Os dispositivos da Apple que deixarão de receber atualizações em 2023.

Virou uma espécie de tradição mórbida anual, após a abertura de uma WWDC, listar os dispositivos da Apple fadados ao ostracismo — aqueles que, mesmo ainda capazes, não receberão as novas versões recém-anunciadas dos sistemas operacionais da empresa.

Em 2023, as vítimas foram as seguintes:

  • iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X ficarão sem o iOS 17.
  • Todos os Macs lançados em 2017 (com exceção do iMac Pro) não receberão o macOS 14 Sonoma.
  • iPad Pro (1ª geração) e iPad de 5ª geração ficarão sem o iPadOS 17.
  • O Apple Watch passou incólume e todas as versões que rodam o watchOS 9 receberão o watchOS 10.

A Apple liberou, nesta terça (6), as primeiras versões beta dos novos sistemas para desenvolvedores. Elas não são recomendadas para uso no dia a dia. As versões finais, para uso geral, chegam no “outono” (do hemisfério Norte, primavera aqui), provavelmente em setembro. Via Apple (2) (3) (4) (todos em inglês).

Apple venderá aplicativos dela por assinatura.

A Apple anunciou versões para iPad dos seus aplicativos profissionais, Final Cut Pro (para vídeo) e Logic Pro (para músicas). Eles serão lançados em 23 de maio.

O mais curioso é que, pela primeira vez, a Apple venderá um aplicativo próprio no modelo de assinatura. Ambos custarão US$ 4,99 cada por mês — na “cotação Apple”, em torno de R$ 30/mês. Via Apple (em inglês).

NetNewsWire tem apenas 15 mil usuários no mobile.

Do nada, o blog do NetNewsWire, um ótimo aplicativo de RSS para iOS e macOS, compartilhou o número de usuários ativos nos últimos 30 dias. São 9 mil no iOS, 4,6 mil no iPadOS e 1 no iPod (?).

Fiquei chocado por um app tão legal, tão bem feito e, ainda por cima, gratuito, ter só isso de usuários.

Quase dois bilhões de dispositivos da Apple estão em uso no mundo, a maior parte deles de iPhones, e só 15 mil pessoas usam esse aplicativo? (Provável que menos gente que isso, considerando aqueles que, como eu, usam o NNW no celular e no iPad.) O mundo é um lugar injusto. Via NetNewsWire (em inglês).

Novas versões dos aplicativos gráficos Affinity mantém modelo de negócio de compra única.

A suíte de aplicativos gráficos Affinity, da Serif, chegou à segunda grande versão com muitas novidades, mantendo o modelo de compra única, marcando oposição à Adobe e seu modelo por assinatura. As licenças da suíte Affinity valem para as três plataformas em que os aplicativos estão disponíveis (iPadOS, macOS e Windows).

Para celebrar o lançamento, o pacote completo (Designer, Photo e Publisher) está com 40% de desconto, saindo a US$ 99,99. Via Serif.

iPadOS 16.1 e macOS 13 Ventura são lançados.

Já estão disponíveis para download as versões estáveis do iPadOS 16.1 e do macOS 13 Ventura. O iOS 16.1 também foi liberado nesta segunda (24).

Abaixo, as listas de dispositivos compatíveis e links diretos para os comunicados à imprensa da Apple (por ora apenas em inglês) detalhando as novidades de cada sistema:

  • iPadOS 16.1: iPad (5ª geração em diante), iPad mini (5ª geração em diante), iPad Air (3ª geração em diante) e todos os modelos de iPad Pro.
  • macOS 13 Ventura: iMac (2017 em diante), iMac Pro, MacBook Air (2018 em diante), MacBook Pro (2017 em diante), Mac Pro (2019 em diante), Mac Studio, Mac mini (2018 em diante) e MacBook (2017).

A nova, enorme e confusa linha de iPads da Apple

Duas fotos de iPads recarregando o Apple Pencil de primeira geração de formas diferentes, ambas esquisitas.
Imagem: @_alexguyot/Twitter.

Sem evento ou muito alarde, a Apple anunciou novos iPads nesta terça (18). A linha nunca foi tão grande e confusa.

O iPad básico de 10ª geração adotou o visual do iPad Air e trouxe alguns avanços por ora exclusivos: a câmera frontal fica posicionada na borda lateral, centralizada em modo paisagem, e tem uma nova capinha/teclado vendida à parte. São dois avanços que, estranhamente, não alcançaram os novos iPads Pro, agora com chip M2 e… bem, basicamente só isso de novo.

O iPad de 10ª geração tem suporte ao Apple Pencil (canetinha) de 1ª geração, que é recarregada via conector Lightning. Só tem um problema: a Apple trocou a entrada Lightning do tablet por uma porta USB-C. O usuário terá que usar um adaptador (agora incluso na caixa do Pencil) para recarregar a canetinha. “Just works”.

Ah, e o iPad de 9ª geração, com visual datado e botão Home, continua à venda. Neste momento, Steve Jobs se revira no caixão. Via SixColors, @_alexguyot/Twitter (ambos em inglês).

iPadOS 16 ganha janelas flutuantes e aplicativo Tempo

Foto de um iPad Pro e um monitor Apple Studio Display, conectados, mostrando oito janelas flutuantes com o uso do Stage Manager do iPadOS 16.
Foto: Apple/Divulgação.

Levou apenas 12 anos, mas enfim o iPadOS 16 ganhará o aplicativo Tempo, aquele do iOS/iPhone que dá a previsão do tempo.

Outra novidade há muito aguardada é a possibilidade de usar os aplicativos do tablet da Apple em janelas flutuantes. A liberdade de movê-las, porém, não será completa (veja imagem acima).

Para essa finalidade, a Apple criou o Stage Manager (também presente no macOS 13.3 Ventura), que centraliza janela e organiza as em segundo plano em pilhas à esquerda da tela. Outro detalhe chato é que o Stage Manager só estará disponível nos modelos de iPad com chip M1. Via Apple (em inglês).

O que eu uso (2022)

O Manual do Usuário é reflexo da minha curiosidade e vivências. Por isso, os produtos e serviços de tecnologia que uso no dia a dia, para fazê-lo e para outros fins, têm um impacto considerável no site.

Daí veio a ideia de fazer um raio-x anual do que estou usando, para dar mais contexto ao que é publicado aqui. Tipo… Por que falo de aplicativos para macOS, um sistema que pouquíssima gente usa no Brasil? E esses projetos de código aberto, só divulgo ou uso eles para valer? Com sorte, este post te ajudará a entender algumas decisões e características do Manual.

Continue lendo “O que eu uso (2022)”

Apple libera iOS 15, iPadOS 15 e watchOS 8.

Para dispositivos elegíveis, já estão disponíveis as versões finais do iOS 15, iPadOS 15 e watchOS 8. Via Apple (2) (3) (em inglês).

A versão final do macOS 12 Monterey, anunciado no mesmo dia dos sistemas acima, ainda não tem data de lançamento.

Apple anuncia iPhone 13, novo iPad mini e Apple Watch Series 7.

A Apple anunciou um monte de novos produtos na tarde desta terça-feira (14):

  • iPhone 13, com entalhe menor, bateria maior, novo chip A15 Bionic, armazenamento mínimo de 128 GB e posicionamento de câmeras diferente apenas porque sim.
  • iPhone 13 Pro, com as mesmas novidades da linha “simples”, mas câmeras melhores (e uma extra) e opção de 1 TB. É o primeiro iPhone com tela de 120 Hz.
  • iPad mini, com novo design similar ao do iPad Pro, tela de 8,3 polegadas e porta USB-C.
  • iPad de 9ª geração, com visual antigo, Touch ID, agora com o chip A13 Bionic e o mesmo preço do anterior (lá fora).
  • Apple Watch Series 7, que visual novo que não tem nada a ver com os dos “vazamentos”.
  • Apple Fitness+ chega ao Brasil, mas os vídeos não serão dublados, só terão legendas. Mindfulness com legenda, baita conceito.

Fotos bonitas e mais detalhes na sala de imprensa, link ao lado. Via Apple (em inglês).

O que chamou a atenção no iOS 15, iPadOS 15 e macOS 12 Monterey.

A abertura da WWDC 2021 ficou dentro do esperado, com novas versões dos sistemas da Apple, a saber: iOS 15, iPadOS 15, watchOS 8 e macOS 12 Monterey. Abaixo, o tradicional comentário no calor do momento dos anúncios:

  • A oferta de aplicativos e serviços próprios é tão grande que deu à Apple o luxo de passar quase duas horas falando de integrações e benefícios que só dizem respeito a usuários mergulhados em seu ecossistema. Se você está nessa ao ponto de usar o iMessage para conversar com família e amigos, foi um prato cheio. Se não, sobraram algumas migalhas interessantes.
  • A maioria das novidades se espalha por todos os sistemas. Coisas como itens compartilháveis em apps como Fotos e Mensagens (Shared With You), experiências remotas pelo FaceTime (Share Play), configurações de notificações personalizáveis (Focus) e reconhecimento de escrita em imagens, por exemplo, estarão presentes no iOS 15, iPadOS 15 e macOS 12.
  • O iPadOS 15 mistura os widgets aos ícones da tela inicial e ganhou a Biblioteca de Apps, acessível pela Dock. A atualização mexe — mais uma vez — na multitarefa do tablet da Apple. Desta vez, pelo menos, haverá indicadores visuais para facilitar a descoberta e o uso desses recursos.
Tela inicial do iPadOS 15 com widgets misturados aos apps.
Imagem: Apple/Divulgação.
  • O nome do novo macOS 12 é Monterey. Sua maior novidade exclusiva é a chegada do aplicativo Atalhos, já presente no iOS e iPadOS. Diz a Apple que o app é “o futuro da automação no macOS”.
  • O Safari foi redesenhado e está ainda mais discreto. Agora, a barra de endereços fica dentro da aba do site em foco. O navegador da Apple também ganha suporte a grupos de abas/sites e as versões do iOS/iPadOS, suporte a extensões. No iPhone, a barra de endereços vai para o rodapé da tela.
Print do novo Safari do macOS 12 Monterey, mostrando os grupos de abas.
Imagem: Apple/Divulgação.
  • Usuários pagantes do iCloud ganham um “upgrade” sem custo ao iCloud+, que dá direito a uma espécie de VPN/Tor nativo e máscaras para e-mail.
  • Boas novidades de privacidade, como uma linha do tempo (de até sete dias) de recursos do celular acessados pelos aplicativos, ocultação do IP/localização do usuário a sites no Safari e o bloqueio de pixels rastreadores em e-mails/newsletters no Mail.
  • ênfase, também, às novidades em saúde: será possível compartilhar dados biométricos com familiares e médicos e a Apple avisará quando algum dado monitorado apresentar variações preocupantes. Tudo muito bonito e útil, desde que você tenha grana para comprar um iPhone e um Apple Watch — no Brasil, esse kit versão básica (Apple Watch SE e iPhone SE) não sai por menos de R$ 4 mil.
  • A Siri passa a processar requisições de tarefas mais simples no próprio dispositivo, sem se conectar à internet. Além do fator privacidade, a mudança acelera um bocado o tempo de resposta.
  • O iOS 15 será compatível com o iPhone 6S, lançado em 2015. Aparentemente, os demais sistemas também chegarão aos mesmos dispositivos compatíveis com os sistemas de 2020.
  • As versões beta dos novos sistemas já estão disponíveis para desenvolvedores. Ao público, elas chegam em julho. E as versões finais, em algum dia do “outono” (primavera aqui no hemisfério Sul).

Mais coisas foram anunciadas — foi um evento cheio, com quase 2 horas de duração. Deixei escapar alguma interessante? Comente aí embaixo.

Aquelas coisas da Apple que você não vai comprar / Newsletters brasileiras

Apoie o Manual: https://manualdousuario.net/apoie

Neste programa, o primeiro editado pela Tumpats, falamos de Apple no primeiro bloco: uma passada pelos anúncios desta semana, todos muito legais, todos caríssimos.

No segundo, falamos do diretório de newsletters brasileiras e ingressamos em um debate sobre o Substack.

Nas indicações culturais, Ghedin indicou a série Mindhunter [Netflix], e a Jacque, o livro O projeto Rosie [Amazon, Americanas, Magalu, editora]1, de Graeme Simsion.

  1. Ao comprar por estes links, o Manual do Usuário recebe uma pequena comissão das lojas. O preço final para você não muda.

O que me chamou a atenção no evento da Apple — novos iMac, iPad Pro, Apple TV 4K e AirTags.

A Apple anunciou um punhado de novos produtos nesta terça (20), vários deles já esperados graças à máquina de rumores que existe em torno da empresa. Vimos as AirTags, o único produto realmente novo, e atualizações do iMac, iPad Pro e Apple TV 4K. Alguns destaques no calor do momento, ou o que me chamou a atenção:

  • O chip M1 se espalhou pela linha de produtos: está no reformulado iMac e (surpresa!) no iPad Pro.
  • O iMac chega em sete cores. A versão prata/sem cor foi pouco citada e esteve ausente em várias fotos e tomadas dos vídeos de divulgação.
  • O iMac perdeu muitas portas. A versão de entrada só tem duas USB-C 4/Thunderbolt e a conexão Ethernet na fonte é opcional. (Isso não foi citado no evento, que focou na intermediária, que traz duas USB-C 3 extras.) É a “macbookização” dos desktops da Apple.
  • O iMac traz “a melhor webcam que já colocamos em um Mac”, segundo a Apple. Convenhamos, não era muito difícil.
  • Touch ID no teclado, que a exemplo dos outros acessórios, também ficou multicolorido.
  • O iPad Pro de 12,9 polegadas vem com a aguardada tela de Mini-LED. Isso, sim, é um avanço interessante.
  • O Apple TV 4K agora usa o chip A12 e ganhou um controle remoto reformulado, que traz de volta a clickwheel (sem vidro que quebra fácil) e joga o botão da Siri para a lateral, igual nos celulares.
  • Tudo muito dentro do esperado e, ainda assim, muito bacana, mas estamos falando de objetos para poucos, pois caríssimos. Uma AirTag, acessório para “localizar” objetos perdidos, custa R$ 369. O iPad Pro começa em R$ 10,8 mil. O iMac, perto dos R$ 20 mil. Veja os preços.