O novo Kindle básico é quase tão bom quanto o Paperwhite.

A Amazon atualizou o Kindle de entrada e, talvez eu esteja perdendo algum detalhe, mas eliminou os principais motivos para alguém pagar mais caro no modelo Paperwhite e superiores?

O novo Kindle ganha a tela de alta definição (300 PPI), dobra a memória interna para 16 GB e troca a velha porta microUSB por uma USB-C. Está disponível em duas cores, o tradicional preto e um azul “calça jeans”.

Os únicos diferenciais do Paperwhite, um produto R$ 200 mais caro, são a tela ligeiramente maior (6,8 polegadas contra 6 do Kindle comum), resistência à água e o sistema de iluminação melhor, com mais LEDs e sensor que ajusta automaticamente o brilho.

O novo Kindle ficou um tiquinho mais caro, saindo a R$ 499 — o modelo anterior, de 10ª geração, continua à venda por R$ 449. A pré-venda já começou, com entregas previstas para 13 de outubro. Via Amazon.

Calibre 6.0.

Calibre é um aplicativo para gerenciar e ler e-books (livros eletrônicos). O Calibre 6.0, nova grande versão, trouxe novidades significativas:

  • Suporte à indexação e pesquisa de livros inteiros. É opcional.
  • Suporte à leitura dos livros, usando o sistema “text-to-speech” nativo do sistema operacional.
  • Suporte a URLs iniciadas com calibre://.
  • Suporte à arquitetura ARM no macOS (chips M1, M2 e variantes) e no Linux. Por outro lado, o aplicativo deixa de suportar sistemas 32 bits.

O Calibre 6.0 está disponível para Linux, macOS e Windows. Via Calibre (em inglês).

Um monitor e-ink rodando a 60 quadros por segundo

Modos Paper Monitor Demo #1

Muito interessante o monitor protótipo da Modos, uma startup norte-americana que almeja lançar notebooks e monitores com a tecnologia e-ink, a mesma usada na tela do Kindle.

Em um post, a equipe detalha as dificuldades para alcançar uma taxa de atualização decente com o e-ink. (Quem já usou um Kindle deve se lembrar da lentidão na transição de páginas.)

A Modos já consegue fazer o e-ink funcionar a 60 quadros por segundo, mas somente em preto e branco (veja o vídeo acima), o que não deixa de ser impressionante e promissor. Acrescentar uma escala de cinza é um desafio à parte. Via Modos (em inglês).

Kindles antigos perderão acesso à loja de e-books em agosto.

Os(As) donos(as) dos modelos Kindle (2ª geração) internacional, Kindle DX internacional, Kindle Keyboard, Kindle (4ª geração) e Kindle (5ª geração) vão perder o acesso à loja de e-books da Amazon em agosto, impossibilitando a navegação, compra ou aluguel de e-books pelo próprio Kindle. A Amazon está avisando quem tem um desses modelos por e-mail.

Ainda será possível comprar no site da Amazon e enviar o e-book ao Kindle defasado.

A Amazon não informou o motivo da baixa. Especula-se que seja devido à falta de suporte a novos protocolos de criptografia na web, necessários para transações sensíveis como as que envolvem pagamentos, e à dificuldade ou mesmo impossibilidade de atualizá-los. O modelo mais novo dos afetados, o Kindle (5ª geração), foi lançado em setembro de 2012.

No nosso grupo do Telegram (para assinantes), pelo menos um leitor relatou que seu Kindle DX já não acessa mais a internet, que nele funcionava via conexão 3G. Via Good e-Reader (em inglês).

Atualização (14h20): A primeira versão desta nota informava que os Kindles antigos perderiam acesso à internet. Na realidade, eles só perderão o acesso à loja de e-books da Amazon.

Sobre o suporte ao formato EPUB no Kindle.

A Amazon atualizou uma página de suporte do Kindle que, agora, informa que o serviço de documentos pessoais consegue lidar com e-books em EPUB, o formato mais popular do mundo, até então sem compatibilidade com o e-reader mais popular do mundo.

Há relatos de que o serviço de documentos pessoais do Kindle já conseguia lidar com EPUB antes da alteração na página de suporte. (No último registro válido do Archive.org, de setembro de 2021, ainda não exibia a menção ao EPUB.)

Na página de suporte, a informação de que “[a] partir do final de 2022, os aplicativos do Serviço de documentos pessoais do Kindle serão compatíveis com o formato EPUB (*.epub)” aparece no tópico dos aplicativos, ou seja, não diz respeito ao envio por e-mail, que já traz o EPUB no rol de formatos compatíveis.

De qualquer maneira, não é como se a Amazon estivesse abraçando o EPUB. O serviço de documentos pessoais consiste em enviar um documento/arquivo à Amazon ou passá-lo via aplicativo para tê-lo disponível no Kindle. Nesse caminho, a Amazon converte o EPUB para um formato próprio. Se você conectar o Kindle com um cabo USB e arrastar arquivos EPUB, por exemplo, o Kindle não conseguirá abri-lo.

Outra mudança prevista para o final do ano é o fim do suporte a arquivos MOBI (*.azw, *.mobi) no serviço de documentos pessoais e a menção, da Amazon, de que ele “não é mais compatível com os recursos mais recentes do Kindle”. Via Amazon.

Produtividade trabalhando em equipes / Ler no Kindle é melhor que ler no papel?

No Guia Prático desta semana, Jacqueline Lafloufa e Rodrigo Ghedin pegam o gancho do tombo que o Trello levou recentemente para falar de gerenciamento de projetos em grupo. Não é o caso do Manual, mas a Jacque tem experiência em outros trabalhos — e várias técnicas e dicas de como manter todo mundo na mesma página e resistir à tentação de fazer tudo pelo WhatsApp ou Slack.

No segundo bloco, o assunto é leitura. Ler no digital, com o novo Kindle Paperwhite, por exemplo, é melhor? A depender do tipo de livro, um tablet convencional pode ser melhor pedida. E os livros de papel? Ghedin conta como ele une o melhor dos dois mundos — o conforto do papel com os super poderes do digital.

Nas indicações culturais, duas séries: Jacque indicou Sex Education [Netflix], e Ghedin, Anne with an E [Netflix].

Links citados no programa:

Gosta do podcast? Toque aqui e apoie o Manual do Usuário. A partir do plano II (R$ 16/mês), você ganha o direito de acompanhar as gravações do podcast ao vivo, incluindo um animado bate-papo pós-gravação, além de outros mimos.

O Guia Prático é editado pelo estúdio Tumpats.

Amazon atualiza Kindle Paperwhite com tela maior e USB-C; Facebook lança um “tablet” para videochamadas.

Semana cheia para consumidores interessados em dispositivos físicos de vigilância de grandes empresas de tecnologia.

A Amazon atualizou seu Kindle Paperwhite, agora em duas versões, ambas com telas (6,8″) e baterias maiores, entrada USB-C e, no caso da “Signature Edition”, carregamento sem fio e sensor de iluminação. Os preços no Brasil estão mais salgados. O Kindle Paperwhite básico encareceu 30% e agora sai por R$ 649. O Kindle Paperwhite Signature Edition custa R$ 849. Via Interfaces.

Lá fora, o Facebook lançou uma versão com bateria do Portal, seu dispositivo para videochamadas. O Portal Go, com tela de 10″, roda Android, mas não dá para chamá-lo de tablet — além de pesado (1,4 kg), o software é restrito a basicamente apps como WhatsApp, Facebook Messenger, Zoom e alguns outros do tipo para o mercado corporativo. Lá fora, sai por US$ 199. Via The Verge (em inglês).

[Review] Kobo Aura H2O, o e-reader à prova d’água

Um dos primeiros comerciais do Kindle, e-reader da Amazon, mostrava uma mulher à beira da piscina lendo um e-book sem ser atrapalhada pelo Sol. Era uma alfinetada na tela do iPad, que sofre com a incidência de luz solar direta. Quisesse, a Kobo poderia aproveitar a deixa para promover seu último e-reader, o Kobo Aura H2O. Com ele, você pode ler dentro da piscina.

O segmento de e-readers passa, desde a sua concepção, por transformações leves e previsíveis. Toda nova versão sempre traz alguma novidade e melhora características inerentes do formato, mas nada que o afaste tanto dos primeiros modelos de quase dez anos atrás. Foram-se os botões em prol de telas sensíveis a toques, por exemplo. O contraste e a velocidade de transição das páginas, sempre aumentam. As mais recentes mudanças foram o lançamento de produtos premium, com telas de alta definição e iluminação — uma carência notável dos primeiros modelos –, em paralelo aos modelos baratos de entrada.

O Kobo Aura H2O dá, de certa forma, mais um passo nesse sentido. Além de tudo o que seus antecessores trouxeram de mais sofisticado, ele é à prova d’água, classificação IP67 (entenda). Faz a diferença? É o que tentei descobrir lendo O Curioso Caso de Benjamin Button, um pedaço de Misto Quente e vários artigos salvos no Pocket. Continue lendo “[Review] Kobo Aura H2O, o e-reader à prova d’água”

Converta seus arquivos PDF para lê-los com mais conforto no Kindle ou Kobo

E-readers modernos funcionam com formatos de arquivo específicos — AZW ou MOBI no Kindle, ePub no Kobo, Lev, Nook e outros. Eles têm inúmeras vantagens sobre o PDF, mas esse ganha em disponibilidade. A oferta de livros, teses, dissertações, monografias e documentos em geral no formato da Adobe é bem grande.

Com telas de 6 polegadas e outras limitações, os e-readers nem sempre recebem bem arquivos PDF. Uma das características do formato, a fidelidade da sua formatação não importa em qual dispositivo seja exibido, acaba jogando contra. Nisso, é comum abrirmos arquivos PDF em e-readers e nos depararmos com letras miúdas e páginas maiores que a tela, o que obriga a movimentações e uso intensivo do zoom, ações desengonçadas em e-readers que acabam tornando a leitura cansativa.

O Lev, da Saraiva, tem um recurso que visa amenizar esses contratempos, o PDF Reflow. A promessa é de que o sistema adapte a exibição de arquivos PDF à tela do dispositivo em tempo real. É um diferencial bacana e exclusivo, mas com um pouco de trabalho dá para ter resultados similares com qualquer e-reader convertendo ou otimizando o PDF antes da leitura. Continue lendo “Converta seus arquivos PDF para lê-los com mais conforto no Kindle ou Kobo”

Lev, o novo e-reader da Saraiva

Lev, o e-reader da Saraiva.A Saraiva lançou hoje o Lev, seu e-reader. Ele chega para competir com a linha Kindle da Amazon, e a Kobo, no Brasil atrelada à Livraria Cultura.

O projeto do Lev é baseado no Cybook Odissey, e-reader da francesa Booken, e a localização do software foi feita pela Saraiva com a ajuda do Centro de Estudos Avançados do Recife (C.E.S.A.R). Ele tem um formato arredondado que pelas fotos parece um tanto esquisito e chega por aqui em duas versões, uma de R$ 299 e outra, com iluminação na tela, por R$ 479 — até o final de agosto em promoção, por R$ 399. Além das lojas físicas e virtual da própria Saraiva, o Lev também será comercializado no Walmart.

As aparentes vantagens em relação ao quase irretocável Kindle Paperwhite são o suporte a arquivos ePub, unanimidade fora dos domínios da Amazon, slot para cartão microSD e um recurso chamado PDF Reflow, que adapta arquivos PDF aos limites da tela de 6 polegadas do Lev. Na teoria é uma ideia pra lá de interessante, resta ver se ela se sustenta na prática. O Lev ainda vem com 14 e-books de graça e se integra à loja e ao app Saraiva Reader, disponível para Android, iOS, Windows e OS X.

O mercado editorial brasileiro é bastante restrito e o dos e-readers, embora em expansão, responde por menos de 3% dele. Não sei  se há espaço para um terceiro concorrente, mas a Saraiva aposta que sim. É esperar para ver — o e-reader e se haverá demanda por ele.

Novo Kindle Paperwhite, ou como melhorar o melhor e-reader

Não foi a Amazon quem começou essa história de e-readers com tela de e-ink, mas foi graças a ela que este nicho ganhou a popularidade que tem hoje. Os dispositivos Kindle são referência no segmento e versão após versão redefinem o que se deve esperar de um bom e-reader.

Tablets e smartphones, embora continuem funcionando após anos de serviços prestados se bem cuidados, parecem sofrer de obsolescência percebida, ou seja, mesmo funcionando bem a mera existência de modelos mais avançados atiça o nosso espírito consumista. Não precisamos de um celular novo, mas queremos um.

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