macOS 14 Sonoma tem widgets na área de trabalho, uma nova-velha novidade que remete às primeiras versões do antigo Mac OS X.

De legal, acho eu, só duas coisas que já deveriam existir há eras: widgets interativos e múltiplos timers rodando em paralelo.

Os dispositivos da Apple que deixarão de receber atualizações em 2023.

Virou uma espécie de tradição mórbida anual, após a abertura de uma WWDC, listar os dispositivos da Apple fadados ao ostracismo — aqueles que, mesmo ainda capazes, não receberão as novas versões recém-anunciadas dos sistemas operacionais da empresa.

Em 2023, as vítimas foram as seguintes:

  • iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X ficarão sem o iOS 17.
  • Todos os Macs lançados em 2017 (com exceção do iMac Pro) não receberão o macOS 14 Sonoma.
  • iPad Pro (1ª geração) e iPad de 5ª geração ficarão sem o iPadOS 17.
  • O Apple Watch passou incólume e todas as versões que rodam o watchOS 9 receberão o watchOS 10.

A Apple liberou, nesta terça (6), as primeiras versões beta dos novos sistemas para desenvolvedores. Elas não são recomendadas para uso no dia a dia. As versões finais, para uso geral, chegam no “outono” (do hemisfério Norte, primavera aqui), provavelmente em setembro. Via Apple (2) (3) (4) (todos em inglês).

Mullvad VPN e Projeto Tor lançam novo navegador com foco em privacidade.

O pessoal da VPN Mullvad juntou forças com o do Projeto Tor para lançar um novo navegador web com foco em privacidade, o Mullvad Browser (baixe-o aqui). Ele foi “projetado para ser usado com uma VPN confiável em vez da Rede Tor” e, apesar dessa recomendação, pode ser usado sem VPN também.

O Mullvad Browser é gratuito e está disponível para Linux, macOS e Windows. Via Mullvad Blog (em inglês).

Outlook para macOS agora é gratuito, mas….

A Microsoft tornou gratuito o Outlook para macOS (baixe na App Store), o aplicativo de e-mail que, até então, era parte do Microsoft 365, o serviço de assinatura da empresa.

Apesar de homônimo do serviço de e-mail da Microsoft, o aplicativo Outlook lida com outros serviços, como Gmail, Yahoo e qualquer um compatível com o protocolo IMAP.

A julgar por um comentário de Jeremy Perdue, funcionário da Microsoft que assina o post de anúncio do novo Outlook, a versão gratuita traz de “brinde” anúncios. Assinantes pagantes do Office 365 se livram da publicidade.

Outra esquisitice: o aplicativo para macOS é nativo, ou seja, feito especialmente para o sistema da Apple. No lado Windows, há quase um ano a Microsoft está testando em público uma nova versão do tipo PWA — em outras palavras, um site maquiado para se parecer com um aplicativo. Via Microsoft (em inglês)

iOS/iPadOS 16.2 e macOS 13.1 trazem novo aplicativo Freeform e correções de segurança.

A Apple lançou nesta terça (13) o iOS/iPadOS 16.2 e o macOS 13.1. O destaque da atualização é o novo aplicativo Freeform, uma folha em branco infinita com suporte a colaboração em tempo real. Parece interessante para se usar com a canetinha no iPad.

Nos Estados Unidos, as atualizações liberam a criptografia de ponta a ponta do iCloud. O recurso é opcional e vem desativado por padrão. No resto do mundo, o recurso só chega no início de 2023.

Outros recursos dignos de menção é o modo karaokê para o Apple Music e a nova restrição ao AirDrop, que passa a funcionar de modo público em blocos de 10 minutos — depois disso, ele reverte para o modo limitado a contatos.

Mesmo que os novos recursos não lhe chamem a atenção, as atualizações são importantes devido à segurança: as listas de correções (iOS/iPadOS, macOS) são grandes e contêm falhas graves, que permitem a execução remota de código. watchOS e tvOS também foram atualizados. Via Apple (em inglês).

Novas versões dos aplicativos gráficos Affinity mantém modelo de negócio de compra única.

A suíte de aplicativos gráficos Affinity, da Serif, chegou à segunda grande versão com muitas novidades, mantendo o modelo de compra única, marcando oposição à Adobe e seu modelo por assinatura. As licenças da suíte Affinity valem para as três plataformas em que os aplicativos estão disponíveis (iPadOS, macOS e Windows).

Para celebrar o lançamento, o pacote completo (Designer, Photo e Publisher) está com 40% de desconto, saindo a US$ 99,99. Via Serif.

iPadOS 16.1 e macOS 13 Ventura são lançados.

Já estão disponíveis para download as versões estáveis do iPadOS 16.1 e do macOS 13 Ventura. O iOS 16.1 também foi liberado nesta segunda (24).

Abaixo, as listas de dispositivos compatíveis e links diretos para os comunicados à imprensa da Apple (por ora apenas em inglês) detalhando as novidades de cada sistema:

  • iPadOS 16.1: iPad (5ª geração em diante), iPad mini (5ª geração em diante), iPad Air (3ª geração em diante) e todos os modelos de iPad Pro.
  • macOS 13 Ventura: iMac (2017 em diante), iMac Pro, MacBook Air (2018 em diante), MacBook Pro (2017 em diante), Mac Pro (2019 em diante), Mac Studio, Mac mini (2018 em diante) e MacBook (2017).

Em beta, Transmission 4 traz otimizações e suporte a BitTorrent v2 e torrents híbridos.

O melhor cliente de torrent (na minha modesta opinião) foi atualizado depois de um hiato de dois anos e meio.

Ainda em beta, o Transmission 4 traz muitas novidades. Destaque para as otimizações no código, que, em um teste de estresse com 25 mil torrents, apresentou um uso 50% menor de ciclos de CPU e 70% menos alocações de memória, e o suporte ao protocolo BitTorrent v2 e a torrents híbridos.

Para quem usa macOS, o Transmission 4 ganhou uma versão nativa para chips Apple e um novo ícone no padrão pós-Catalina.

Mesmo em beta, baixei aqui e pareceu-me bastante estável. Use-o por sua conta e risco. Não há previsão para o lançamento da versão estável. Clique aqui para o download e a lista completa de novidades.

Audacity 3.2 ganha efeitos em tempo real e versão nativa para chips M1/M2 da Apple.

O Audacity 3.2 finalmente ganhou versão nativa para chips Apple (M1/M2). A grande novidade — para todas as plataformas — é o suporte a efeitos em tempo real, incluindo plugins VST3. Explicações em vídeo e documentação (em inglês). Via Audacity, OMG! Ubuntu! (em inglês).

Pixelmator Pro 3.0 “Muse” traz +200 templates personalizáveis de alta qualidade

Print da tela de boas-vindas do Pixelmator Pro 3.0 anunciando os novos templates.

Do nada, saiu o Pixelmator Pro 3.0 “Muse”, uma grande atualização que traz como destaque +200 templates e mockups prontos para serem usados e bem personalizáveis. Parece muito uma resposta à facilidade do Canva.

Para quem já tem o Pixelmator Pro (à venda exclusivamente pela Mac App Store por R$ 225), a atualização é gratuita. O Pixelmator é a antítese da Adobe: preço único, sem pegadinha, custo-benefício imbatível. Das coisas de que sentiria falta se migrasse para outra sistema operacional desktop. Via Pixelmator (em inglês).

LibreOffice chega à Mac App Store por R$ 49,90.

A Document Foundation, responsável pelo LibreOffice, lançou a versão Community da suite de aplicativos na Mac App Store como um aplicativo pago. No Brasil, sai por R$ 49,90.

A fundação explica, no comunicado, que o lançamento é uma maneira de apoiar “usuários finais que queiram obter todos os seus softwares de desktop do canal de vendas proprietário da Apple”, e que o valor levantado ali será investido no desenvolvimento do projeto.

Usuários do macOS que quiserem baixar o LibreOffice gratuitamente podem baixá-lo pelo canal tradicional, direto do site oficial.

Esse expediente não é novo. Vários aplicativos de código aberto gratuitos para macOS são cobrados quando distribuídos pela Mac App Store. Além do LibreOffice, conheço outros dois que fazem o mesmo: Maccy (R$ 54,90 via Apple) e GrandPerspective (R$ 16,90 via Apple).

Quase sempre, a cobrança de aplicativos gratuitos na Mac App Store é uma forma de financiar o desenvolvimento. Se o intuito da compra for ajudar os projetos, porém, é mais jogo doar diretamente a eles — pela loja da Apple, a empresa dona do macOS retém com 30% do valor total pago. Via Document Foundation (em inglês).