A melhor novidade do iOS 17.

A Apple liberou a versão final do iOS 17 nesta segunda (18). Entre os recursos, há uma nova imagem em tela cheia para ligações (espero que o pessoal do telemarketing curta a minha) e um modo “Em Espera” que transforma o celular em um monitor bonitão que não verei, pois estarei dormindo quando (se?) ele for ativado. De todos os recursos, o que mais gostei é dos mais simples: finalmente é possível ativar dois ou mais timers ao mesmo tempo. Via Apple.

iPhone 15 chega mais barato e mais caro no Brasil

A Apple anunciou nesta terça (12) o iPhone 15 com uma “revolucionária” porta USB-C, cortesia da União Europeia. Como faz desde 2021, a loja virtual da Apple já mostra os preços dos novos produtos para o mercado brasileiro. Vamos ver quão mais caro (ou mais barato) o novo iPhone ficou por aqui, na terra do iPhone ostentação?

Em termos absolutos, o iPhone 15 (128 GB, modelo básico) ficou 3,9% mais barato, com preço de R$ 7.299.

Os dois modelos anteriores custavam R$ 7.599 no lançamento, seguidos do iPhone mais caro da história, o iPhone 12 de 2020, que chegou custando R$ 7.999.

Gráfico da variação de preços do iPhone no Brasil, 2011–2023.

Esses preços são os sugeridos pela Apple e não levam em conta descontos, promoções ou variações em outras lojas do varejo, onde costuma ser mais barato adquirir iPhones.

A inflação oficial medida pelo IBGE, o IPCA acumulado dos últimos 12 meses até agosto, foi de 4,61%.

A análise que faço leva em conta, também, o preço em dólar, que costumava ser estável até 2022, mas que ainda assim ajuda a colocar os preços brasileiros em perspectiva.

No intervalo de um ano, considerando a cotação fechada de 12 de setembro, o dólar comercial desvalorizou 5,4% em relação ao real, de R$ 5,238 para R$ 4,953.

O preço do iPhone brasileiro, convertido pelas respectivas cotações nos dias de lançamento, aumentou 1,6%, para US$ 1.473,65. É, pelo terceiro ano consecutivo, o iPhone “dolarizado” mais caro que já desembarcou por aqui.

Nos Estados Unidos, o iPhone 15 desvinculado de operadoras manteve o mesmo preço de 2020, US$ 829. Naquele ano, porém, o então lançamento iPhone 12 disparou 18,6%. No mesmo período, entre 2019 e agora, o iPhone brasileiro “dolarizado” aumentou 20,3%.

Tabela com variação de preços do iPhone no Brasil, de 2011 (iPhone 4S) a 2023 (iPhone 15).

Para quem não se importa em adquirir o último modelo, os das linhas iPhone 13 e 14 tiveram reduções de preços significativas com o anúncio do iPhone 15, de até 24,4%. O único contra é que apenas os modelos padrões e Plus sobreviveram, ou seja, a versão mini já era…

Anos anteriores: iPhone 5S (2013), iPhone 6 (2014), iPhone 6S (2015), iPhone 7 (2016), iPhone XR (2018), iPhone 11 (2019), iPhone 12 (2020) e iPhone 13 (2021). Não teve post em 2017 porque estava fora do site na época e em 2022 porque… sei lá, acho que esqueci?

Uma hipótese para o consumo excessivo de bateria no iPhone

A capacidade de bateria ideal que um celular deve ter é sempre um pouco além da que ele tem. A gente se acostuma, cria estratégias para lidar com a autonomia média e no fim dá um jeito, exceto quando há algo errado.

Consumidores que compraram celulares da linha iPhone 14, lançados há menos de um ano, têm reclamado da rápida degradação da bateria.

Aconteceu também com meu singelo iPhone SE. De uma hora para outra, o consumo de energia enlouqueceu e em um intervalo de dois ou três meses, a “saúde” da bateria despencou para 93%.

No meu caso, era evidente que havia algo errado. O celular esquentava por nada e o consumo de energia era absurdo. Um dia, fiz um teste e deixei ele longe da tomada durante a noite, após recarregar a bateria até 100%. Na manhã seguinte, estava em 20%.

Acionei o atendimento da Apple. Após um teste remoto, os atendentes me disseram que não havia nada errado com o celular ou a bateria. Depois, incrédulo e um pouco frustrado, segui uma das orientações dadas por eles: desativar as notificações e as atualizações em segundo plano dos aplicativos de mensagens.

A essa altura, como medida desesperada, já havia feito uma limpa em muitos apps e deixado — dos de mensagens — somente Signal e WhatsApp. Desativei tudo de ambos. Nesse momento, também desativei as atualizações push (em tempo real) do e-mail. Quem precisa disso no celular? Eu, não.

E… veja, eu suspeitaria se alguém me contasse essa história, mas acredite em mim: resolveu. Tanto que, dias atrás, reativei as notificações e atualização em segundo plano do Signal, e o celular continuou fresco, ágil e sem desperdiçar energia. Parece um celular novo.

O que me leva a apontar dedos ao WhatsApp. Talvez? Só sei que saí de um sufoco. Caso você esteja passando pelo mesmo perrengue, e puder se dar o luxo de desativar as notificações do WhatsApp, vale a pena fazer um teste.

Os dispositivos da Apple que deixarão de receber atualizações em 2023.

Virou uma espécie de tradição mórbida anual, após a abertura de uma WWDC, listar os dispositivos da Apple fadados ao ostracismo — aqueles que, mesmo ainda capazes, não receberão as novas versões recém-anunciadas dos sistemas operacionais da empresa.

Em 2023, as vítimas foram as seguintes:

  • iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X ficarão sem o iOS 17.
  • Todos os Macs lançados em 2017 (com exceção do iMac Pro) não receberão o macOS 14 Sonoma.
  • iPad Pro (1ª geração) e iPad de 5ª geração ficarão sem o iPadOS 17.
  • O Apple Watch passou incólume e todas as versões que rodam o watchOS 9 receberão o watchOS 10.

A Apple liberou, nesta terça (6), as primeiras versões beta dos novos sistemas para desenvolvedores. Elas não são recomendadas para uso no dia a dia. As versões finais, para uso geral, chegam no “outono” (do hemisfério Norte, primavera aqui), provavelmente em setembro. Via Apple (2) (3) (4) (todos em inglês).

Famoso endereço de iPhones roubados em São Paulo é alvo de ação da Polícia.

A Polícia Civil de São Paulo desbaratou uma quadrilha especializada em roubos e furtos de celulares que ficou famosa por ter uma “sede” na Rua Guaianases, na cracolândia da capital paulista.

O local é o destino de vários iPhones roubados, como é possível ver pelos (muitos) comentários de pessoas lesadas. O endereço viralizou no fim de março.

Na operação, um senegalês foi preso e 53 celulares, apreendidos. A Polícia Civil, que investigava a quadrilha há um ano, obteve conversas de aplicativos de mensagens mostrando as negociações. Os valores pagos por iPhones roubados variavam de R$ 400 a R$ 1,8 mil (preço pago por um iPhone 13 Pro Max, que é vendido no varejo a partir de R$ 9 mil). Via Folha de S.Paulo.

iOS 16.4 chega à versão final, mas cadê o 5G SA (“puro”)?.

A Apple liberou a versão final do iOS 16.4 nesta segunda (27).

Uma das novidades trazidas ao público brasileiro é o suporte ao 5G “puro” (ou 5G Standalone/5G SA, no termo técnico), em tese mais rápidas que o 5G mistureba disponível até então.

Atualizei um iPhone SE (2022) e… nada. A opção, segundo relatos diversos, deveria aparecer em Ajustes, Celular, Opções de Dados Celulares, Voz e Dados, mas — aqui pelo menos — continua tudo como era no iOS 16.3. Nem mesmo a mensagem de incompatibilidade do SIM card apareceu.

Talvez seja meu plano? Operadora? Ou a região onde estou? Ou esse modelo de iPhone não é compatível…? Via MacMagazine.

Atualização (28/3, às 9h30): Por qualquer motivo não informado, o 5G SA só está funcionando em celulares da linha iPhone 14. A apuração é do MacMagazine, feita junto a leitores. Nem queria mesmo…

Quadrilhas que furtam celulares para limpar contas bancárias chegam aos EUA; Apple segue em negação.

Um ano depois da onda de assaltos das quadrilhas “limpa contas” no Brasil, o problema chegou aos Estados Unidos, como reportado pelo Wall Street Journal.

Lá, a julgar pelos relatos, os assaltantes agem mais em bares, observando e até interagindo com as vítimas de modo a forçá-las a inserirem a senha do iPhone. Depois, o mesmo roteiro daqui se segue: iPhone furtado, acessos à Conta Apple bloqueados e contas bancárias varridas.

O cerne do problema é o mesmo: a fim de facilitar a vida dos clientes, alguém precisa apenas da senha de desbloqueio do iPhone para alterar a senha da Conta Apple.

Em nota ao WSJ, a Apple disse que eventos do tipo são raros e demandam várias etapas físicas para serem bem sucedidos. “Continuamos a avançar as proteções para ajudar a manter as contas de usuários seguras”, concluiu um porta-voz.

Enquanto a Apple segue em negação, há duas medidas que ajudam a mitigar estragos — uma delas negligenciada pela reportagem do jornal norte-americano:

  • Trocar a senha do iPhone por uma alfanumérica. As de quatro ou seis dígitos são fáceis de serem observadas e memorizadas por terceiros.
  • Usar o Tempo de Uso para restringir alterações de código e da conta no iPhone (em Conteúdo e Privacidade). Isso cria uma senha alternativa, de quatro dígitos, para mexer nessas áreas sensíveis.

Via Wall Street Journal (em inglês).

Em março, ficará mais caro trocar a bateria do iPhone.

A Apple atualizou sua tabela de preços para reparos no Brasil. A maioria dos reajustes não passou de 5,1%. A exceção negativa é a troca da bateria do iPhone, que, no caso dos modelos “de botão”, sofreu um reajuste de absurdos 41% — de R$ 386 para R$ 544.

O reajuste da troca de bateria só começa a valer em 1º de março, porém — para os demais reparos, os preços novos já estão valendo. Via MacMagazine.

Justiça de SP condena Apple em R$ 100 milhões por venda de iPhone sem carregador.

A Apple foi condenada a pagar indenização de R$ 100 milhões pela Justiça de São Paulo por vender iPhones sem o carregador de parede na caixa.

A decisão do juiz Caramuru Afonso Francisco, da 18ª Vara Cível, ainda obriga a empresa a entregar um carregador a todos que adquiriram iPhones sem o carregador desde 13/10/2020, e a voltar a vender celulares com o carregador na caixa.

Na sentença, o juiz rechaçou a desculpa esfarrapada do meio ambiente que a Apple evoca para a remoção do carregador:

[…] ao se invocar a defesa do meio-ambiente para tal medida, demonstra a requerida evidente má-fé, a ensejar quase que uma propaganda enganosa, o que se revela, também, uma prática abusiva, visto que até incentiva e estimula o consumidor a concordar com a lesão de que está a sofrer com a cessação do fornecimento dos carregadores e adaptadores, o que deve ser coibido já que, nas relações contratuais, em especial as de consumo, deve prevalecer o princípio da boa-fé e da probidade.

Cabe recurso e a Apple já avisou que vai recorrer. A sentença na íntegra. Via G1.

Europa dá mais um passo para obrigar a Apple a adotar USB-C no iPhone.

A União Europeia deu mais um passo para padronizar o USB-C em celulares, tablets e câmeras. Nesta terça (4), o plenário do Parlamento Europeu aprovou a proposta por esmagadores 602 votos a favor contra apenas 13 contra (e 8 abstenções).

A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Europeu antes dela ser publicada no diário oficial do bloco. Depois disso, os países-membros terão 12 meses para transpor as regras na legislação local e mais 12 meses para começar a aplicá-las. Por isso, a expectativa é de que a nova diretriz passe a valer em 2024.

Sobrou um puxão de orelha à Apple e outras poucas fabricantes que ainda não abraçaram o USB-C. Do comunicado à imprensa:

Apesar dos esforços anteriores para trabalhar com a indústria a fim de diminuir o número de carregadores de dispositivos móveis, medidas voluntárias falharam em produzir resultados concretos para consumidores da União Europeia.

Via Parlamento Europeu (em inglês).

iPhone 14 ficou mais fácil de ser reparado, diz iFixit

Duas mãos levantando ligeiramente o vidro traseiro de um iPhone 14 azul claro, em uma superfície/ambiente claro.
Foto: iFixit/Reprodução.

Coube ao iFixit revelar a melhor novidade do morno iPhone 14: a Apple reformulou completamente o interior do celular, deixando-o mais fácil de ser reparado. Pela primeira vez em muito tempo, o vidro de trás pode ser removido e trocado sem que seja necessário desmontar o celular inteiro.

O iFixit deu nota 7 (de 10) para o iPhone 14, a melhor nota desde o iPhone 7. (Foi na geração seguinte, do iPhone 8/X, que a Apple adotou vidro na parte de trás do celular.)

As mudanças e a nota, porém, valem só para a linha básica. Os iPhone 14 Pro e Pro Max ainda usam o projeto antigo, hostil a reparos. E, Apple sendo Apple, a empresa expandiu o sistema de software que acusa a presença “partes inautênticas” — agora ele dispara quando um vidro traseiro não é oficial.

Reitero o questionamento de lá: por que a Apple não se gabou disso na apresentação dos celulares? A melhora na reparabilidade do iPhone me parece muito mais importante do que SOS via satélite. Via iFixit (em inglês).

Talvez seja uma boa esperar para atualizar o iPhone para o iOS 16.

Um alerta do tipo “first world problems”, mas… né, importante: se você tem um iPad ou Mac além do iPhone, talvez seja uma boa esperar para atualizar o celular para o iOS 16, a nova versão disponível ao público nesta segunda (12).

O iPadOS 16 e o macOS 13 Ventura saem mais tarde, provavelmente em outubro. Nesse ínterim, usar o iOS 16 no celular pode causar algumas anomalias na sincronização entre esses dispositivos, daí a recomendação para adiar a atualização do iPhone.

Às vezes, essas incompatibilidades são sutis e difíceis de detectar. Mês passado, por exemplo, notei que o Safari do meu MacBook não estava sincronizando com o celular e o tablet. Daí vi que o notebook era o único do trio que ainda não estava na versão mais recente, que corrigia umas falhas, entre elas uma no Safari. Bastou atualizado o macOS e o Safari voltou a sincronizar direito.

O iOS 16 traz algumas novidades relevantes, com destaque para a nova tela de bloqueio personalizável e com suporte a widgets. Apesar disso, eu escolhi esperar.

Capas de iPhone 13 são incompatíveis com iPhone 14 por diferença de 0,15 mm.

Da empresa que se diz preocupada com o meio ambiente: capinhas da linha iPhone 13 não podem ser reutilizadas no iPhone 14 por questão de milímetros e alterações no posicionamento dos botões laterais. O iPhone 14 “comum”, por exemplo, é 0,15 mm mais grosso que o iPhone 13. Via 9to5Mac (em inglês).