Filipeflop agora é MakerHero

Uma olhada no Artifact, o “TikTok de textos” dos criadores do Instagram

O Artifact, novo aplicativo dos criadores do Instagram, Kevin Systrom e Mike Krieger, derrubou o sistema de convites e agora qualquer pessoa pode usá-lo.

Fiz isso e mostro a você o que o aplicativo, que promete uma curadoria de conteúdo em texto à moda TikTok, fortemente influenciada por um algoritmo de recomendação, tem a oferecer.

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Google e Microsoft dão largada à corrida dos buscadores com chatbots inteligentes

Nesta semana, Microsoft e Google apresentaram suas armas para a nova corrida dos buscadores inaugurada pelas inteligências artificiais gerativas. Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa debatem as implicações — as já previstas, outras inéditas e algumas que nos afetam diretamente — neste bate-papo do Guia Prático.

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“TikTok de textos”: O novo aplicativo dos fundadores do Instagram

O novo aplicativo de Kevin Systrom e Mike Krieger, fundadores do Instagram, se chama Artifact e é uma espécie de “TikTok de textos”.

A dupla está fascinada com recomendações por aprendizagem de máquina, e acham que há uma oportunidade de usar a tecnologia em textos.

Lembra muito o Flipboard, na real. (Alguém aí usa? O Manual tem um perfil/revista lá.) Eles prometem componentes sociais, como recomendações de artigos e comentários, mas… né, não é como se faltassem lugares para fazer essas coisas.

O Artifact ainda está fechado. Você pode deixar o telefone no site oficial e esperar por um convite. Via Platformer (em inglês).

Perderemos nossos empregos para o ChatGPT?

O ChatGPT, inteligência artificial gerativa da OpenAI, foi lançada em novembro de 2022 e deixou todos de boquiaberto: ela cria textos coerentes a partir do nada. Nossos empregos, de quem vive da escrita, estão ameaçados?

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Ajustando a cobertura do Twitter

Durante o fim de semana, pelo visto sem coisa mais importante para fazer, Elon Musk proibiu os usuários do Twitter de publicarem links para outras redes sociais e agregadores de links e continuou banindo pessoas influentes de modo arbitrário.

No domingo à noite, subiu uma enquete perguntando se deveria abdicar do cargo de CEO. O resultado da enquete, encerrada na manhã desta segunda (19), foi “Sim”. Não que fosse fazer muita diferença um novo CEO enquanto Musk for dono do negócio, mas enfim.

Fora do Twitter, acompanhando o caos, voltei a me pegar pensando em como cobrir essa história no Manual. Quando o caos vira o padrão, tudo parece urgente, só que na real… talvez não seja?

A condução alucinada de Musk aspira todo o oxigênio do ambiente e nos faz mais amargos, porque ele é um imbecil e faz questão de nos lembrar disso a todo momento — agora ainda mais, com uma plataforma de comunicação gigante nas suas mãos.

O objetivo, de Musk e do Twitter, é chamar a atenção. Acho que no longo prazo essas medidas arbitrárias cobrarão seu preço, mas, agora, elas alcançam o que Musk parece querer: a nossa atenção.

Há coisas melhores que os dramas internos, fabricados do Twitter acontecendo no mundo. Por isso, a partir de agora cobrirei o Twitter da mesma forma que cubro outras redes comandadas por extremistas, como Parler e Truth Social: sem entrar nas polêmicas internas ou nos caprichos dos seus donos, focando, em vez disso, nas implicações externas quando houver.

Seguimos.

Jornal tenta atacar, mas acaba validando o perfil Choquei

A matéria da Folha de S.Paulo falando mal do @Choquei/Twitter é, fora evidenciar uma dor de cotovelo do jornal, um caso prático das regras que regem a indústria de conteúdo, assunto que abordei na última coluna da newsletter.

As inteligências artificiais que produzem conteúdo aceleram um movimento que já acontece há algum tempo e que tem as redes sociais como origem e propulsoras.

Nas redes, características que se pensam importantes (e que são) em outros contextos, como qualidade, confiança e responsabilidade, beiram o inútil. O que importa é a circulação e, já de cara, o Choquei larga na frente no mínimo por dois motivos:

  • É um perfil de fofocas comentando guerras e política institucional, algo inusitado e reforçado pelos “🚨 GRAVE” e outros artifícios quase caricatos, a fim de viralizar;
  • Aproveita-se do trabalho alheio (a parte chata/difícil: apuração, checagem) para focar no conteúdo em si, o que lhe confere uma agilidade que jornal (sério) algum conseguiria rivalizar.

Fora isso, a Folha poderia ter escolhido outro exemplo que não um erro próprio de apuração (!) para bater no Choquei. Na dinâmica das redes sociais, uma “correção adicionada ao texto do jornal dias depois”, citada como sinal de virtude e superioridade do jornal, talvez tenha o mesmo efeito que apagar o post sem explicações (a atitude tomada pelo Choquei). Via Folha de S.Paulo.

Protocol fecha, Buzzfeed está mal das pernas

Não é fácil manter uma operação editorial de pé. Duas más notícias vindas de fora:

  1. O Protocol, site derivado do Politico que cobria tecnologia, fechou as portas após três anos de operação deixando 60 pessoas sem emprego.
  2. O Buzzfeed, que por algum tempo deu as cartas do setor ao surfar o algoritmo do Facebook com compilações de memes, está numa espiral decadente desde que abriu capital via SPAC em 2021. Os números são ruins: prejuízo de US$ 27 milhões no último trimestre, queda de 32% no tempo gasto na página pelos leitores e uma queda brutal no engajamento no Facebook, de 91,2%, entre 2018 e 2021 — e este ano deve ser ainda pior.

Via Protocol, CNN e The Verge (todos em inglês).

Leia Isso: novo site brasileiro para burlar paywalls porosos de jornais

Uma nova ferramenta para burlar paywalls está disponível, o Leia Isso. Ele funciona e até lembra um tanto o finado Outline.

Há algumas semanas, troquei uns e-mails com o criador do Leia Isso, que prefere manter-se anônimo. “O que motivou a criação da ferramenta foi a vontade de ter um ambiente favorável à leitura”, explicou. “Sempre assinei feed [RSS] e newsletters para consumir conteúdo em razão da simplicidade na entrega do material. Pensei em levar essa experiência para leitura de artigos e notícias em geral.”

O funcionamento do Leia Isso é similar ao do Outline e 12ft Ladder, ou seja, ele recarrega a página indicada pelo usuário sem JavaScript, o que em muitos casos basta para derrubar paywalls porosos.

Por isso, o criador anônimo se diz tranquilo quanto a retaliações, “pois o robô não faz nada além de exibir o conteúdo que o próprio site divulga”. Ele lembra que publicações insatisfeitas podem bloquear o Leia Isso, o que seria “tecnicamente muito simples”. “A ideia não é infringir qualquer tipo de direito, apenas auxiliar de algum modo no aprimoramento da divulgação de informação pela internet brasileira”, defende-se.

Existem outras maneiras de burlar paywalls porosos de sites de notícias. Aqui no Manual tem um guia completo com quatro maneiras de burlá-los.

Como você encontra (e é encontrado) pela informação na internet de hoje

No Guia Prático da semana, Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa falam das novas formas de encontrar coisas na internet e da decadência do Google. Os mais jovens têm recorrido a aplicativos como Instagram e TikTok para encontrar informações que os mais velhos costumavam achar nos buscadores web. Estamos testemunhando uma mudança paradigmática nos fluxos de informação no digital?

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