WhatsApp terá suporte a chatbots e APIs para terceiros.

A Via Varejo, empresa dona das marcas Casas Bahia, Extra e Pontofrio, anunciou na semana passada que está participando dos testes da versão do WhatsApp para grandes empresas, ao lado do Itaú e da KLM.

Não confundir com o WhatsApp Business, que se destina a pequenas e médias empresas. Trata-se de outra solução, que prevê uma escala de atendimento muito maior. No período de testes da Via Varejo, iniciado em 15 de dezembro último e com previsão de término para o primeiro trimestre de 2018, a empresa trabalha com 110 mil clientes. Ao lançar o novo canal de forma oficial, o número deve aumentar substancialmente.

Para lidar com todo esse volume, a empresa conta com apenas 20 funcionários humanos, auxiliados por chatbots. Essa informação chamou a minha atenção: até hoje, o WhatsApp não tinha qualquer tipo de suporte a inteligência artificial e/ou chatbots.

Por e-mail, a assessoria da Via Varejo confirmou que, sim, está usando a nova tecnologia, e que “o WhatsApp está acompanhando de perto todo esse processo e retorno dos nossos clientes e não fizeram nenhum impeditivo para o uso de chatbot”.

Não fazia sentido o uso de inteligência artificial quando o WhatsApp era apenas para comunicação entre pessoas. Na mesma medida, faz total sentido a implementação deles em empresas que lidam com milhares de requisições e clientes simultaneamente. De outra forma, a operação seria inviável.

A assessoria da Via Varejo também disse que o recurso “está sendo desenvolvido em parceria com empresas especialistas em implantação de BOT e NLP”, o que confirma algumas suspeitas levantadas pelo Mobile Time — de que haverá uma API para que terceiros integrem ferramentas à plataforma do WhatsApp e que os chatbots conseguirão ler mensagens em linguagem natural, talvez para não aumentar a complexidade das interações.

Até hoje, a presença de chatbots era um grande diferenciador do Facebook Messenger em relação ao WhatsApp. Ambos são da mesma empresa.

Uma olhada no WhatsApp Business

O WhatsApp Business está entre nós. Embora o restaurante do seu bairro ou o médico da família talvez ainda não tenham adotado a novidade, é bem provável que eles já usem o WhatsApp convencional para lembrá-lo de horários de consulta ou tomar o seu pedido de uma pizza. O Manual do Usuário deu uma olhada no WhatsApp Business e traz boas notícias: a “conversão” é bem fácil e o app em si, embora nada muito diferente, oferece algumas vantagens interessantes.

Continue lendo “Uma olhada no WhatsApp Business”

Post livre #111

Post livre no ar! Isso significa que não há nada para ler aqui em cima. Desça a página e vamos conversar nos comentários.

Google usa inteligência artificial para combater mensagens de “bom dia” do WhatsApp.

Há muitas similaridades entre Brasil e Índia quando o assunto são hábitos em tecnologia. Um deles é a preferência pelo WhatsApp. Outra, o modo de uso do app.

Segundo o Wall Street Journal, o Google desenvolveu um algoritmo com base em inteligência artificial e um grande banco de imagens para usar no app Files Go a fim de detectar e apagar automaticamente as famosas mensagens de “bom dia”. Segundo a empresa, elas contribuem para a escassez de espaço nas memória dos celulares indianos.

Em entrevista ao jornal, Josh Woodward, gerente de produtos do Google, disse que “Tentamos desconstruir o que é o DNA de uma boa mensagem de ‘bom dia’ por meses. Deu muito trabalho para acertarmos”.

Uma pesquisa da Western Digital apontou que cerca de 33% dos smartphones em uso na Índia ficam sem espaço de memória diariamente. Nos Estados Unidos, esse percentual cai para 10%. Na Índia, smartphones com 8 GB de memória — consequentemente, muito baratos — são muito populares, o que motivou o Google a investir na criação de uma variante adaptada a hardware fraco do Android, chamada Android Go, e uma suíte de apps “Go”, mais leves e com menos recursos.

O Files Go está disponível no Brasil também. Para dicas de como lidar com a falta de memória no smartphone, dê uma lida nesta matéria.

Notícia atualizada em 5/2/2019 com um link patrocinado do EmotionCard.

Menos de 10% dos usuários de Gmail usam a autenticação em dois passos.

Grzegorz Milka, engenheiro de software do Google, revelou em uma conferência de segurança que menos de 10% dos usuários do Gmail têm ativada a autenticação em dois passos.

O recurso está presente no serviço desde 2011 e oferece uma segurança extra contra acessos não autorizados. Quando a autenticação em dois passos está ativada, o usuário precisa informar, além da senha, um código descartável recebido por SMS ou gerado por um aplicativo como o Authy ou o Google Authenticator.

A autenticação em dois passos é mais popular nos bancos, que obrigam o uso de “tokens” para essa finalidade. Na prática, essa camada extra significa que, mesmo que a sua senha vaze ou seja descoberta por alguém, essa pessoa ainda não conseguiria acesso à conta a menos que tivesse seu celular ou dispositivo usado para receber os códigos descartáveis.

Ao site The Register, Milka explicou que o Google não força os usuários à configuração da autenticação em dois passos por uma questão de usabilidade: “a questão é quantas pessoas deixaríamos de fora se forçássemos elas a essa segurança adicional”. Ainda assim, é uma boa ideia ativá-la — não só no Gmail, mas em todos os serviços que oferecem esse recurso.

No Gmail/Google, a autenticação em dois passos pode ser feita nesta página.

 

Pessoas estão tirando as cores da tela do smartphone para usá-lo menos

Tristan Harris trabalhou no Google como uma espécie de especialista em ética do design e, desde que saiu de lá, ganhou notoriedade com a falas, artigos e sua iniciativa Time Well Spent, que tenta dissuadir empresas de tecnologia de fazerem seus produtos viciantes. A última dica de Harris (ele já deu várias) é inusitada, mas parece funcionar: usar o smartphone com a tela em preto e branco. Continue lendo “Pessoas estão tirando as cores da tela do smartphone para usá-lo menos”

Post livre #110

Todos prontos para o post livre? Então vamos lá.

Para quem acaba de desembarcar no Manual do Usuário, o post livre é um post sem conteúdo, publicado às sextas, apenas para abrir os comentários. Ali, conversamos sobre quaisquer assuntos.

Curitiba, 15 de janeiro de 2018

★★ Nestes dias nublados, o início da manhã não oferece qualquer pista acerca do que virá a seguir. Nas ruas, vê-se essa incerteza refletida nas várias apostas que as pessoas fazem antes de sair de casa: gente de camiseta andando despreocupada ao lado de gente com blusa a tiracolo e guarda-chuva à mão. O céu está fechado de tal forma que o azul que lhe caracteriza não é visto em lugar algum — um teto acinzentado e espesso cobre a cidade. A temperatura é amena, nem tão fria nem tão quente; há previsão de chuva, mas ninguém descarta o Sol, que pode, de repente e sem qualquer aviso prévio, aparecer com força, como fez ontem e anteontem. Pelo menos não está ventando.


Uma singela homenagem do Manual do Usuário ao The Awl, que anunciou nesta terça-feira (16) o encerramento das suas atividades.

iPhone 8: mais do mesmo, só que melhor

Existe um aspecto no previsível que, com frequência, é negligenciado ou até desvalorizado — especialmente em indústrias movidas a novidades reluzentes, como a de tecnologia de consumo. A crítica bate forte em produtos que não se diferem muito, no visual, dos seus antecessores, mas se esquece de que, às vezes, mudar por mudar causa mais mal do que traz benefícios e que há algo a ser apreciado no mais do mesmo. Caso em tela: o iPhone 8. Continue lendo “iPhone 8: mais do mesmo, só que melhor”

Um voto de confiança ao Facebook

Existe uma teoria que diz que o Facebook só se transformou em uma força na distribuição de conteúdo para conter o crescimento do Twitter. No início da década, a rede social de Mark Zuckerberg entrou em choque direto com o microblog dos (então) 140 caracteres, que era (e ainda é) bastante popular entre jornalistas e gente que costuma ser notícia.

O Facebook ganhou. Os jornalistas e as pessoas que são notícia continuam usando o Twitter (e somente eles, ou é a impressão que se tem), mas a repercussão, a viralização das notícias e o tráfego que toda publicação busca estão no Facebook1.

Continue lendo “Um voto de confiança ao Facebook”

Post livre #109

E aqui estamos outra vez, em mais um post livre. A dinâmica já é conhecida, mas é sempre bom relembrá-la: um post sem conteúdo, apenas para abrir os comentários onde conversamos sobre quaisquer assuntos até a noite de domingo.

Meu iPhone quebrado

O dia em que me mudei para o Brooklyn foi o dia em que quebrei a tela do meu iPhone. Estava tentando pegar as chaves na bolsa enquanto um grupo de estudantes esperava na porta para que um amigo a abrisse para eles. Destrancando a porta meio lesada devido ao jetlag, segurei-a aberta para cada um deles enquanto equilibrava a minha bolsa com a outra mão. Depois que o último entrou no prédio, parei a porta com o pé enquanto tentava redistribuir o peso de meus pertences. Meu iPhone deslizou para fora do bolso de trás, caindo direto no concreto.

Continue lendo “Meu iPhone quebrado”

Na quarta temporada, “Black Mirror” parece preso dentro de um episódio de “Black Mirror”

Já li mais de uma vez gente recomendando não começar Black Mirror pelo começo, ou seja, pelo primeiro episódio da primeira temporada. Tecnicamente, não há prejuízo: todo episódio contém uma história independente com personagens que jamais aparecerão em outro e cada um é hermeticamente fechado, com começo, meio e fim.

Continue lendo “Na quarta temporada, “Black Mirror” parece preso dentro de um episódio de “Black Mirror””

Gear Sport, o relógio inteligente para esportistas da Samsung

Em 2013, quando smartwatches (ou relógios inteligentes) surgiram, eles prometiam nos livrar do vício do smartphone e, quando fosse impossível ignorar as notificações, tornar o ato de olhá-las menos rude. A categoria falhou nesses dois objetivos, mas encontrou utilidades mais humildes e virou um acessório considerado por uma pequena parcela dos consumidores — o que já é um grande mérito se lembrarmos de outras investidas recentes da indústria de tecnologia que tiveram um final pior, como o Google Glass e as TVs 3D.

Continue lendo “Gear Sport, o relógio inteligente para esportistas da Samsung”