GIF animado com dois quadros. No primeiro, homem de camiseta azul com a frase “Tech T-Shirt, a peça mais confortável e mais sustentável”. No segundo, homem vestindo camiseta preta, logo da Insider e a frase: “Garanta 15% de desconto apenas em março com o cupom MANUALDOUSUARIO15”

Depoimento do CEO do TikTok no Congresso dos EUA foi uma perda de tempo

Nesta quinta (23), Shou Zi Chew, CEO do TikTok, foi escrutinado no Congresso norte-americanos por mais de cinco horas (íntegra).

Congressistas dos dois lados do espectro — democratas e republicanos —, unidos pelo temor de que o aplicativo chinês seja uma arma comunista ou qualquer delírio do tipo, pegaram pesado com Zi Chew.

No fim, foi uma perda de tempo, uma mistura de delírio com sinofobia, polvilhada por grosserias gratuitas. Ficou evidente a má-vontade dos congressistas, pouco interessados em elucidar suas dúvidas e avançar o debate, mais preocupados em bater forte no TikTok.

O destino do TikTok nos Estados Unidos, e consequentemente no mundo inteiro — visto que os dois canais de distribuição do aplicativo são da Apple e Google, duas empresas norte-americanas — segue em suspenso.

Enquanto Zi Chew apanhava no Congresso, Pequim bateu o pé: o governo chinês disse que se oporá fortemente a uma venda forçada do TikTok e que um movimento do tipo “prejudicaria seriamente a confiança de investidores do mundo inteiro, incluindo da China”, nos Estados Unidos. Via Washington Post (em inglês).

Com plugins, ChatGPT tem seu “momento App Store”

A OpenAI abriu o ChatGPT para plugins. Os vários exemplos são bem impressionantes. É como se o chatbot tivesse ganho a sua “loja de aplicativos”.

Destaque para o plugin Browsing, da própria OpenAI. Com ele, o ChatGPT aprende a pesquisar a web e resolve uma das suas principais limitações: o corte seco em sua base de conhecimento em 2021. Até então, ele não conseguia “conversar” a respeito de nada que tivesse acontecido nos últimos anos. Agora, o chatbot “dá um Google” (não no Google; você entendeu) e extrai informações de sites.

A princípio, os plugins serão limitados a desenvolvedores e alguns usuários pagantes do ChatGPT. Acesse a página ao lado para ver as (impressionantes) demonstrações. Via OpenAI (em inglês).

Uma demonstração de como empresas conseguem te rastrear entre sites distintos na web

O fim iminente dos cookies de terceiros, ferramenta amplamente usada pela indústria para rastrear usuários entre sites, chega num momento conveniente, quando eles já não são mais necessários.

Existem soluções melhores de “fingerprinting”, jargão do meio que significa, literalmente, “impressão digital”: empresas digitais conseguem detectar que você é você entre vários sites analisando uma série de características da sua conexão, computador e navegador.

O Fingerprint Pro oferece esse serviço. Ele tem uma demonstração gratuita bem interessante: clique no botão View Live Demo, e o site gerará um identificador único.

Tente, agora, limpar os dados do seu navegador e abrir o site novamente ou fazê-lo pelo modo “anônimo”. É bem provável que o Fingerprint Pro mostre o mesmo identificador, ou seja, saiba que você é você.

Mesmo em navegadores focados em privacidade, como Safari e Firefox, o Fingerprint Pro consegue fazer o rastreamento. Ele só falha no Tor e no Firefox com uma configuração obscura ativada (privacy.resistFingerprinting). Via Bitestring’s Blog (em inglês).

Gnome 44 chega à versão final

O Gnome 44 “Kuala Lampur” foi lançado nesta quarta (22).

A nova versão de um dos principais ambientes gráficos para Linux traz diversas melhorias — nada muito drástico, todas bem-vindas.

Alguns destaques são recursos que, estranhamente, o Gnome não oferecia até então ou já teve e removeu, como a visualização por miniaturas no “file picker” e expansão do conteúdo de diretórios na visualização em lista, no Arquivos/Nautilus.

Para ver as mudanças, dê uma olhada no vídeo de divulgação e na página da versão no site do Gnome.

Fedora 38 e Ubuntu 23.04, ambos previstos para abril, deverão já trazer o Gnome 44. Via Fundação Gnome (em inglês).

Eu sabia que tinha acabado de testemunhar o avanço mais importante na tecnologia [IA gerativa] desde a interface gráfica.

Bill Gates, cofundador da Microsoft e filantropo, falando da “era da inteligência artificial”.

Um eterno otimista, Gates vê usos benevolentes e revolucionários para a inteligência artificial — do tipo desenvolvido pela OpenAI e Google — em setores deficitários no mundo, em especial saúde e educação.

Na parte em que aborda os usos na educação, ele admite que “computadores não tiveram o efeito na educação que muitos de nós na indústria esperavam”.

Posso estar sendo negativo aqui, mas algo me diz que a história se repetirá com a inteligência artificial…

Via Gates Notes (em inglês).

Google abre Bard, rival do ChatGPT, ao público, mas só para quem mora nos EUA e Reino Unido

O Google abriu o Bard, seu rival do ChatGPT, em caráter experimental. Por ora, apenas em inglês, com fila de espera e limitado a residentes dos Estados Unidos e Reino Unido.

Devem existir motivos para essa restrição geográfica, provavelmente de cunho jurídico, mas é frustrante para o resto do mundo. Mais ainda porque, hoje, ChatGPT e Bing Chat estão disponíveis para qualquer um, em qualquer lugar do mundo, falando português do Brasil, até mesmo “mineirês” (eu vi, haha).

No comunicado oficial, executivos do Google dizem que o Bard “será expandido a mais países e idiomas” sem especificar prazos. Esperarmos sentados.

Em nota mais ou menos relacionada, a Microsoft embutiu o DALL-E, gerador de imagens da OpenAI, no Bing Chat. Via Google, Microsoft (ambos em inglês).

Falha em celular do Google permite “desfazer” edições em prints

Quando falamos de atualizações de segurança para sistemas operacionais modernos, em geral falamos de correções preventivas ou para falhas ainda não exploradas.

O pacote de março do Android do Google, porém, foge à regra.

A mais grave (CVE-2023-21036) é uma que atinge os celulares Pixel e permite recuperar as imagens originais de prints (“screenshots”, imagens da tela) alterados pela ferramenta nativa de edição do Android (“Markup”).

Ela afeta todos os Pixel 3 em diante, o que significa que todos os prints com informações sensíveis ocultadas pela ferramenta nativa do sistema nos últimos cinco anos estão vulneráveis.

Na prática, o Android dos celulares Pixel estava compartilhando a imagem original, editada, mas contendo o histórico de edição. Esse histórico pode ser recuperado, e é aí que mora o perigo.

Por mais que a falha tenha sido corrigida, as imagens que estão por aí não se beneficiam dessa correção.

O site acropalypse é uma prova de conceito que demonstra como a falha age. (Esta imagem do criador da ferramenta, Simon Aarons, é uma boa explicação.)

No mesmo pacote, o Google revelou uma falha (CVE-2023-24033) em modems Exynos, da Samsung, que (teoricamente) permite que atacantes tomem o controle do celular fazendo uma ligação telefônica especial.

Ainda não se sabe se essa falha pode ser explorada no mundo real. Na dúvida, a recomendação é para desativar os recursos de ligação via Wi-Fi e 4G (VoLTE) até que as correções sejam liberadas.

Problema: aparentemente, alguns celulares em certas operadoras impedem a desativação do recurso, como demonstrou este usuário do Reddit.

Via Pixel Envy, @ItsSimonTime/Twitter, ArsTechnica (todos em inglês).

Com Copilot, Microsoft leva o ChatGPT aos seus aplicativos de produtividade

Esta pedra estava cantada: na quinta (16), a Microsoft anunciou o Copilot, uma integração do GPT-4/ChatGPT aos produtos da antiga família Office, atual Microsoft 365 (Word, Excel, Outlook etc.).

É tudo aquilo que se esperaria num primeiro momento. Com breves comandos, o Copilot escreve textos, resume outros, extrai dados de planilhas, gera apresentações de slides. Há, ainda, um chatbot baseado na tecnologia.

A Microsoft diz que um diferencial do Copilot é que ele combina o poder do GPT-4 com os dados gerados pelo usuário. É um caso de uso mais fechado, e que, por isso, pode acabar se mostrando mais útil.

Um parêntese aqui: o marketing da Microsoft, não é de agora, vem pesando a mão nesses vídeos de divulgação, não? Por um momento acreditei que o Word estivesse bonito como no vídeo acima. Não é o caso. Via Microsoft (em inglês).

EUA multam Epic Games, de “Fortnite”, em US$ 245 milhões por enganar consumidores

A Federal Trade Commission (FTC), espécie de Cade dos Estados Unidos, multou a Epic Games em US$ 245 milhões por enganar consumidores a fim de fazê-los gastar mais.

O comunicado da FTC diz que a Epic Games, dona do video game Fortnite, “usou ‘dark patterns’ para enganar jogadores a realizarem compras indesejadas e permitir que crianças gastassem sem autorização ou qualquer envolvimento dos pais”.

“Dark patterns” são decisões de projeto que estimulam e enganam, de modo subliminar, a comportamentos desejados pela empresa que as desenvolve.

A Epic Games, vale dizer, é a principal antagonista da Apple na longa disputa para derrubar o monopólio da App Store na distribuição de aplicativos para o iOS.

Uma demanda justa, mas que leva a pensar se, caso a Epic Games ganhe, seria bom negócio instalar uma loja de aplicativos da dona do Fortnite no celular… Via FTC (em inglês).

Anatel publica lista de aparelhos de IPTV homologados

A Anatel colocou no ar uma página que ajuda os consumidores a saberem se estão comprando aparelhos de IPTV não homologados (“gatonet”).

Segundo a agência, o consumidor deve verificar se o equipamento possui a marca da Anatel e se o número do Certificado de Homologação (listado na nova página) corresponde ao modelo do produto. Via Anatel.