O bom e o ruim das recomendações algorítmicas

No Guia Prático desta semana, Rodrigo Ghedin e Jacqueline Lafloufa falam de recomendações automáticas, feitas por algoritmo, pegando carona na notícia de que a Netflix agora permite que você migre suas recomendações para uma nova conta. Dá para confiar nessas recomendações? O que a gente ganha (e perde) seguindo elas? Conversa boa, cheia de divergências e ideias para refletir.

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2 comentários

  1. – Eu acho o histórico muito importante da Netflix, pois ele marca o que eu já vi, sabe o que eu gosto e o que eu não gosto, ter que ensinar o algoritmo novamente é muito ruim, além de ser recomendado algo que eu já vi ou não quero ver.

    – O last.fm ainda existe, e eu uso ele conectado ao meu Deezer para manter o histórico de tudo que eu ouço. Infelizmente o Deezer não tem mais o plugin Stateezics que te dava um resumo semanal do que você ouviu. Ainda uso o https://tweekly.fm/ que é um serviço que publica semanalmente no seu twitter um resumo dos artistas que você ouviu naquele período. Gosto demais de ter esses dados.

  2. sobre a manutenção de históricos de consumo: embora eu use aplicativos como letterboxd e ainda mantenha os favoritos da época do delicious numa conta do raindrop, sou bastante desapegado ao histórico do navegador — e também fatalmente não me importaria de perder o histórico da netflix

    digamos que a geração que cresceu compartilhando o PC familiar nos anos 2000 se acostumou a limpar o histórico de navegação sempre que desligava o computador… :)

    além disso, tem toda a discussão sobre a “patologia da memória” de que somos acometidos: não deixa de ser um traço de “neurose” nossa buscar registrar tudo o que consumimos, lemos, ouvimos, fazemos, etc — ignorando que as práticas de esquecimento são tão fundamentais para a consolidação da memória quanto as lembranças

    para além disso, sobre a conversa sobre algoritmos: lembro um pouco da imagem da “sentinela” sugerida por ariella azoulay a respeito dos agentes (humanos e não humanos, institucionais ou individuais) que regulam nosso acesso às informações presentes nos arquivos. Ela está falando de arquivos em sentido bastante restrito (arquivos “físicos”, daqueles que a gente precisa entrar paramentado, etc), mas dá pra extrapolar para os acervos de streaming e similares. Se, por um lado, é uma idealização ilusória achar que teremos acesso irrestrito a esse conteúdo, sem qualquer filtro (porque sentinelas são inerentes às práticas arquivísitcas), também, por outro lado, corremos o risco de naturalizar essas sentinelas — que, nesse caso, se constituem de algoritmos que estão longe de serem entidades abstratas, mas são peças de código bastante concretas escritas por pessoas provavelmente ricas e brancas em algum lugar da califórnia

    nesse sentido, que possibilidades temos de embaralhar essas recomendações algorítmicas?