Bloquear JavaScript em sites selecionados torna a web mais rápida e agradável

Estou meio obcecado em tornar a web um lugar mais agradável — não num sentido amplo, mas aqui, no meu computador e celular.

Há anos uso e recomendo bloqueadores de anúncios. Eles tornam a web um lugar habitável. Muitos sites entraram numa briga de gato e rato e, de tempos em tempos, conseguem burlar os mecanismos mais simples usados para impedir o carregamento de elementos nocivos.

Quando esses sites ganham, eu perco. A derrota se materializa em lentidão, celulares e computadores quentes e baterias derretendo.

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Microsoft corrige falha de cinco anos no Windows que fazia Firefox consumir muito processamento.

A Microsoft corrigiu uma falha no Defender, o antivírus nativo do Windows — que vem ativado de fábrica —, que causava picos de processamento quando o Firefox estava em uso.

Embora seja um problema no Defender, a falha foi registrada no Bugzilla, da Mozilla, por Markus Jaritz em fevereiro de 2018:

Notei que já faz algum tempo a maior parte do tempo em que o Firefox está ativo, o [serviço] nativo do Windows 10 “Antimalware Service Executable” usa mais de 30% do meu processador e lê e escreve arquivos aleatórios em Windows/Temp, todos começando com etilqs_.

Isso tem me atrasado significativamente e faz com que o Firefox fique bem lento.

A correção finalmente chegou nesta terça, na atualização de março do Defender (plataforma 4.18.2302.x, motor 1.1.20200.4).

Yannis Juglaret, engenheiro da Mozilla, testou a correção e confirmou a melhoria:

Os números sugerem uma melhoria de ~75% no uso do processador do MsMpEng.exe ao navegar com o Firefox (o número específico se aplica a navegar no youtube.com na minha máquina).

Foi um mês cheio: na terça (11), a Microsoft liberou correções para 96 falhas, incluindo uma do tipo “dia zero” e sete classificadas como críticas. Antes disso, no dia 6/4, 17 falhas do Edge já haviam sido corrigidas. Via Neowin, Bleeping Computer (ambos em inglês)

Uma demonstração de como empresas conseguem te rastrear entre sites distintos na web.

O fim iminente dos cookies de terceiros, ferramenta amplamente usada pela indústria para rastrear usuários entre sites, chega num momento conveniente, quando eles já não são mais necessários.

Existem soluções melhores de “fingerprinting”, jargão do meio que significa, literalmente, “impressão digital”: empresas digitais conseguem detectar que você é você entre vários sites analisando uma série de características da sua conexão, computador e navegador.

O Fingerprint Pro oferece esse serviço. Ele tem uma demonstração gratuita bem interessante: clique no botão View Live Demo, e o site gerará um identificador único.

Tente, agora, limpar os dados do seu navegador e abrir o site novamente ou fazê-lo pelo modo “anônimo”. É bem provável que o Fingerprint Pro mostre o mesmo identificador, ou seja, saiba que você é você.

Mesmo em navegadores focados em privacidade, como Safari e Firefox, o Fingerprint Pro consegue fazer o rastreamento. Ele só falha no Tor e no Firefox com uma configuração obscura ativada (privacy.resistFingerprinting). Via Bitestring’s Blog (em inglês).

Google e Mozilla testam navegadores com motores próprios no iOS.

Seguindo a linha de que “onde há fumaça, há fogo”, Google e Mozilla estão testando versões dos seus navegadores (Chrome e Firefox) para iOS com motores de renderização próprios (Blink e Gecko).

Hoje, a Apple proíbe outros motores de renderização nos aplicativos do iOS — todos usam o dela, WebKit. Os testes podem ser um sinal de que, em breve, a Apple relaxará essa restrição, talvez já no iOS 17.

É uma situação complexa. Em outras plataformas, o Chrome domina o segmento de navegadores web. Bem ou mal, a obrigatoriedade do WebKit, embora limite a escolha dos usuários e seja uma postura nociva no geral, na prática serve como resistência contra o domínio total do Blink/Google. Via The Register (em inglês).

Extensão Privacy Redirect para Safari

“Sair do Twitter” não significa ignorá-lo por completo. Na cobertura do Manual e até mesmo em trocas de mensagens com amigos e familiares, vez ou outra aparece um link para lá.

Foi numa dessas situações que lembrei da extensão Privacy Redirect, que redireciona links de redes sociais comerciais para front-ends alternativos focados em privacidade. No caso do Twitter, o Nitter.

Se você usa Chrome ou Firefox, ótimo: a extensão é gratuita, só instalar e apontar quais serviços deseja que sejam redirecionados.

No caso do Safari, desconhecia alternativa. Aí fiz uma pesquisa e descobri que, em agosto de 2021, alguém lançou uma versão da Privacy Redirect para o navegador da Apple. Custa R$ 10,90, mas… né, o que não custa alguns reais nas plataformas da Apple?

Histórias de navegadores

Neste podcast, Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa falam de navegadores — não os dos mares, mas sim de navegadores web tipo Chrome, Firefox e Safari. Sem que nos déssemos conta, a web se tornou uma gigantesca plataforma e o meio de acesso a ela é via navegadores. Por que um monopólio do Chrome seria ruim à web? Que extensões ainda vale a pena instalar? Aplicações web são mesmo tão melhores que as nativas?

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Como bloquear a reprodução automática de vídeos (autoplay) em sites

Toda segunda, às 8h da manhã, publico aqui e na newsletter uma dica útil, fácil e rápida de fazer. Para receber as próximas no seu e-mail, inscreva-se na newsletter — é grátis.


Uma das maiores chateações na web são os vídeos que começam a tocar automaticamente (autoplay). É algo tão chato que, nos últimos anos, os principais navegadores adotaram políticas que proíbem o autoplay de vídeos com som. Melhor, mas ainda não é o ideal.

Na dica desta semana, você aprenderá a bloquear por completo a reprodução automática de vídeos. Como sempre, a configuração depende do seu navegador e se você quiser uma experiência de navegação melhor e ainda usa o Chrome, talvez devesse reconsiderar essa decisão.

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Firefox torna Proteção Total de Cookies padrão no mundo todo.

A partir desta terça (14), a Proteção Total de Cookies do Firefox passa a vir ativada por padrão no mundo inteiro. O recurso, lançado de maneira limitada no Firefox 86, em fevereiro de 2021, confina cookies de terceiros ao domínio/site que o carregou, impedindo que esses dados sejam cruzados para rastrear o usuário em suas andanças pela web.

Com a Proteção Total de Cookies, diz a Mozilla, “as pessoas podem se beneficiar de mais privacidade e ter as ótimas experiências de navegação que elas esperam”. Via Mozilla (em inglês).

Firefox 101 restaura comportamento antigo ao baixar arquivos.

O Firefox 101 chega nesta terça (31). Poucas novidades, e uma delas uma reversão de curso. Àqueles que detestaram o novo comportamento do navegador ao baixar arquivos, introduzido no Firefox 98, há uma nova opção que restaura o antigo, em que o navegador sempre pergunta o que fazer (abrir ou apenas baixar) arquivos da web. Via OMG! Ubuntu (em inglês).

Como deixar o YouTube menos viciante

Sites e aplicativos como o YouTube são projetados para nos manter o maior tempo possível neles. O que está em jogo ali é a nossa atenção, então é do jogo que o Google, a empresa dona do YouTube, empregue todos os artifícios possíveis para nos prender o maior tempo possível ali dentro — vendo vídeos e, claro, anúncios.

(Apenas a título de exemplo, em fevereiro de 2017 o YouTube comemorou a marca de 1 bilhão de horas gastas assistindo a vídeos por dia. A meta fora estipulada em 2014 e alcançada graças ao uso pesado de vídeos recomendados, incluindo extremistas e mentirosos.)

Apesar disso, o YouTube é basicamente o repositório de vídeos na internet. É possível usá-lo sem se deixar levar pelo canto da sereia, digo, do algoritmo? É sim! Essa é a dica da semana no Manual.

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Firefox 100.

A Mozilla lançou, nesta terça (3), o Firefox 100. O número redondo ensejou algumas celebrações, mas o navegador em si traz poucas novidades.

Em computadores, a principal é o suporte a legendas no modo PIP. E em distribuições Linux com interface gráfica Gnome, o Firefox agora usa barras de rolagem no padrão do sistema.

Em celulares (Android; iOS em breve), o Firefox 100 traz novas maneiras de exibir e organizar… coisas. O histórico ganhou uma repaginada visual e um botão de pesquisa, e abas não visitadas há 14 dias ou mais agora ficam numa área à parte. Ah, e tem dois papéis de parede novos. Via Mozilla (em inglês).

Firefox 98 e atualização menor de segurança (97.0.2).

A Mozilla libera nesta terça (8) o Firefox 98. A nova versão não traz muitas novidades. O destaque é uma revisão no fluxo de downloads, que não exibe mais a janela perguntando se o usuário deseja baixar ou abrir o arquivo prestes a ser baixado. Agora, o Firefox baixa o arquivo automaticamente — como todos os outros navegadores modernos.

Mais importante que esta grande versão foi uma menor, lançada na última quinta-feira (5), que corrigia duas falhas graves do tipo “dia zero” (códigos CVE-2022-26485 e CVE-2022-26486) e que já estavam sendo exploradas em situações reais. As versões Firefox 97.0.2, Firefox ESR 91.6.1, Firefox para Android 97.3.0 e Focus 97.3.0 corrigem-nas e se o seu estiver configurado para receber novas versões automaticamente, já deve estar atualizado. Via OMG! Ubuntu! e Mozilla (ambos em inglês).

Você não precisa mais destas extensões de privacidade

Por mais que os navegadores que não são de empresas de publicidade (*cof* Chrome *cof*) estejam aperfeiçoando suas ferramentas nativas de proteção à privacidade, eles ainda não dispensam o uso de uma ou outra extensão com esse foco. Mas tem algumas, ainda muito populares, que já podem ser descartadas. As da Electronic Frontier Foundation (EFF), por exemplo, se tornaram dispensáveis.

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