O grupo bolsonarista no Telegram “Super Grupo B-38 Oficial”, que conta com 67 mil membros, foi temporariamente suspenso pela plataforma. Ao tentar acessá-lo, uma mensagem é exibida informando que conteúdos ilegais estão sendo removidos pelos moderadores e que, depois disso, ele será reaberto.
O Núcleo, que monitora canais de extrema-direita no Telegram, nota que o aplicativo não informa a natureza da ilegalidade do conteúdo do “B-38 Oficial”, mas que, dias antes da suspensão, circulavam mensagens questionando a urna eletrônica brasileira e incitando os membros a pegarem em armas e atentarem contra políticos da oposição. Via Núcleo.
Incitar os membros a pegarem em armas e atentarem contra políticos da oposição justifica não só o banimento do grupo e seus usuários, mas investigação criminal.
Agora questionar a urna eletrônica? Não pode mais questionar, é isso?
Aí acho errado.
Questionar é uma coisa, acusar de fraude (sem provas nem evidências), é outra. Fica meio óbvio que o descrédito tem motivações secundárias, tipo servir de pretexto para rejeitar o resultado das urnas e tentar um golpe de estado. Como alguém pode defender isso?
Sugiro ouvir/ler este Tecnocracia.
Se as urnas eletrônicas fossem seguras, eles liberariam os códigos no github e teriam testes decentes e transparentes da segurança, com competição premiando quem conseguisse hackear.
Mas não, é tudo fechado, ninguém tem acesso direito, é tudo na confiança.
“Ah mas tem o TPS”.
Tem sim, confia.
Vou ouvir o Tecnocracia. Só ouço o guia prático (quando não tem muita lacração).
Eu concordo que seria melhor se o código-fonte das urnas fosse aberto, mas não com essa implicação de que o fato de ela não sê-lo a torna insegura/não confiável.
Os testes públicos de segurança da urna contam com um rol bem diversificado de participantes. Por que não confia neles?