Apple e a promessa de popularizar a realidade aumentada/virtual.
Na próxima segunda (5/6), tudo indica que a Apple revelará ao mundo seu headset de realidade aumentada e/ou virtual.
Há grandes expectativas em torno desse possível lançamento.
Nas últimas décadas, a Apple fez fama como uma espécie de Midas corporativo, capaz de transformar em ouro tudo o que toca, mesmo em categorias de produtos que outras empresas não conseguem emplacar sucessos, como tablets e relógios inteligentes.
Não será tarefa fácil. Grandes empresas, como Meta e Microsoft, há anos investem pesado no setor, sem grandes retornos até aqui.
Quando se fala em software, o grande (único?) sucesso de realidade aumentada de que se tem notícia é Pokémon Go, joguinho de celular de 2016.
Ainda assim, há quem argumente que a grande sacada da Niantic não foi a realidade aumentada, mas sim a geolocalização. Não era raro, no auge da febre, ver celulares com o jogo aberto, mas a câmera fechada, porque a experiência era mais ou menos a mesma, com o bônus de preservar bateria.
O fato de a Niantic nunca mais ter emplacado outro jogo, mesmo com franquias do mesmo nível de Pokémon — NBA, Harry Potter —, é um sinal de alerta.
No início de maio, a Niantic lançou Peridot, seu primeiro jogo de realidade aumentada original, uma espécie de bichinho virtual moderno, no celular. Embora porta-vozes da empresa afirmem que o jogo teve boa receptividade, na frieza dos números Peridot não empolgou — as avaliações de parte dos jogadores é negativa e os downloads, poucos.
Talvez uma versão para o vindouro headset da Apple — caso o toque de Midas ainda esteja funcionando — possa reverter esse cenário.