Último post livre do ano — e o primeiro de 2018. Faremos o mesmo expediente do Natal, ou seja, post livre com prazo estendido, até a noite de segunda-feira (1).
Mês: dezembro 2017
5 apps que você deveria ter no celular
Existem pouco mais de 2,2 milhões de apps para iOS e quase 3 milhões de apps para Android. Mesmo com tanta oferta, algumas categorias importantes não são contempladas pelos apps que vêm pré-instalados nos dois sistemas nem figuram nas listas dos mais baixados das respectivas lojas de cada sistema.
Talvez seja pretensioso dizer que apps alguém “deveria” ter no celular, porém esses que selecionei abaixo são tão úteis que, vendo por outro prisma, é quase loucura não tê-los instalados. Listo e explico porque você deveria dar atenção a essas categorias e aproveito para deixar indicações. De repente, isso inspira você a baixar um ou outro app. Continue lendo “5 apps que você deveria ter no celular”
Por que computadores modernos parecem mais lentos que os antigos?
Você já teve a sensação de que computadores antigos pareciam mais rápidos que os modernos? Dan Luu, sim. Como ele “não confia nesse tipo de sensação porque já se provou por estudos empíricos que a percepção humana é falível”, ele conduziu uma série de testes ao longo dos últimos meses, com uma câmera lenta, a fim de mensurar a latência entre apertar uma tecla e o caractere ser exibido na tela. O resultado é este longo e detalhado texto.
O dispositivo com menor latência (30 ms) foi o Apple IIe, um computador de 1983. O segundo, com latência de 40 ms, foi um Texas Instruments 99/4a, de 1981. Só na terceira posição aparece um moderno, de 2014, com latência de 50 ms — mas a quarta é do mais antigo dos 21 sistemas testados, um Commodore Pet 4016, de 1977. A exceção entre os modernos são os dispositivos iOS: o iPad Pro de 10,5 polegadas com o Apple Pencil, lançado em 2017, iguala a latência do antigo Apple IIe.
Luu explica os vários aspectos que nos levaram a essa situação e atribui à “complexidade” a maior parcela da culpa:
Muito da complexidade nos concede algo, direta ou indiretamente. Quando olhamos o input de um teclado moderno estiloso e o do teclado do Apple II, vemos que usar um processador de uso geral caro e relativamente poderoso para lidar com os toques em um teclado pode ser mais lento que um lógico dedicado ao teclado, que poderia ser mais simples e mais barato. Porém, usar o processador dá às pessoas a possibilidade de personalizar o teclado e também transfere o problema de “programar” o teclado do hardware para o software, o que reduz os custos de fabricação do teclado. O chip mais caro aumenta o custo de fabricação, mas considerando quanto do custo desses teclados artesanais de pequeno volume é o custo do projeto, parece vantajoso trocar o custo de fabricação pela facilidade de programar.
Quanto à baixa latência dos iPhones e iPads, a explicação é uma antiga: graças à integração, a Apple consegue implementar otimizações que, em outros cenários, com partes genéricas desenvolvidas por fornecedores distintos, são extremamente difíceis. Ou, nas palavras dele, através de um foco na experiência do usuário de ponta a ponta por parte da Apple.
Por que isso é importante? Porque diferenças em latência são perceptíveis, mesmo que, questionados, muitos de nós não consigam apontá-la como a fonte de um desconforto ou problema. Segundo Luu:
Para tarefas muito simples, as pessoas conseguem perceber latências de até 2 ms ou menos. Mais que isso, o aumento da latência não só é perceptível para os usuários; ele faz com que a execução de tarefas simples seja menos precisa.
A leitura (em inglês) é um tanto fascinante e mostra como foi preciso fazer algumas concessões em latência para que alcançássemos outras conquistas, como telas sensíveis a toques e monitores LCD. Pelo menos agora você saberá a quem amaldiçoar quando abrir o Slack e tudo parecer meio… lento.
Uma das melhores fotos do ano da família real britânica foi feita com um celular.
A história de Karen Anvil exemplifica aquela velha história de que “a melhor câmera é aquela que está com você”. Ela foi prestigiar um evento da família real britânica e tirou uma foto tão boa dos príncipes William e sua esposa, Kate Middleton, e Harry e sua noiva, Meghan Markle, que espera pagar a formação da filha com os direitos da imagem, disse em entrevista à BBC.
Num local repleto de fotógrafos profissionais munidos de câmeras caríssimas, o registro de Karen, que estampou todos os jornais britânicos e viralizou no Twitter (onde ela postou a imagem), foi feito com um iPhone SE, cuja câmera é a mesma do iPhone 6s, um smartphone de 2014, e é vendido no Brasil por preços a partir de R$ 1.399.
Post livre #106
Um post livre especial, com duração estendida até a noite de segunda-feira — dia do Natal! Relembrando: aqui, falamos de tudo com todos. Tem algum assunto que está atiçando sua curiosidade ou gerando dúvidas? Jogue nos comentários e vamos nessa.
Uma olhada rápida no Kindle Fire HD8 — e como é usá-lo no Brasil
Dizer que há uma lacuna no mercado de tablets é minimizar o problema. O que existe é um Grand Canyon. Em uma das pontas, temos o iPad Pro e o Galaxy Tab S3, produtos impecáveis que não saem por menos de R$ 2,5 mil. Na outra, um mar de aparelhos de qualidade duvidosa, custando até R$ 300. Se aqui no Brasil o intervalo entre elas é um vácuo, nos Estados Unidos existe um pontinho laranja, bem ali no meio, chamado Kindle Fire, a linha de tablets da Amazon. Continue lendo “Uma olhada rápida no Kindle Fire HD8 — e como é usá-lo no Brasil”
Google lança app para Windows que serve apenas para baixar o Chrome
O declínio do Windows como plataforma dominante explicitou o descaso do Google com a Microsoft. A empresa jamais se deu ao trabalho de adaptar seus apps à Microsoft Store (loja de apps do Windows) e faz software para o sistema no estrito limite do que mantém os usuários em seus domínios. Daí o próprio Chrome (web/buscador) e o app de backup do Google Drive. Continue lendo “Google lança app para Windows que serve apenas para baixar o Chrome”
O caso de um tablet/PC híbrido da Apple
Embora o tablet/PC híbrido seja uma ideia irresistível, as implementações sempre ficaram aquém do ideal platônico. Um olhar sobre os esforços passados nos leva a imaginar os próximos passos da Apple: eles copiarão a Microsoft e transformarão o Mac em um tablet, ou continuarão a se concentrar na evolução do iPad? Continue lendo “O caso de um tablet/PC híbrido da Apple”
WisePlus ressurge vendendo smartphones da Xiaomi, mas…
A WisePlus está de volta. A empresa, que ficou famosa com a promessa de produzir e comercializar smartphones com o sistema Windows. A operação era frágil e o plano, insustentável, como demonstramos nesta investigação exclusiva. Agora, a WisePlus voltou com um novo plano envolvendo smartphones chineses. Outra vez, há suspeitas de que tem algo errado na história. Continue lendo “WisePlus ressurge vendendo smartphones da Xiaomi, mas…”
Post livre #105
Um dos últimos posts livres do ano está no ar! (Passou rápido, não?) Aos não iniciados, um post livre é um post sem conteúdo, apenas para abrir os comentários. Ali, conversamos sobre tudo: como o tempo passa rápido, as notícias da semana, até das melhores comidas do Natal. Ele fica aberto até domingo à noite!
A máquina Amazon
Quando você olha as grandes empresas de manufatura, fica claro que a máquina que faz a máquina é tão importante quanto a própria máquina. Há muito trabalho no iPhone, mas também há muito trabalho na máquina que pode fabricar mais de 200 milhões de iPhone em um ano. Da mesma forma, há um trabalho no Tesla Model 3, mas a Tesla ainda não construiu uma máquina que possa fabricar Model 3 de forma eficiente, confiável, rápida e com qualidade na escala da indústria automobilística. Continue lendo “A máquina Amazon”
Ex-executivo do Facebook faz críticas à rede social.
“Acho que criamos ferramentas que estão rasgando o tecido social de como a sociedade funciona. (…) Nada de discurso cívico, nada de cooperação; desinformação, desconfiança. E não se trata de um problema norte-americano — não é sobre os anúncios russos [que interferiram nas eleições presidenciais de 2016]. Este é o um problema global.”
Chamath Palihapitiya, ex-vice-presidente de crescimento de usuários do Facebook, contratado pela empresa em 2007, em fala a estudantes da Escola de Negócios da Universidade de Stanford. Veja o vídeo aqui.
Realidades aumentada e virtual: faltam apps e pé no chão de quem as promovem
Enquanto executivos da Qualcomm e de parceiros falavam à plateia de jornalistas no Snapdragon Summit, com frequência algum slide ao fundo exibia pessoas usando equipamentos de realidade aumentada ou virtual. Mesmo após os fracassos do Google Glass e dos Spectacles e a lentidão para engrenar dos headsets de realidade virtual, o entusiasmo e os investimentos da indústria nessas tecnologias não parecem ter diminuído. Continue lendo “Realidades aumentada e virtual: faltam apps e pé no chão de quem as promovem”
Uma olhada nos melhores smartphones que não são vendidos no Brasil
Entre trambolhos com o novíssimo Snapdragon 845, protótipos feitos pela própria Qualcomm para apresentar os recursos do seu chip recém-anunciado, havia uma bancada em formato de prancha — pois Havaí — com alguns smartphones da geração passada, com Snapdragon 835. Foi uma boa oportunidade de ver alguns dos melhores aparelhos atualmente à venda e que não chegaram (nem chegarão) ao Brasil. Continue lendo “Uma olhada nos melhores smartphones que não são vendidos no Brasil”
Notebooks com chips Qualcomm sinalizam mudança de prioridades do consumidor
Nesta semana, a Qualcomm anunciou uma nova leva de notebooks com Windows 10 que rodará com seu Snapdragon 835 — e, posteriormente, com o recém-anunciado Snapdragon 845. Ambos os chips usam uma arquitetura diferente, até então restrita principalmente a smartphones e tablets. A estratégia é uma aposta, aparentemente segura, de que as prioridades do consumidor mudaram. Continue lendo “Notebooks com chips Qualcomm sinalizam mudança de prioridades do consumidor”