Vieses de comunicação e nossos preconceitos

Eu peço desculpas por trazer um tema da rede do passarinho, que as vezes pensa que é um cachorro que aposta em algo que não tem valor nenhum, e tava pensando aqui o quão as vezes é problemático ler notícias no Brasil e se deparar com preconceitos e vieses as vezes estúpidos.

Explico: Houve a divulgação do chamado “Conselhão” – uma equipe multi disciplinar com influenciadores digitais, profissionais e acadêmicos para ajudar nas ações do governo Lula (2023-2028). E bem, um dos nomes destacados foi o da Natália Rodrigues, ou “Nath Finanças”. Um nome que deu um salto midiático e tem um valor devido as dicas financeiras que deu nas redes sociais, além de fazer parte da primeira equipe de sugestões voluntária durante a tentativa de governo de transição ano passado.

Nisso, o UOL ao invés de destacar o passado da moça como profissional em educação financeira, por duas vezes trouxe matérias relativas a vida social dela (uma sobre a vida amorosa dela, outra sobre uma briga no twitter com uma subcelebridade caloteira futebolística).

Após a raiva nas redes, o UOL apagou as matérias anteriores e fez uma matéria melhor, falando do trabalho como influenciadora financeira nas redes.

Isso me fez pensar o quão muitas vezes ignoramos alguém que tem capacidade e faz um trabalho que era para ser destaque, mas é ignorado / menosprezado pela mídia. E isso também no digital – falando de pessoas que provavelmente atuam nos bastidores mas poderiam ter algum valor reconhecido. Só que por preconceito – seja de pele, de origem, de jeito, etc… São relegados a zona cinza.

Admito também que eu falho – quando eu vi que o Gizmodo tinha colaboradores negros, como a Nina da Hora, vi um o outro texto, mas acabei depois deixando de lado a leitura.

Enfim, só quis trazer isso para a gente refletir um pouco e pensar o quanto muitos de nós, por algum preconceito, não ignoramos alguém que poderia ser um destaque. E quanto muitos que hoje estão em destaque são menosprezados, até pela mídia, devido a preconceitos.

Em tempo, o link ilustrando a situação (por Jeff Nascimento) – https://nitter.pcdomanual.com/jnascim/status/1654274768378507267

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7 comentários

  1. “subcelebridade caloteira futebolística” – quando eu abri o linque e vi quem é eu ri, mas aí também não corresponde à realidade, né? Uma das pessoas mais famosas do mundo, pô :,-D

    1. Eu sei, eu sei 8P

      Falando sério, sei e não nego que este trecho usei de certa forma de um preconceito – afinal, o ideal era não usar alguma coisa contra a pessoa para falar mal, e é nisso que se trata este post.

      Mas bem, o cara apoiou um genocida para limpar os calotes dele… É complicado.

      Apesar de famoso, ele também erra… (e muito… cai demais, pelamor…)

  2. No Grupo Folha/UOL devem ter criado um editor de click bait, porque todo santo dia tem uma polêmica do tipo. Não pode ser coincidência. É artigo falando de “racismo anti-branco”, é editorial falando que o Bolsonaro poderia “dar “vigor à política brasileira”, outro dia fizeram uma enquete para saber se as pessoas achavam que animal silvestre deveria ser criado como pet ou não. Isso só puxando pela memória as mais recentes. Daí gera uma baita repercussão graças a quem critica (e também quem apoia). Enquanto isso, um bando de veículo sério que faz um trabalho consistente não tem um décimo do alcance da Folha ou do UOL.

    1. Uma coisa que tenho que admitir é que acabo acompanhando o UOL pois as vezes aparece alguma notícia regional – tipo algo relacionado ao transporte público ou as cidades próximas onde moro. Isso porquê não confio em noticiário local (geralmente ligados à grupos de poder).

  3. O ser humano é pré programado para (pré) julgar. Mas, com algum treino, é possível superar este problema.