Celulares simples, antes vendidos a idosos, agora miram jovens cansados de telas.

A HMD Global, dona da marca Nokia para celulares, relançou o Nokia 2660 de olho nos jovens.

“Dumbphones”, como são chamados esses aparelhos, são “a escolha dos jovens para limitar o tempo de tela”, diz a empresa finlandesa no comunicado à imprensa. A câmera medíocre do aparelho, a mesma de 2000 e bolinha, deixou de produzir fotos terríveis para gerar “fotos com o estilo lo-fi dos anos 2000”. Cansado do isolamento digital? Com o Nokia 2660, os consumidores irão “reconectar-se uns com os outros, com eles mesmos e com o entorno”, promete a HMD.

Como bem observou o site The Verge, a mudança de discurso é notável. Em 2016, quando o Nokia 2660 foi lançado, os chamarizes eram sua “tela grande”, “compatibilidade com aparelhos auditivos” e “recursos de acessibilidade que aumentam a confiança, especialmente daqueles com mais de 55 anos”.

Existe mesmo uma fadiga generalizada de celulares, mas acho que somente repaginar o discurso não fará desses aparelhos simples o remédio para a ressaca de iPhones e Galaxies que muitos de nós sentem.

A maioria dos “testes” — mesmo que nada científicos — a que jornalistas e influenciadores se submetem, de viver com um dumbphone ou celular minimalista, fracassa.

Ainda é mais negócio diminuir as distrações de um celular moderno, porque as comodidades que eles trazem são inegáveis e, cada vez mais, inescapáveis. Usar um dumphone hoje implica em usar papel, chamar táxis no ponto, ligar (o horror!!) para restaurantes e amigos.

Achei curioso a HMD Global ter usado a informação de que vídeos no TikTok com a hashtag #bringbackflipphones tiveram 49 milhões de visualizações como argumento. Quem compra um Nokia 2660 não consegue acessar o TikTok.

HMD Global lança Nokia 110 no Brasil por R$ 169.

A HMD Global lançou, nesta quarta (10), o Nokia 110 no Brasil. O aparelho básico da marca é fabricado localmente e tem o preço sugerido de R$ 169. E sendo uma releitura do célebre Nokia 3310, claro que vem com o jogo da cobrinha. Mas atenção: o Nokia 110 com o sistema Nokia Series 30+, e não o KaiOS, como alguns sites publicaram. Na prática, isso significa que o celular não é compatível com apps populares, como o WhatsApp. Outros pontos negativos é que o Nokia 110 só funciona em redes 2G e chega ao Brasil apenas na cor preta. Via HMD Global.

Com investimento milionário, Google ganha espaço no KaiOS

Inexistente no Brasil, o KaiOS ocupa um vácuo deixado pela Nokia e por praticamente todas as outras grandes fabricantes: os feature phones. Lembra o Nokia lanterninha? Aquele tipo de celular. Contrariando algumas previsões, as vendas desse tipo de dispositivo têm crescido nos últimos trimestres, puxadas por algumas evoluções pontuais como suporte a redes 4G e um sistema moderno — no caso, o próprio KaiOS. Há um contingente que não pode ou não se interessa por smartphones. Continue lendo “Com investimento milionário, Google ganha espaço no KaiOS”

Por que tem um celular flip no clipe de Hello, da cantora Adele?

O último álbum da cantora britânica Adele saiu há quase cinco anos, portanto a repercussão do clipe de Hello, primeiro single do seu novo álbum, 25, já era esperada. Mas, além de toda a expectativa satisfeita por sua primeira inédita em três anos (a última havia sido Skyfall, da trilha sonora do filme homônimo), um detalhe do clipe chamou a atenção de fãs e curiosos: a presença de celulares flip. Continue lendo “Por que tem um celular flip no clipe de Hello, da cantora Adele?”

Quem compra celulares simples em 2015? Quase 600 milhões de pessoas

O último celular lançado pela Microsoft custa US$ 20, tem 4 MB de RAM, tela de 1,4 polegada, não roda Windows Phone, nem tem suporte a conexões 3G. Ele sucede um aparelho que, em quase dois anos, vendeu 80 milhões de unidades. O (novo) Nokia 105 representa uma categoria em declínio, mas que ainda responde por números consideráveis. Continue lendo “Quem compra celulares simples em 2015? Quase 600 milhões de pessoas”

Um mês com o celular mais desejado de 2004

Ashley Feinberg, no Gizmodo:

Em julho de 2004, a Motorola lançou o RAZR V3, um dos celulares mais icônicos de todos os tempos. Exatamente 10 anos depois, deixei meu iPhone de lado para experimentar o mundo onde apps não existem e o T9 reina. Talvez eu tenha feito pela nostalgia. Talvez porque eu me odeie um pouquinho. De qualquer forma, uma coisa é certa: usar o melhor celular de 2004 em 2014 é um inferno.

Dependendo do referencial 2004 não parece estar tão longe. Pela maioria deles, não é mesmo. Mas na tecnologia…

Chamou-me a atenção o tópico sobre as senhas. Apps como o 1Password conseguem aquela união rara entre segurança e comodidade, mas acho que não me sentiria confortável em terceirizar o acesso de todas as minhas contas a qualquer lugar fora da minha cabeça.