🔗 A cultura digital e os museus1drv.ms

Oi, pessoal! Semana passada foi bem legal por aqui. Finalmente fiz a defesa do meu TCC no curso de especialização em Museologia, Educação e Cultura na PUC-SP. Foram quatro estudos de caso e creio que eles podem ser bem interessantes para profissionais de museus e pessoas que pesquisam o assunto cultura digital. Tentei atualizar o debate com experiências recentes e uma bibliografia mais renovada. O tempo para escrever um TCC é geralmente curto, mas creio que foi possível trazer muitos pontos relevantes para o debate.

Fica aqui o resumo do trabalho e o link para quem quiser da uma espiada. E, claro, fica o convite ao debate 🙂

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OS MUSEUS E A CULTURA DIGITAL: aproximações e apropriações possíveis a partir de quatro estudos de caso
RESUMO: Museus e instituições culturais com acervos digitais enfrentam toda sorte de dilema (éticos e políticos) e, com a expansão do uso da internet no Brasil, processo iniciado a partir dos anos de 1990, tornou-se praticamente improvável que a cultura digital ficasse fora dos muros dos museus que, por sua vez, estão ficando mais acessíveis a partir das diretrizes da Nova Museologia. Ao abraçar a cultura digital, das mais variadas formas, novas e diversas demandas surgem justamente pela volatilidade das tecnologias e pelas mudanças nesse cenário extremamente dinâmico. Apresentar, principalmente aos profissionais de museus, quatro estudos de caso desponta como uma oportunidade de conhecer contextos no qual a tecnologia, dentro do espaço museal ou em seus domínios digitais, pode nutrir debates e mobilizar esforços na busca pela renovação de público e resistência aos processos econômicos (o capitalismo de vigilância e de plataforma, a concentração de poder com as big techs e outros) que tornaram ainda mais abrangente a globalização. Esta monografia analisa, indo além de estudos que comumente abordam websites de museus, o desenvolvimento de outros objetos digitas com predominância em jogos eletrônicos. São eles: o jogo de realidade virtual Curious Alice, do museu Victoria & Albert; o jogo Museu do Ipiranga Virtual, do Museu do Ipiranga; a ação MAM no Minecraft, do Museu de Arte Moderna de São Paulo; e, por último, o uso do Google Street View e do Google Arts & Culture pelo Museu da Imigração do Estado de São Paulo. Busca-se compreender ainda o sentido da cultura digital (de um ponto de vista urbano) no século XXI a partir de novas referências e autores.

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5 comentários

  1. Que tema massa! Aqui em Aracaju, o Museu da Gente Sergipana tem uma proposta curiosa: ele enfoca muito da história do interior de Sergipe, das vendinhas, do cordel, da embolada, mas se propõe, também, tecnológico – não que as duas coisas se oponham, mas normalmente não são postas juntas. Enfim, é sempre bom receber visitas por aqui, convidar para o museu, se deparar com a cara de tédio e deboche e, depois, com os sorrisos de interesse durante o passeio.

    Também é bom saber que tem gente estudando isso!!

    1. oi, edson! de cara já gostei que no tour virtual tem sempre um educador/orientador para apresentar os espaços. assim fica menos solitária a experiência. nos tours que eu me envolvi de algum modo era justamente o contrário: não podia aparecer ninguém – nem a sombra da pessoa haha.
      essa junção do popular com o tecnológico torna tudo mais atratante em especial para o público mais jovem. seria legal a pessoa poder construir num ambiente digital o boneco de mamulengo seguindo as instruções do mestre augusto, por exemplo… e depois ele ser o avatar da pessoa. nossa, é de uma riqueza tão grande esse nosso patrimônio! se extroverter pro digital eu acho q com certeza deixaria muita gente animada em visitar o presencial ou saber mais sobre os tópicos da exposição. não é tão simples fazer isso, mas é viável.
      obrigado por apresentar esse museu… não conhecia!