🗞 Notícias
As cinco notícias de tecnologia mais importantes dos últimos sete dias. Quer mais? Siga o site no Telegram e no Twitter para receber notas de tecnologia todos os dias.
Sayonara, Sony. A Sony fechará sua fábrica brasileira, em Manaus (AM), em março de 2021. Em meados do mesmo ano, a empresa japonesa deixará de vender TVs, câmeras fotográficas e equipamentos de áudio no país. Só sobrarão PlayStation (via distribuidores), entretenimento e equipamentos profissionais. A pandemia não ajudou, mas a notícia parece mais a consolidação de um movimento que vinha de antes — ano passado, a Sony já havia deixado de vender celulares na América Latina. [Neofeed]
Fica, vai ter PlayStation 5. A parte que ficou da Sony no Brasil não esperou muito para anunciar preços e disponibilidade do PlayStation 5 no país. Horas depois do anúncio global, soubemos que o novo video game dos japoneses será lançado por aqui no dia 19 de novembro, por R$ 4,5 mil (versão digital, sem leitor de discos) e R$ 5 mil (versão completa). [Uol Start]
Alta no preço da maçã. A Apple aproveitou o evento da última terça (15) para anunciar um punhado de novidades: novos Apple Watch (Series 6 e SE), iPad (8ª geração e Air), mais um serviço (Fitness+, de exercícios físicos guiados e atrelados ao Apple Watch) e o esperado pacote de serviços (Apple One, que apesar do nome é oferecido em vários sabores). Os preços dos novos produtos no Brasil assustaram, com altas de até 34,4% em relação às gerações imediatamente anteriores. (O Apple Watch Series 3, que continua à venda, encareceu 30,5% porque sim.) [The Verge, em inglês; MacMagazine (2)]
iOS precoce. No mesmo evento, a Apple anunciou que as versões finais do iOS 14, iPadOS 14, watchOS 7 e tvOS 14 seriam liberadas no dia seguinte (16). Historicamente, sempre houve um intervalo de algumas semanas entre o anúncio das versões finais e a liberação delas, período que os desenvolvedores usavam para aparar arestas dos seus apps. Há o risco, portanto, de que alguns apps apresentem defeitos nesses primeiros dias, caso você decida atualizar seus aparelhos já. (Atualizei o iPhone aqui e, até agora, zero problema.) [G1; 9to5Mac, em inglês]
De novo. E de novo. E de novo… O BuzzFeed News publicou um relato explosivo de Sophie Zhang, ex-funcionária do Facebook que, na prática, era responsável por detectar e coibir ações de manipulação e de robôs na rede social. Uma pessoa, de nível júnior, lidava com toda essa responsabilidade em países periféricos porque, segundo ela própria, a prioridade da empresa está em evitar abusos nos Estados Unidos e Europa. “Tenho sangue em minhas mãos”, escreveu ela. Os exemplos de estragos à democracia dados por Zhang são tantos — Brasil no meio! — que fica difícil não ter a sensação de que o Facebook é uma máquina de manipulação em massa e que, mesmo se quisesse combater o problema, não seria possível sem uma nova abordagem radical e potencialmente menos lucrativa que a atual. Há interesse nisso? Provavelmente não. Zhang foi demitida, aliás. [BuzzFeed News, em inglês]
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olar! Meu nome é Caio Volpato (caioau), de Campinas (SP). Tenho um blog pessoal onde posto alguns textos e slides de atividades voltados para privacidade online e segurança da informação. Na edição XYZ do Manual, meu home office foi publicado e gerou um interesse sobre como montei minha solução de backups automáticos e seguros, então escrevi um texto sobre. Também faço parte da Casa Hacker, um hackerspace na periferia de Campinas com a missão de emancipação tecnologia. Estamos produzindo muito conteúdo nas redes, no blog, newsletter e em lives.
🤔 Curiosidades
Nesta sexta (18), a TV brasileira completa 70 anos. Tatiana Cavalcanti resgatou a história da primeiríssima transmissão em solo nacional, que quase não ocorreu porque uma das três câmeras falhou na hora após receber a bênção de um padre. [Folha]
O Facebook fez um evento de realidade virtual/aumentada na quarta (16). Os anúncios sugerem um tipo de futuro tecnológico que poderia ter saído de um filme distópico, como óculos Ray-ban “inteligentes” e, não bastasse o fardo de trabalhar em casa com notebooks e outros equipamentos menos invasivos, uma proposta de escritório virtual baseado no Oculus Quest 2, o novo headset da empresa anunciado na mesma ocasião. Afinal, quem não gostaria de mais uma fonte de dor de cabeça (literal) relacionada a trabalho? [Engadget, The Verge, em inglês]
Não se fala muito no Evernote, aplicativo de anotações/lembretes/memória virtual que até alguns anos atrás era um dos queridinhos do Vala do Silício e, hoje, mantém uma invejável base de ~250 milhões de usuários. O silêncio foi quebrado esta semana, e ocorreu por um bom motivo: o Everenote se fechou por 18 meses para refazer do zero todos os seus apps. O primeiro fruto desse trabalho é o app para iOS — e apenas porque foi o primeiro a ficar pronto. Os das outras plataformas deverão ser lançados nas próximas semanas. [Protocol, Evernote, em inglês]

Você viu a história do pai que confeccionou uma placa de 60 inscritos no canal do YouTube de seu filho (acima) e pediu a alguém que a entregasse ao menino como fingindo ser um representante do YouTube? O negócio viralizou e agora Rafa Maneiro tem quase 40 mil inscritos. “Ser youtuber” é uma aspiração de muitas crianças, mas que geralmente não passa de uma brincadeira restrita a familiares e amigos próximos. Fico pensando, com preocupação, nos impactos dessa exposição toda no pequeno Rafa Maneiro e em outros youtubers mirins que explodem tão cedo. [@bernardofalcaob/Twitter]
A Natura terá, ainda este ano, tablets que liberam cheiros de fragrâncias em suas lojas. Criados em parceria com a Noar, eles devem substituir os catálogos de papel e amostras de aromas. Cada cartucho de fragrância dispara até 100 doses. Com sete anos de atraso, o Google Nosevirou realidade! [O Globo]
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O caso do Rafa Maneiro me faz pensar não só na exposição da criança, mas também em como romantizamos mentiras.
Tipo, entendo que há casos e casos – para uma pessoa com depressão, fim de vida ou alguma condição severa; a mentira acaba sendo um acalanto.
Mas fazer uma placa falsa de uma empresa para agradar uma criança… Parece legal, mas …
Aí pensemos: no futuro a pessoa compra seguidores, cria factóides… Tipo, vai saber o que este primeiro mau exemplo pode gerar.
Acho que depois que as “grandes mídias” geraram “garotos prodígios” (da Simony à Maísa, passando por MC Melody e outros), criou-se muito uma cultura de “gerar fama a partir da infância, para ganhar dinheiro depois”.