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16 comentários

  1. Vou indicar dois álbuns na linha do “não é possível que sejam tão antigos”. Explico: são discos que tem composições, arranjos e produção tão bons que soam (e vão soar sempre) como se tivessem sido lançados há, sei lá, 5 anos.

    Gilberto Gil – Extra (1983)
    Sade – Stronger than pride (1988)

  2. Minha recomendação pra esse final de semana e prós próximos durante alguns meses é o novo Legend of Zelda- Tears of Kingdom.
    Sem dúvidas uma obra prima dos videojogos.

  3. Li Avogadro Corp do William Hertling (só tem em inglês).
    É um livro divertido e leve sobre como uma IA dessas como a GPT pode sair do controle.
    Imaginem por exemplo que o Google lance uma IA que lê todos os e-mails do Gmail, com poder de alterar levemente os textos dos e-mails ou redirecionar os mais convenientes para as pessoas certas meio que sem querer, com a diretriz de influenciar a votação de um determinado projeto de lei. Ele poderia não só alterar os textos mas cancelar reservas de passagens, etc… É por aí.
    Recomendo só o primeiro. Tem outros livros da série, mas os outros até onde li se perdem completamente e descambam para um besteirol sem sentido nenhum que contradiz quase tudo o que está no primeiro. Continuo lendo apenas porque é divertido, para rir e passar nervoso com as incongruências.

  4. Gostaria de sugerir o filme “O Homem da Terra”. Uma ficção científica indie que se passa todo dentro de uma casa, com alguns acadêmicos ponderando sobre a possibilidade de um homem das cavernas estar vivo nos dias de hoje.

      1. Acho louvável o reconhecimento de que é um preconceito da sua parte e o seu esforço para superá-lo. Quando eu era adolescente eu era “m3tALeru” e cheio de frescura com música, mas conforme fui envelhecendo fui percebendo a beleza de outros estilos musicais (e muita feiúra em vários dos metal que eu ouvia), e hoje em dia ouço de tudo, inclusive funk, que é muito bom para balançar a raba =D
        Como indicação deixo este episódio do finado podcast Benzina no Meião, onde eles contam um pouco da historia do funk carioca. Quando ouvi pela primeira vez fiquei encantado com a história, e, apesar de achar os apresentadores meio mala, o que conta a historia passa muita emoção falando da ligação dele com o ritmo. Nunca mais ouvi Rap do Silva sem dropar nenhuma lágrima hahahah =(

        1. Tipo, curtir funk eu não curto mesmo – e olha que escuto música eletrônica. Vou odiar e sempre vou odiar o funk. Só que só aqui vou falar disso e depois em nenhum outro lugar. Tem hora que preconceito o melhor é ficar para si, mas falando nisso…

          As vezes me pego pensando o quanto a gente ainda não estuda sobre preconceitos – como e porquê nascem.

          Porque de fato sim, parte do preconceito que o funk recebe é por causa da origem das periferias e da população negra. Ao mesmo tempo, entendo que há a questão do viés conservador (funk fala de sexo sem pudor; isso descontando o fato que existiu por um tempo o “funk exaltação de criminoso”), e também o fato que músicas deste tipo são escutadas incomodando os outros – é o som que toca no paredão, no vizinho, etc… (ou até no condomínio de luxo do lado de uma piscina…)

          O cara que toca alto pensa que tá agradando ou “convertendo” pessoas para o gosto musical (ou até sendo o chato mesmo e tem músicas que falam disso), mas muitas vezes está mais gerando mais preconceito ainda.

          Ao meu ver é bem complexo. Eu vou continuar odiando o funk/miami bass enquanto ele me incomodar sonoramente (e não, ele não esta me incomodando moralmente, este preconceito já foi vencido e este texto é uma das formas).

          1. Muito interessante esse tópico. Outra coisa legal desse espaço, podermos falar sobre essas coisas com mais “tranquilidade”. Sobre o preconceito, tenho pra mim que é algo social, não individual. A mentalidade neoliberal que permeia a nossa cultura acaba nos levando pra essa interpretação do ponto de vista do indivíduo (“um cara que toca a música alta”), mas na verdade é algo coletivo. De fato, o funk é odiado pela elite por ser feito por gente pobre, preta e de periferia. Só que ela exerce seu poder econômico, político e social para criar uma imagem negativa geral sobre o funk.

            Existem artistas e artistas, de todos os gêneros musicais, os que são bons, os que são maus, os que fazem coisas belas e os que cometem crimes, mas a associação do estilo ao mal não é por conta dos funkeiros que fazem coisas ruins, ela vem de fora. Isso é construído ao longo do tempo, com politicas criminalizando os bailes, com reportagens, matérias, documentários e ate filmes e novelas, associando quem curte funk ao crime, à violência, ao trafico de drogas, como se fosse a única possibilidade. Um contra exemplo é o sertanejo: diversos problemas de violência, sexismo em roles, artistas cometendo crimes, etc, mas nesses casos os crimes são tratados como casos isolados; não se diz que o sertanejo é mau, afinal o sertanejo é o Agro, e “o Agro é pop”, né…

            A elite também molda a cultura, define o que é a “boa música” e o que não é, e isso, por mais que a gente não admita pros outros (e as vezes nem pra nós mesmos) nos afeta. Eu também tenho uma história parecida com a de vocês, odiava funk, pagode, axé, gostava do meu estilo e só. Quando comecei a me interessar por fazer música entrei em contato com outras formas de enxergar música, e comecei a apreciar as qualidades e defeitos dos vários estilos musicais. Isso me ajudou a ir me libertando dos meus preconceitos. Também passei a me relacionar com pessoas que curtiam outros gêneros musicais diferentes dos que eu curtia, frequentar outros rolês, e com o tempo fui aprendendo a me soltar e a curtir tudo quanto é tipo de música. Hoje em dia me sinto mais leve, me relaciono melhor com as pessoas e me divirto mais. É muito bom gostar de várias coisas, acho que me tornou uma pessoa melhor.

            Antes eu tinha aquela pecha de chato, “ai não vou nem chamar ele pq ele não gosta de tal estilo”.
            Sei lá, a vida é muito curta pra deixar de aproveitar as coisas. Lógico, tem musicas que eu acho ruins, de todos os estilos, mas eu as ouço primeiro com a cabeça aberta.

            Quando vc diz que sempre vai odiar, eu lembro do peso que eu sentia quando tinha esse preconceito, e espero que algum dia vc um dia se livre dele. Mas se vc não quiser se livrar tranquilo tb, pelo menos vc nao vai sair por aí dizendo que é tudo ruim.

    1. Bonus de leitura 2: Service Wars, de Tsurun Hatomune.

      Tenho lido desde o início e sinceramente tenho adorado o estilo do Nanosuke e seus exageros na hora de servir os clientes. (sim, tenho gosto esquisito)

      Basicamente, é um mangá que conta a história deste protagonista que ama servir os outros e faz de tudo para satisfazer quem está a sua frente. Nisso, enfrentando os vilões da c.l.a.i.m. que desejam acabar com um antigo espaço de compras local e transforma-lo em um mega empreendimento atual.

  5. Estou lendo a trilogia da terra partida. O negócio me surpreendeu, é um mundo apocaliptico tão futuro que as pessoas já nem sabem mais a origem do ser humano. O mais interessante é a abordagem de temas sociais como segregação, castas, sexualidade.

  6. Seguindo minha ideia da semana passada, vou indicar um livro, um filme e um disco (eu falo disco por força do hábito, me refiro a cd/disco/streaming etc.).

    Livro: Murilo Rubião – Obra Completa (um livro de duzentas e poucas páginas que reúne todos os escritos do autor, editado pela Companhia das Letras).

    Disco: Ahmad Jamal – Blue Moon (disco solo de 2012 desse pianista fantástico. Muitas vezes vejo ele reduzido a apenas o cara que influenciou Miles Davis. Valeu muito a pena escutar, é um disco maravilhoso!!!).

    Filme: já comentaram um pouco aqui no Manual do novo filme do Mário. Assisti ontem. Gostei. É um filme divertido. Não tem muitos exageros e, obviamente, é cheio de referências aos jogos. Não é um filme maravilhoso, mas está longe de ser um filme ruim. Como disse, acho que posso resumir como um filme curto e divertido. É bom lembrar, é um filme mais voltado para o público infantil.

  7. Estou só pelo próximo episódio de Succession. O do último domingo, “Tailgate Party”, foi um dos melhores da temporada — tensão do início ao fim.

    Para não dizerem que estou monotemático, começamos aqui em casa outras duas séries, uma antiga, outra nova:

    • Cenas de um casamento, a refilmagem norte-americana. É meio que a DR de um casal de tuiteiros.
    • Amor e morte, com a Elizabeth Olsen como protagonista. Só vi um episódio, a ambientação é ótima, mas ainda é cedo para avaliar.

    Ah, e vi O mundo por Philomena Cunk, indicação de várias gentes num post desse tipo. É um bom documentário para não levar a sério — e a duração dos episódios funciona bem como série da hora do almoço.