O Thunderbird 115 “Supernova” deve ser lançado nesta terça (11). A apresentação da aguardada atualização já está no ar, destacando o trabalho feito na interface. Ficou mais moderna, sim, mas não sei se mais bonita. Os desenvolvedores dizem que o “Supernova está em constante evolução”. O que você achou? Via Thunderbird.
O Thunderbird ganhou um novo logo para refletir o momento do projeto, renascido das cinzas e muito bem, obrigado. Para o trabalho, chamaram Jon Hicks, criador do logo original do Thunderbird. Aqui dá para ver as variações de acordo em diferentes sistemas operacionais. Achei bonitão! Via Thunderbird (em inglês).
Inconsistências visuais e elementos datados permanecem no Windows 11
Imagem: NTDEV/Reprodução.
O Windows é uma espécie de rocha que, partida ao meio, revela camadas que contam toda a sua história.
O blog NTDEV fez esse recorte e mostrou que a versão mais recente do Windows 11, do final de 2022, contém resquícios do Windows 3.1 (imagem acima), lançado em 1992, ou seja, 30 anos atrás.
Não que seja um grande problema — é um estético, se muito —, mas chama a atenção vindo de uma empresa trilionária e com lucros consistentes. Nenhum outro sistema operacional, nem mesmo os ambientes gráficos Linux mantidos por voluntários (Gnome, KDE Plasma, Xfce), apresenta inconsistências visuais do tipo. Via NTDEV (em inglês).
Um post curtinho apenas para registrar o novo visual do Manual do Usuário — sim, o segundo de 2022, este, espero, mais duradouro. Em breve sai um relato esmiuçando as novidades e decisões no Bastidores.
Novas versões dos aplicativos gráficos Affinity mantém modelo de negócio de compra única.
A suíte de aplicativos gráficos Affinity, da Serif, chegou à segunda grande versão com muitas novidades, mantendo o modelo de compra única, marcando oposição à Adobe e seu modelo por assinatura. As licenças da suíte Affinity valem para as três plataformas em que os aplicativos estão disponíveis (iPadOS, macOS e Windows).
Para celebrar o lançamento, o pacote completo (Designer, Photo e Publisher) está com 40% de desconto, saindo a US$ 99,99. Via Serif.
Arquivos de Photoshop estão perdendo as cores por ganância da Pantone.
A Adobe e a Pantone™ encerraram uma parceria de longa data e, como resultado, agora é preciso pagar uma mensalidade pelo plugin Pantone™ Connect para que arquivos do Photoshop, Illustrator e InDesign que usem cores da paleta proprietária da Pantone as exibam corretamente. Não quer pagar? As cores Pantone™ são substituídas por preto.
Os preços variam por região. No Brasil, a assinatura anual do Pantone™ Connect custa R$ 37,85 por mês (12 meses pagos numa tacada só), com 7 dias de gratuidade.
A Pantone™ conseguiu, de alguma maneira, tornar-se proprietária de cores (o que estou escrevendo?) e após décadas de colaboração com a Adobe, decidiu tirar uma lasquinha do mercado de SaaS que a Adobe vem explorando há alguns anos com grande sucesso financeiro.
O “legal”, nos lembra Cory Doctorow, é que, sendo softwares alugados, não existe a possibilidade de estacionar numa versão do Photoshop para não ser afetado pela mudança. Há relatos de arquivos criados há 20 anos que tiveram cores Pantone™ trocadas por preto. Via @funwithstuff/Twitter, Kotaku, Pluralistic (todos em inglês).
Atualização (15h20): Stuart Semple lançou o Freetone, um plugin gratuito que faz o “matching” de cores com a paleta Pantone™.
A Adobe anunciou a compra do Figma por US$ 20 bilhões, em dinheiro e ações. O negócio depende da aprovação de órgãos reguladores e deve ser finalizado em 2023.
A compra é vista como um movimento para neutralizar um concorrente promissor — A Adobe já tem um aplicativo similar, o Adobe XD — e com grande potencial de receita. O valor pago pela Adobe é 100% maior que o do último “valuation” do Figma, de US$ 10 bilhões, anunciado em junho de 2021, quando a startup havia levantado US$ 200 milhões junto a investidores. Via Adobe, TechCrunch (ambos em inglês).
iPhones com Face ID terão indicador de porcentagem da bateria sempre visível no iOS 16
Imagem: 9to5Mac/Reprodução.
Típico da Apple: remove um recurso por qualquer motivo para, anos depois, restaurá-lo para regojizo de todos.
(Exceto, é claro, àqueles que permaneceram firmes no iPhone de botão, que nunca perdeu o indicador de porcentagem da bateria sempre visível.) Via
O indicador sempre visível deu o ar da glória nos iPhones com Face ID no iOS 16 Beta 5, liberado nesta segunda (8). Curiosamente, ele não consta ainda nos modelos iPhone XR, iPhone 11, iPhone 12 mini e iPhone 13 mini; imagina-se que seja uma falha temporária. Via 9to5Mac (em inglês).
Fiquei aterrorizado com a história deste cara: o redesenho do seu site, de três páginas, levou oito meses e consumiu US$ 46 mil. Felizmente, o do Manual do Usuário levou bem menos tempo (duas semanas) e só custou algumas horas do meu tempo.
A Multilaser agora se chama Multi e lançou uma nova marca (acima). A mudança reforça a origem brasileira da empresa e seu vasto portfólio, com mais de 5 mil produtos. Junto à mudança de nome e marca, a Multi vai investir R$ 100 milhões em ações de marketing.
A nova marca teve a consultoria da In Brand, com a agência Soko e com o time in-house da Multi. Via Propmark.
O ProtonMail agora é só Proton. A empresa, que comercializa soluções de produtividade (e-mail, calendário, VPN e disco virtual) com criptografia de ponta a ponta, passou por uma profunda reformulação de marca que alcançou até o domínio do site oficial — agora em proton.me. Ficou tudo mais bonito e, mais importante, simples.
Como parte da reformulação, agora existe um plano “Unlimited”, que abrange os quatro serviços com alguns limites generosos (500 GB de espaço, 15 endereços de e-mail). Custa € 9,99/mês (~R$ 51/mês) ou, no plano anual, o equivalente a € 7,99/mês (~R$ 40/mês).
Quem já tinha um e-mail pode, por tempo limitado, o novo endereço @proton.me. O antigo (@protonmail.com) continua funcionando. Via Proton (em inglês).
Os ícones dos aplicativos no Android 13 estão esquisitos.
O Android 13, oficializado pelo Google nesta quarta (10), será uma versão contida, sem grandes novidades, provavelmente para aparar as arestas que ficaram da anterior.
Entre essas poucas novidades está o suporte a aplicativos de terceiros nos ícones padronizados, uma opção que faz com que todos os ícones sigam o esquema de cores da interface “Material You”. Assim:
Imagem: Google/Divulgação.
Beleza é algo subjetivo, e não é no que gostaria de focar aqui. O que me chama a atenção é a usabilidade, ou falta dela. Ícones assim, idênticos, não são mais “difíceis de usar”?
A gente já havia perdido o contorno/formato dos ícones graças à influência do iOS.
No macOS da Apple, que sempre teve ícones em formatos variados, a versão Big Sur, de 2020, impôs (ou passou a recomendar) que eles adotassem o mesmo formato quadrado com bordas arredondadas do iOS.
Gosto é subjetivo, repito, mas compare um antes (Catalina) e depois (Monterey):
Ganhou uma bolada quem apostou que iria para frente aquela proposta apresentada durante as Duas Sessões sobre a regulação de tipologias cafonas.
A SixthTone chamou a atenção nesta semana para uma campanha governamental, iniciada no começo do mês, com o objetivo de promover a autorregulação no uso de caracteres chineses pelas empresas de rádio, televisão e internet. O alvo da regulação seriam fontes que apresentam caracteres despadronizados, feios ou estranhos, ou que violem as normas, significados culturais e padrões estéticos dos caracteres chineses.
Ainda segundo a SixthTone, embora especialistas ressaltem que deve haver algum espaço para a liberdade artística na tipografia, a proposta parece ter agradado netizens, especialmente aqueles que valorizam a preservação da cultura tradicional chinesa.
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Design anti-vício
Imagem: Manual do Usuário.
Sempre bato na tecla de que o design dos aplicativos e sistemas que usamos tem um peso grande no nosso comportamento durante o uso desses apps e sistemas. Costuma ser em sentido negativo, mas, ainda que mais raros, existem bons exemplos de design anti-vício e pró-usuário.
Vide esta opção do Apollo, um (ótimo) cliente extraoficial do Reddit para iOS. Nas configurações do app, é possível desativar a rolagem infinita (Infinite Scrolling; o app não está traduzido).
Ao fazer isso, o feed do Reddit, que quem usa sabe ser um poço de matar tempo, fica paginado. Para mim, tem sido muito útil. Em vez de ficar muito tempo ali, encerro as sessões ao bater no final da primeira ou segunda página.