Mastodon 4.2.

Sempre é um bom dia para experimentar o Mastodon, mas hoje é um especial: foi lançada nesta quinta (21) a versão 4.2, com busca textual completa, melhorias no fluxo de cadastro e em outros detalhes que costumam afugentar curiosos. Via Mastodon (em inglês).

Novo menu e áreas para leitores cadastrados.

Quem tem uma conta gratuita no Manual do Usuário (crie a sua) ganhou duas novas áreas no site: uma que lista todos os comentários feitos e outra com todas as conversas publicadas no Órbita. Elas estão no novíssimo menu principal, que foi consolidado e simplificado.

Print do menu do site do Manual do Usuário mostrando as novas áreas (“Meus posts” e “Meus comentários”).

Agradecimentos à Clarissa Mendes, que desenhou e programou o novo menu, e ao Renan Altendorf, que desenvolveu as páginas de comentários e posts. Todo o código das novidades é aberto e já está nos nossos repositórios (Órbita, tema Dez)

Como baixar vídeos do YouTube pelo Terminal (linha de comando)

Seja por hábito ou por uma necessidade pontual, todo mundo já quis baixar um vídeo do YouTube.

Existem inúmeros sites estranhos infestados de anúncios que prometem executar o trabalho, e aplicativos limitados que só liberam todo o potencial mediante pagamento.

E existe a linha de comando, que nos dá aplicativos super capazes que não custam um centavo sequer. Nesta dica rápida, mostrarei como baixar vídeos usando apenas um comando.

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Novidades no Órbita e alterações nos perfis de usuários

Nas últimas duas semanas, o Órbita, nosso plugin de código aberto que cria um espaço para conversas no site, ganhou algumas atualizações importantes, fruto do trabalho do Renan Altendorf:

  • Redirecionamento automático ao publicar uma conversa ou link. Antes, por uma limitação técnica, havia uma tela entre a do formulário de publicação e a do post em si. Essa tela foi removida.
  • Links para vídeos do Dailymotion, Vimeo e YouTube agora puxam o player do respectivo site direto para o post no Órbita.
  • Ícones/emojis informativos (💬 para conversas, 🔒 para comentários fechados) foram trazidos para o início do post. O do cadeado, antes inserido manualmente, agora é automático.
  • Correção de URLs com parâmetros em links externos. Antes, o ? do primeiro parâmetro se repetia nos acrescidos pelo Órbita. Agora o plugin identifica se já existe um ? na URL e, em caso positivo, acrescenta os do Órbita iniciando com um &. (Isso é meio técnico; na prática, URLs com parâmetros não quebram mais quando publicadas no Órbita.)
  • Havia uma pequena falha na validação da existência do(a) usuário(a) que estava gerando erros nos logs do WordPress devido a contas excluídas. Foi adicionada uma verificação que eliminou esses erros.
  • Ainda em testes, foram adicionados “capabilities” específicas para o Órbita no WordPress. Na prática, isso permitirá a criação de “cargos” de moderador e, talvez, até a edição de comentários e posts pelos próprios usuários.

Aproveitei o embalo para fazer algumas mudanças e melhorias para pessoas cadastradas no site/Órbita:

  • Removi o campo de envio do avatar. Havia dois possíveis, o interno (que foi removido) e o ligado ao Gravatar. Ficou só o último. Para adotar ou alterar seu avatar, crie uma conta no Gravatar e cadastre o e-mail que você usa para comentar aqui (ou que está em seu cadastro no site).
  • Agora, ao logar, aparece um link no menu principal que leva à edição do perfil. É possível alterar nome de exibição, e-mail e outros detalhes.
  • Para evitar ruído e preservar a privacidade dos demais leitores/usuários, editei o painel administrativo do WordPress (com o plugin Adminimize) para remover áreas em que informações pessoais ficavam expostas. Agora, quando alguém edita o perfil no painel do WordPress, só consegue ver isso, o próprio perfil.

30 anos de Debian, com Paulo “phls” Santana

Neste episódio do podcast, conversei com o Paulo “phls” Santana no aniversário de 30 anos do Debian. Paulo é desenvolvedor oficial do projeto Debian e participante ativo do Debian Brasil. Falamos das peculiaridades dessa distribuição Linux, seu papel no ecossistema e por onde alguém que queira se voluntariar pode começar.

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Fedora passa a ser distro oficial do projeto Asahi Linux.

O Asahi Linux, que tenta adaptar o Linux aos chips M1/M2 da Apple, tem uma nova “casa”: o Fedora passa a ser a nova distribuição oficial do projeto.

O trabalho, desenvolvido desde o início de 2022, tem sido feito em estreita colaboração com os desenvolvedores do Fedora, com as adições e mexidas do Asahi “subindo” para os repositórios oficiais da distro (“upstream”).

A princípio, o Asahi Linux será distribuído em um “sabor” à parte da distro oficial/padrão do Fedora — o Fedora Asahi Remix. No longo prazo, o objetivo é que esse “Remix” seja incorporado ao Fedora oficial/padrão. A primeira versão pública do Fedora Asahi Remix será lançada no final de agosto. Via Asahi Linux, Fedora Magazine (ambos em inglês).

PC do Manual, servidores web e código aberto com Jonatas “Jojo” Baldin

Mande o seu recado ou pergunta, em texto ou áudio, no Telegram ou por e-mail.

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Neste podcast, recebo Jonatas “Jojo” Baldin (e-mail, Telegram), o responsável por levantar e cuidar do nosso PC do Manual, o servidor de aplicações web de código aberto do Manual do Usuário. (O código do servidor também é aberto.)

O PC do Manual oferece aplicações do Nitter, Libreddit e Miniflux, essa última um agregador de feeds RSS (entenda) exclusivo para quem assina o Manual.

Desde o último episódio, dois leitores/ouvintes tornaram-se assinantes: Nando Pires e Yuri Rafael. Obrigado!

Quer assinar também? Nesta página tem os planos, benefícios e valores.

Dangerzone mitiga o risco de ataques via documentos ou imagens adulterados

Documentos e imagens podem ser vetores para a disseminação de vírus e outras pragas digitais. O aplicativo Dangerzone ajuda a mitigar esse risco.

Como? Com “sandboxes” isoladas do sistema operacional e uma ideia engenhosa de desconstrução e reconstrução dos arquivos suspeitos.

Transcrevo (e traduzo) a descrição do site oficial:

Você dá a ele um documento no qual não sabe se pode confiar (por exemplo, um anexo de e-mail). Dentro de uma “sandbox”, o Dangerzone converte o documento em um PDF (se ainda não for um) e, em seguida, converte o PDF em dados brutos de pixels: uma enorme lista de valores de cores RGB para cada página. Então, em uma “sandbox” separada, o Dangerzone pega esses dados de pixels e os converte de volta em um PDF.

O aplicativo lida com arquivos *.pdf, documentos do Microsoft Office e LibreOffice e alguns formatos de imagens.

Um projeto da Freedom of the Press Foundation, o Dangerzone é gratuito, tem o código aberto e versões para Linux, macOS e Windows. Baixe-o aqui.

Linux Mint 21.2 “Victoria”.

O Linux Mint 21.2 “Victoria” foi lançado no domingo (16). É uma versão de suporte estendido, até 2027. As principais novidades são suporte a gestos, aos formatos de imagens HEIF e AVIF e pequenas mudanças estéticas. Baixe aqui. Via OMG! Ubuntu (em inglês).

O que a mudança no licenciamento do RHEL significa para o futuro do Fedora.

O mundo Linux está em polvorosa com o anúncio da Red Hat de que passará a distribuir o código-fonte do Red Hat Enterprise Linux (RHEL) apenas para clientes, pondo em risco a continuidade de projetos que prometem compatibilidade com o RHEL, como Rocky Linux, AlmaLinux e a distro da Oracle.

Essa é uma história mais corporativa e jurídica que técnica, com implicações profundas para o ecossistema — profundas demais para o escopo deste Manual. A nós, o que importa é: e o Fedora, a distro para usuários finais patrocinada pela Red Hat? Aparentemente, ele está a salvo, pois deriva do CentOS Stream (a mesma “fonte” do RHEL), que continuará sendo distribuído abertamente. Turbulências na Red Hat, porém, podem ter algum impacto a longo prazo, visto que a empresa é a principal financiadora do Fedora e de vários projetos importantes para o Linux. Via The Register (em inglês).

O pacto anti-Meta

Não é mais segredo que a Meta prepara uma nova rede social para aproveitar o vácuo que Elon Musk criou após destruir, digo, assumir o Twitter.

O Projeto 92 — provável nome comercial Threads — já teve imagens vazadas e, ouviu-se da boca de um executivo da Meta, será compatível com o ActivityPub, o protocolo por trás do Mastodon e de outras aplicações do fediverso.

No último fim de semana, um burburinho insinuava que administradores de grandes servidores do Mastodon teriam se encontrado, em segredo, com representantes da Meta.

A suposta notícia virou uma bola de neve com centenas de administradores assinando um “pacto anti-Meta”: desde já, eles se comprometem a bloquear a nova rede social da Meta assim que ela for lançada.

Entendo essa postura. Se tem uma empresa nessa área que não é confiável, é a Meta. Há todos os motivos do mundo para desconfiar das suas intenções. Imaginar que Mark Zuckerberg ameace a existência do fediverso não é um delírio; é uma avaliação sensata de um risco real.

Só a escala com que a Meta é capaz de lidar, e que provavelmente terá no primeiro dia da sua nova rede (ela será derivada do Instagram, com +2 bilhões de usuários), já coloca em xeque a sobrevivência da maioria dos servidores no fediverso. Uma conexão abrupta com um par gigantesco pode sobrecarregar sistemas e nocauteá-los.

Lembremo-nos da migração em ondas do Twitter para o Mastodon, que, em uma escala muito menor, fez muito servidor suar para continuar de pé.

Por outro lado — e corro o risco de estar sendo ingênuo —, pesa o genuíno interesse em estabelecer contato com gente que apenas não se importa tanto a ponto de buscar alternativas às redes sociais comerciais e saber ou aprender o que é “Mastodon”, “ActivityPub” e “fediverso”.

Essa galera é maioria e continua no Instagram, no Facebook, no Twitter. A perspectiva de ficar onde estou e poder interagir, daqui, com mais gente, é empolgante.

Até onde sei, duas instâncias brasileiras, bantu.social e nuvem.lgbt, assinaram o pacto anti-Meta. O meu humilde servidor monousuário, não. Seguirei atento.

Debian 12 “bookworm”.

A versão estável do Debian 12 “bookworm” foi lançada neste sábado (10). Fruto de quase dois anos de trabalho, a distribuição Linux chega com várias atualizações, pacotes não-livres nas imagens oficiais e a promessa de cinco anos de suporte. Via Debian (em inglês).