“Digital e territorializado”: Debate do livro Smart: O que você não sabe sobre a Internet, de Frédéric Martel

Depois de sairmos da leitura d’O Círculo, a ficção de uma empresa aniquiladora da já frágil privacidade como a conhecemos hoje, partimos para a dura e cruel realidade em Smart: O que você não sabe sobre a Internet, do francês Frédéric Martel, que mostra, com estilo e narrativa agradáveis, as entranhas da Internet (não confunda com a deep web!), ou melhor, o que as pessoas fazem com ela e seus arranjos vistos de um outro modo — um praticamente invertido do que comumente achamos. Não deve ter sido mera coincidência, então, que algumas coisas que vimos no livro de Dave Eggers sejam notáveis também no de Martel, só que dessa vez para valer. Continue lendo ““Digital e territorializado”: Debate do livro Smart: O que você não sabe sobre a Internet, de Frédéric Martel”

É difícil nomear movimentos estéticos da web

Tem um site chamado Brutalist Websites que agrega sites que são meio crus — que mostram suas “emendas”. Os cidadãos do Hacker News, onde eu (Paul falando) encontrei o link esta manhã, imediatamente se envolveram em uma discussão sobre se os sites mostrados são realmente brutalistas ou não — mas é claro, como a Wikipedia indica (após algumas discussões à parte), não há apenas uma única e verdadeira definição de Brutalismo. O Brutalist Websites, por si um site brutalista, diz: Continue lendo “É difícil nomear movimentos estéticos da web”

Sob nova gestão, Alcatel quer ser a nova Samsung

O convite feito pela Alcatel para que eu cobrisse a Mobile World Congress pelo iG Tecnologia (e que o Fabrício Vitorino fizesse o mesmo pelo TechTudo) já dizia muito sobre a importância do mercado brasileiro para a marca em 2016. A realização de um evento para apresentar não só as novidades, mas também a nova marca e a nova gestão da empresa já em abril, pouco mais de um mês depois da feira em Barcelona, reforça o quanto o Brasil se tornou estratégico. Continue lendo “Sob nova gestão, Alcatel quer ser a nova Samsung”

O que une pessoas comuns e empresas de mídia dentro do Facebook

Em uma entrevista descompromissada concedida em 2005, num escritório cheio de pinturas de mau gosto e onde os poucos funcionários bebiam cerveja em mangueiras segurados de ponta-cabeça pelos colegas, um franzino Mark Zuckerberg disse que muita gente estava preocupada em fazer a maior coisa do mundo com o maior número de usuários possível e que parte de fazer a diferença, de fazer algo legal era “focar intensamente”. O Facebook, então, tinha a missão de ser “um diretório de universidades bem legal que seja relevante aos alunos”. Algo grande, mas, posto em perspectiva, com um alcance bem delimitado.

Onze anos depois, o mesmo Mark Zuckerberg, mais desenvolto, melhor vestido e com ambições maiores que o ambiente acadêmico dos Estados Unidos, no pomposo palco de Fort Mason, em São Francisco, fez a abertura da conferência anual para desenvolvedores do Facebook como se fosse uma mistura de líder de estado e palestrante do TED. Ele mudou e, mais ainda, o Facebook. Daquela origem humilde, “focado intensamente”, a rede social se tornou ao longo dos anos a nova praça pública, o novo jornal, o centro e local de debates de muitas coisas que nos rodeiam e que importam. Quando e como isso aconteceu, e o que perdemos no processo? Continue lendo “O que une pessoas comuns e empresas de mídia dentro do Facebook”

O Moto G do meu pai, salvo graças ao Cyanogenmod

Por acompanhar de perto os últimos lançamentos e estar atento à flutuação dos preços de coisas como smartphones e tablets, não é raro as pessoas me pedirem conselho sobre o que comprar. Mesmo estando a par do mercado, dar esse tipo de indicação é sempre um desafio — não existe produto que sirva a todos com o mesmo nível de satisfação e os orçamentos costumam variar bastante. Embora eu faça isso de bom grado sempre que possível, há uma pressão inerente devido ao risco de errar, ou seja, da pessoa comprar o que eu indiquei e acabar com um produto que não a atende.

Quando isso acontece, fico um pouco frustrado.

Quando aconteceu com meu pai, fiquei muito frustrado. Continue lendo “O Moto G do meu pai, salvo graças ao Cyanogenmod”

A crise de obesidade dos sites

Nota do editor: Este texto é a adaptação de uma palestra de Maciej Cegłowski realizada em 29 de outubro de 2015. Maciej é um programador que vive em San Francisco, escreve o blog Idle Words, tem um perfil divertidíssimo no Twitter e é fundador e único funcionário do Pinboard, um serviço de favoritos na web.


Deixe-me começar dizendo que sites bonitos existem nos mais diversos formatos e tamanhos. Eu adoro grandes sites cheios de imagens. Eu adoro vídeos em alta resolução. Eu adoro experimentos de JavaScript dispersos ou webapps bem desenhados.

Este artigo não é sobre nenhum deles. Ele é sobre sites com predominância de texto que, por razões inexplicáveis, estão ficando mais pesados a cada ano que passa.

Embora eu use alguns exemplos para evitar que isso fique muito abstrato, não estou aqui para constranger ninguém, exceto algumas empresas (Medium) que deveriam ter uma noção melhor das coisas e estão intencionalmente quebrando a web. Continue lendo “A crise de obesidade dos sites”

Os melhores apps para Android (março de 2016)

Todo mês o Manual do Usuário lista os melhores apps para as plataformas mais populares. Você está na do Android — não deixe de conferir, também, a lista da Apple (iOS e OS X) e as dos meses anteriores.

Faltou algum app aí embaixo? Avise nos comentários. E se descobrir algum legal no decorrer do mês, não se esqueça de mandá-lo para cá. Continue lendo “Os melhores apps para Android (março de 2016)”