David Bakula, vice-presidente sênior da Nielsen:
“Com a transmissão sob demanda passando 70 bilhões de músicas nos primeiros seis meses de 2014, o streaming continua a ser uma parte significativa da indústria da música. O crescimento anual de 42% do streaming e o aumento de 40% dos vinis em relação ao recorde do ano passado mostram que o interesse em comprar e consumir música continuam altos, com dois segmentos bem distintos da indústria expandindo substancialmente.”
O relatório da Nielsen contempla as vendas de todas os formatos de música nos EUA dentro do primeiro semestre de 2014. No todo, o mercado encolheu 3,3%, porcentagem baixa e que somada aos números superlativos acima, mostram que embora a forma de se ouvir música esteja mudando, o interesse por ela segue estável.
CDs tiveram uma queda de 19,6% em relação ao mesmo período de 2013. Combinadas, as vendas de álbuns e faixas digitais (no modelo da iTunes Store) caíram 12%. Os 42% de aumento no consumo via streaming contemplam áudio e vídeo; sozinho, o de áudio teve um salto de 50,1% em um ano.
Acho que as vendas de streaming se tornaram uma bolha em breve… Não parece ser o tipo de sistema que se sustenta, acho que ele e as vendas digitais podem andar lado a lado. Esses dias mês eu conciliei esses sistemas, ouvi o álbum novo da Lana Del Rey no Spotify e quando eu descobri que eu realmente gostei dele eu comprei o álbum no iTunes.
E é por isso que a Apple está correndo atrás de um serviço de streaming que vire sucesso.
Crescendo e muito, impressionante.
Concordo com o Pedro, realmente é bizarro o aumento expressivo na venda de vinil…. seria muito louco chegar na casa de uma pessoa e me deparar com ela ouvindo vinil naqueles toca discos antigo, por falar nisso a maneira de se ouvir ainda é a mesma,certo?
Alguns amigos meus têm vitrola em casa, e não é tão bizarro assim se deparar com uma. E sim, o mecanismo continua igual, com agulha, prato giratório, tudo idêntico aos anos 1990 :-)
Quem ouve vinil geralmente encara música de uma forma mais “profunda” e esses números de vendas mascaram uma verdade surpreendente: vinis deixaram de vender nos anos 2000 não por falta de público, mas de interesse das gravadoras.
Todas essas questões são lindamente contempladas neste artigo de Peter Weber. Vale (muito!) a leitura.
Acho bizarro vinil estar em crescimento. Hipster, mal posso prever seus movimentos.