Os dispositivos da Apple que deixarão de receber atualizações em 2023.

Virou uma espécie de tradição mórbida anual, após a abertura de uma WWDC, listar os dispositivos da Apple fadados ao ostracismo — aqueles que, mesmo ainda capazes, não receberão as novas versões recém-anunciadas dos sistemas operacionais da empresa.

Em 2023, as vítimas foram as seguintes:

  • iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X ficarão sem o iOS 17.
  • Todos os Macs lançados em 2017 (com exceção do iMac Pro) não receberão o macOS 14 Sonoma.
  • iPad Pro (1ª geração) e iPad de 5ª geração ficarão sem o iPadOS 17.
  • O Apple Watch passou incólume e todas as versões que rodam o watchOS 9 receberão o watchOS 10.

A Apple liberou, nesta terça (6), as primeiras versões beta dos novos sistemas para desenvolvedores. Elas não são recomendadas para uso no dia a dia. As versões finais, para uso geral, chegam no “outono” (do hemisfério Norte, primavera aqui), provavelmente em setembro. Via Apple (2) (3) (4) (todos em inglês).

Apple pagará US$ 50 milhões a consumidores norte-americanos por causa do teclado borboleta.

Um dos últimos vestígios dos problemáticos teclados borboleta que a Apple usou em seus notebooks entre 2015 e 2019, o processo judicial que consumidores norte-americanos moveram contra a empresa, chegou ao fim.

A Apple concordou em pagar US$ 50 milhões, a serem distribuídos aos consumidores de acordo com o nível de chateação experimentado (até US$ 395, para quem teve que trocar o teclado várias vezes).

O teclado borboleta equipou modelos de MacBook, MacBook Air e MacBook Pro e era mais suscetível a falhas que o normal. Algumas teclas davam problema quando pequenos corpos estranhos minúsculos, como farelo e poeira, entravam no mecanismo, e a única solução para o problema era trocar todo o teclado e, por consequência, toda a carcaça do notebook.

A Apple, apesar do acordo e de ter abolido o teclado borboleta de todos os seus notebooks a partir de 2019, segue sustentando que não havia nada errado com ele. Via Reuters (em inglês).

iOS 16, macOS Ventura e o novo MacBook Air: As novidades da Apple na WWDC 2022

Neste Guia Prático, Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa comentam a abertura da WWDC 2022, o evento anual da Apple para desenvolvedores onde a empresa anuncia as atualizações anuais dos seus sistemas — e, às vezes, como neste ano, um novo hardware. Quais as principais mudanças? E que história é essa de Macs relativamente recentes que não ganharão o novo macOS? Esse novo MacBook Air, tem alternativa melhor disponível no mercado?

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macOS Ventura só será compatível com Macs de 2017 em diante; watchOS 9 não chegará a um Apple Watch ainda à venda.

O iPhone não foi a única linha da Apple a sofrer baixas com os anúncios das novas versões dos sistemas operacionais da casa nesta segunda (6), na abertura da WWDC.

O macOS Ventura não será disponibilizado para vários modelos de MacBook (incluindo o adorado early 2015 que este editor usa) e o Mac Pro “lixeira”, de 2013. Na real, todos os Macs anteriores a 2017 ficaram de fora da nova versão.

Parece que a transição dos chips Intel para os ARM da Apple será mais rápida do que se imaginava.

O caso do watchOS 9 é mais curioso. A versão do Apple Watch mais antiga compatível com ele é a Series 4, de 2018. A Series 3, lançada um ano antes, continua à venda como “modelo de entrada”, o que gera um problema (inédito?) na Apple: a empresa está vendendo um produto oficialmente defasado. Via Apple (2) (em inglês).

Apple anuncia novo MacBook Air com chip M2.

A Apple anunciou a nova geração do MacBook Air nesta segunda (6). É o primeiro computador da empresa com o chip M2. O novo notebook herda o visual do MacBook Pro de 2021 (incluindo o entalhe na tela, levemente maior), traz de volta o conector MagSafe, mantém duas portas USB-C/Thunberbolt e ganhou uma nova cor, “meia-noite” (azul escuro).

O novo MacBook Air será lançado nos Estados Unidos em julho, por preços a partir de US$ 1.199. No Brasil ainda não há data de lançamento, mas os preços já são conhecidos: começam em R$ 13,3 mil.

O MacBook Pro de 13 polegadas também ganhou o novo chip M2. E só — ele continua com o mesmo visual da era Intel, incluindo a Touch Bar. Via Apple (em inglês)

Apple alcança a 825 milhões e vive renascença do Mac.

Enquanto certas empresas parecem ter batido no teto, outras dão a impressão de que o céu é o limite. Nesta quinta (28), a Apple divulgou seus resultados do segundo trimestre fiscal de 2022. Foi um recorde para o período e o terceiro melhor trimestre da história, com receita de US$ 97,3 bilhões, alta de 9%.

Dois dados se destacam. Primeiro, a quantidade de “assinantes”, ou consumidores que geram receita recorrente. Já são 825 milhões, crescimento de 25% em um ano. Analistas estimam que daqui a 15~16 meses a empresa chegará ao bilhão de clientes pagantes.

O outro é a renascença do Mac, impulsionada pelos chips M1, desenvolvidos pela própria Apple, que começou a substituir os Intel em novembro de 2020.

A Apple faturou US$ 10,4 bilhões em computadores no período. Tim Cook, CEO da empresa, disse que “os últimos sete trimestre do Mac estão no ranking dos sete melhores trimestres da história do Mac”.

E parece haver potencial para mais. Na conferência com acionistas, Luca Maestri, CFO da Apple, disse que metade dos Macs vendidos no período foram comprados por gente que não usava computadores Apple anteriormente.

Outro dado: de acordo com a consultoria Counterpoint Research, o mercado global de computadores encolheu 4,3% no primeiro trimestre do ano. A Apple foi uma das poucas exceções, com crescimento de 8% no período. Via 9to5Mac, @asymco/Twitter (2), Macrumors, Counterpoint Research (todos em inglês).

M1 Ultra e Mac Studio: para quem é todo esse desempenho?.

Quando a Apple anunciou os primeiros Macs com seu próprio chip (M1), no final de 2020, todos ficaram impressionados com o desempenho. Nesta terça (8), conhecemos o quarto e último chip da família, o M1 Ultra, que consiste em dois M1 Max grudados e, segundo a Apple, oferece desempenho a par com os melhores chips X86 (Intel, AMD) e placas de vídeo dedicadas consumindo até 200 W menos energia.

O M1 Ultra está no novíssimo Mac Studio, o novo computador da marca — visualmente, lembra um Mac Mini “gordinho”. No evento, a Apple também apresentou o Studio Display, monitor de 27 polegadas com uma webcam e sistema de som decentes.

Para quem é o Mac Studio e o M1 Ultra? Para poucos. Seu desempenho só tem aplicação para usuários comuns em jogos, e dado que o suporte a jogos de alto desempenho no macOS é pífio, não tem lógica investir tanto dinheiro em um computador poderosíssimo para atividades mundanas, como acessar sites de notícias e redes sociais, fazer pequenas edições de imagens e… sei lá, declarar o imposto de renda. Para esses, o M1 original ainda sobra.

Os preços dão uma ideia do segmento a que os novos produtos da Apple se destinam. No Brasil, o Mac Studio com o M1 Ultra custa a partir de R$ 47 mil. (Existe uma versão com o M1 Max, de R$ 23 mil.) O Studio Display parte de R$ 18 mil.

Ah, e ainda não acabou. Como que num “teaser”, a empresa deixou no ar que ainda falta um Mac para ser atualizado com os novos chips próprios: o Mac Pro, supostamente o mais poderoso do portfólio da Apple. Via Apple (2).

Google anuncia Chrome OS Flex, sabor do sistema instalável em PCs e Macs.

O Google anunciou nesta terça (15) o Chrome OS Flex, uma versão do Chrome OS que pode ser instalada em qualquer PC ou Mac. O objetivo do Google é dar sobrevida a computadores antigos, que não conseguem ou rodam mal as versões mais recentes do Windows e do macOS.

Há algumas diferenças entre o Chrome OS “normal”, que vem pré-instalado em notebooks homologados pelo Google, e o novo sabor Flex. A principal é a ausência, no segundo, do suporte a aplicativos Android. Esta página traz mais detalhes.

O Chrome OS Flex parece fruto direto da aquisição da Neverware pelo Google em 2020. A empresa distribuía o Cloudready, um Chrome OS instalável em qualquer computador, criado a partir do projeto de código aberto do Chrome OS.

O Chrome OS Flex já pode ser baixado aqui, mas é um “early access”, ou seja, versão sujeita a falhas. O Google espera lançar uma versão estável nos próximos meses. Via Ars Technica, Google Cloud (ambos em inglês).

O que eu uso (2022)

O Manual do Usuário é reflexo da minha curiosidade e vivências. Por isso, os produtos e serviços de tecnologia que uso no dia a dia, para fazê-lo e para outros fins, têm um impacto considerável no site.

Daí veio a ideia de fazer um raio-x anual do que estou usando, para dar mais contexto ao que é publicado aqui. Tipo… Por que falo de aplicativos para macOS, um sistema que pouquíssima gente usa no Brasil? E esses projetos de código aberto, só divulgo ou uso eles para valer? Com sorte, este post te ajudará a entender algumas decisões e características do Manual.

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Aquelas coisas da Apple que você não vai comprar / Newsletters brasileiras

Apoie o Manual: https://manualdousuario.net/apoie

Neste programa, o primeiro editado pela Tumpats, falamos de Apple no primeiro bloco: uma passada pelos anúncios desta semana, todos muito legais, todos caríssimos.

No segundo, falamos do diretório de newsletters brasileiras e ingressamos em um debate sobre o Substack.

Nas indicações culturais, Ghedin indicou a série Mindhunter [Netflix], e a Jacque, o livro O projeto Rosie [Amazon, Americanas, Magalu, editora]1, de Graeme Simsion.

  1. Ao comprar por estes links, o Manual do Usuário recebe uma pequena comissão das lojas. O preço final para você não muda.

O que me chamou a atenção no evento da Apple — novos iMac, iPad Pro, Apple TV 4K e AirTags.

A Apple anunciou um punhado de novos produtos nesta terça (20), vários deles já esperados graças à máquina de rumores que existe em torno da empresa. Vimos as AirTags, o único produto realmente novo, e atualizações do iMac, iPad Pro e Apple TV 4K. Alguns destaques no calor do momento, ou o que me chamou a atenção:

  • O chip M1 se espalhou pela linha de produtos: está no reformulado iMac e (surpresa!) no iPad Pro.
  • O iMac chega em sete cores. A versão prata/sem cor foi pouco citada e esteve ausente em várias fotos e tomadas dos vídeos de divulgação.
  • O iMac perdeu muitas portas. A versão de entrada só tem duas USB-C 4/Thunderbolt e a conexão Ethernet na fonte é opcional. (Isso não foi citado no evento, que focou na intermediária, que traz duas USB-C 3 extras.) É a “macbookização” dos desktops da Apple.
  • O iMac traz “a melhor webcam que já colocamos em um Mac”, segundo a Apple. Convenhamos, não era muito difícil.
  • Touch ID no teclado, que a exemplo dos outros acessórios, também ficou multicolorido.
  • O iPad Pro de 12,9 polegadas vem com a aguardada tela de Mini-LED. Isso, sim, é um avanço interessante.
  • O Apple TV 4K agora usa o chip A12 e ganhou um controle remoto reformulado, que traz de volta a clickwheel (sem vidro que quebra fácil) e joga o botão da Siri para a lateral, igual nos celulares.
  • Tudo muito dentro do esperado e, ainda assim, muito bacana, mas estamos falando de objetos para poucos, pois caríssimos. Uma AirTag, acessório para “localizar” objetos perdidos, custa R$ 369. O iPad Pro começa em R$ 10,8 mil. O iMac, perto dos R$ 20 mil. Veja os preços.

Os preços dos novos produtos da Apple no Brasil.

Terminou há pouco o primeiro comercial de 1h da Apple de 2021. Os produtos anunciados e seus respectivos preços no Brasil, coletados da Apple Store online, são os seguintes:

  • Novo iMac: a partir de R$ 17.599
  • Novo iPad Pro (11″): R$ 10.799
  • Novo iPad Pro (12,9″): R$ 14.799
  • Novo Apple TV 4K (32 GB): R$ 2.399
  • Novo Apple TV 4K (64 GB): R$ 2.599
  • AirTag: R$ 369
  • AirTags (kit com 4): R$ 1.249

Windows 10 virtualizado num Mac com chip M1 tem desempenho surpreendente

Virtualizing Windows 10 ARM on an M1 Mac!

Criaram um utilitário, o ACVM, que permite rodar o Windows 10 para ARM em uma máquina virtual nos novos Macs com chip M1. O resultado impressiona: mesmo rodando o sistema da Microsoft virtualizado, o chip da Apple se sai melhor que o Surface Pro X, notebook da Microsoft com chip ARM (Snapdragon 8cx, da Qualcomm). No Geekbench, um bechmark sintético, o M1 com Windows 10 virtualizado foi 91% mais rápido no teste de um núcleo e 60,5% mais rápido no teste com vários núcleos. Via Martin Nobel/YouTube (em inglês).