Post livre #2: Vida longa e próspera

Leonard Nimoy vestido como Spock.

Um post livre é só uma desculpa para, na sexta-feira, perto do happy hour, gravata frouxa e salto alto de lado, abrir os comentários para jogarmos conversa fora por aqui. Fiz uma vez, deu certo, então ele voltou.

O que rola nos comentários? O que você quiser — até a polêmica do tal vestido que é azul e preto para uns, branco e dourado para outros. Dúvidas, curiosidades, “causos”, notícias… Cada novo comentário é um tópico à parte. Semana passada batemos 200 mensagens. Hoje? Depende de vocês.

Por que o Facebook está cheio de opiniões absurdas e discussões hostis?

No início da semana, voltando a Maringá após passar o carnaval na casa dos meus pais, assustei-me ao ver postos de combustíveis com filas enormes por todo o caminho. A cena se repetia aqui também, dentro da cidade. A paralisação dos caminhoneiros ameaçava acabar com o fornecimento de combustível, o que fez o povo correr para as bombas a fim de encher o tanque.

Isso está acontecendo em vários lugares no Brasil, mas no caso de Maringá é uma corrida inútil. Como alguns lembraram em redes sociais durante o dia e, em tempo, a imprensa também comentou, a cidade não corre risco iminente porque é um polo de distribuição do produto e, portanto, recebe-o por via férrea. E, até onde se sabe, caminhões não dividem espaço com trens e os ferroviários não estão em greve.

Enquanto alguns, ao saberem disso, riram de si mesmos e lamentaram o tempo perdido nas filas, outros não se abalaram e mantiveram o discurso apocalíptico de que o fim (do combustível) está próximo. Por que, mesmo com uma evidência tão clara, esse segundo grupo não mudou de opinião? Continue lendo “Por que o Facebook está cheio de opiniões absurdas e discussões hostis?”

[Review] Level Over, o belo headphone premium da Samsung

Em abril do ano passado a Samsung anunciou uma nova linha de produtos de áudio. Batizada Level, ela é composta por caixas de som Bluetooth (já vimos uma) e fones de ouvido, todos de alta qualidade, segundo a fabricante. A Level Box Mini agradou bastante. Agora, recebi para testes o headphone Level Over, o item mais caro dessa sofisticada safra. Vale a pena pagar quatro dígitos em fones de ouvido da Samsung? Continue lendo “[Review] Level Over, o belo headphone premium da Samsung”

Post livre

Sexta-feira é o dia de trabalhar nos bastidores. Escrevo e agendo a newsletter, vasculho promoções, faço alguns ajustes no layout, comentários e onde mais for preciso, e elaboro a pauta da próxima semana. Nessa, o Manual do Usuário costuma ficar às moscas. Então tive uma ideia: hoje, vocês farão o site.

Como? Comentando. Este post é só uma desculpa para abrir os comentários. Daqui para frente, é com vocês. O que escrever? Sei lá. Notícias de tecnologia, dúvidas, curiosidades, #dicas, causos, questionamentos sobre o próprio Manual (eu estarei por aqui, interagindo também)… fica a critério de vocês. Como o Disqus é legal e atualiza sozinho com novos comentários, nem precisa ficar apertando F5 para acompanhar o papo.

Se funcionar hoje, toda sexta soltarei um post do tipo.

Com um HD externo cheio velharias, eu voltei ao passado

A Internet só ganhou o mundo, ou a maior parte da população mundial, com o barateamento da conexão e a popularização do smartphone. Esses dois eventos são relativamente recentes, o que significa que muita gente não estava aqui quando as conexões eram mais lentas, redes sociais não existiam e nuvem ainda era apenas um fenômeno meteorológico. É um dos que passaram por essa fase tenebrosa? Então faço-lhe um questionamento: quais arquivos daquela época você ainda tem aí, guardados e acessíveis hoje?

Vivemos tempos estranhos em vários sentidos. A relação que temos com o digital, embora não pareça à primeira vista, é um desses. Se não acredita em mim, ouça Vint Cerf, um dos criadores da Internet. Ele recomendou a impressão das nossas fotos para não ficarmos à mercê de uma “Idade das Trevas Digital” motivada pela perda de arquivos decorrente da obsolescência de hardware e software. Continue lendo “Com um HD externo cheio velharias, eu voltei ao passado”

E Se? Respostas científicas para perguntas absurdas, de Randall Munroe

Entre todas as tirinhas com homens-palito da Internet, a mais famosa é a xkcd, do americano Randall Munroe. Formado em Física e com um trampo em robótica na NASA no currículo, ele consegue unir cálculos complexos, astronomia, química e outras ciências a uma ironia fina que quase sempre resulta em sacadas engraçadas e inteligentes. Às vezes, incompreensíveis à maioria, mas talvez não seja culpa dele, e sim nossa. Minha.  Continue lendo “E Se? Respostas científicas para perguntas absurdas, de Randall Munroe”

[Review] Novo Moto X: maior, mais requintado, mais mundano

Quando o seu produto vira commodity, o que fazer para diferenciá-lo? Em 2013 a Motorola apresentou o primeiro smartphone Android sob a batuta do Google com uma proposta nova e arrojada. Em vez de uma lista de especificações com números enormes, o Moto X original era um aparelho pé no chão. Para uns, “bom o bastante”. Para mim, ideal. Mais que isso: foi o melhor que testei no primeiro ano de Manual do Usuário.

Um ano e uma versão depois, muita coisa mudou no novo Moto X. A Motorola não é mais do Google, a infraestrutura montada nos EUA para vender um smartphone personalizado “made in USA” foi desmantelada e boa parte daquele discurso original, incluindo a parte ruim como o marketing em cima dos “oito núcleos” (?), mas também a boa, contemplando foco na experiência, não na tabela de especificações, ficou no passado. O tiro de misericórdia foi o tamanho da tela, que saltou de confortabilíssimas 4,7 polegadas para exageradas 5,2.

Será que mesmo tão diferente do projeto original, o Moto X de segunda geração continua a ser a melhor escolha para quem está no universo Android? Segura na minha mão e vamos descobrir isso. Continue lendo “[Review] Novo Moto X: maior, mais requintado, mais mundano”

Como o jovem brasileiro vê e usa as redes sociais

Tornou-se comum ver em sites estrangeiros de tecnologia artigos condenando o Facebook ao ostracismo por causa da suposta falta de interesse dos jovens pela rede social1. A ideia é que se gente com menos de 20 anos não estiver usando seu app ou serviço, nada mais importa e o destino dele é a ruína.

Nos últimos tempos o assunto se intensificou, embora praticamente toda a Internet — incluindo os que estão chegando agora — continue, se não vivendo dentro dos muros azuis de Mark Zuckerberg, pelo menos com um perfilzinho lá. Isso me intriga um bocado, por vários fatores. Continue lendo “Como o jovem brasileiro vê e usa as redes sociais”

Como fazer as pazes com o Chrome e sua gula por memória

Dia desses joguei no Twitter a seguinte pergunta: alguém aí tem problemas com consumo excessivo de RAM com o Chrome? Recebi uma enxurrada de respostas positivas e algumas generalizantes, do tipo “e quem não tem?” Pois bem, eu não tenho. Aparentemente sou uma rara exceção, então resolvi fazer uma viagem introspectiva a fim de descobrir o que me leva a ter uma relação tão harmoniosa com o navegador do Google.

Isto não é um guia de como forçar o navegador a economizar na RAM. Ele é sedento por memória e está tudo (mais ou menos) bem. É como eu digo há anos: memória foi feita para ser usada. Se temos computadores mais rápidos hoje, em parte é porque a memória principal deles está mais rápida e disponível em maiores quantidades. E como não se trata de um bem finito, deixe o Chrome, o Windows, o que quer que você estiver rodando se esbaldarem. Se a situação ficar insustentável, por ser uma memória volátil basta desligar e religar o computador e ela será zerada. Problema completamente resolvido. Continue lendo “Como fazer as pazes com o Chrome e sua gula por memória”

Blogs estão com os dias contados? Velho debate, mesma resposta

Eu não acompanhava, mas conhecia a fama do The Dish, blog político do Andrew Sullivan. Essa fama era especialmente inspiradora para mim porque ele conseguiu, há uns dois anos, abandonar o portal onde estava hospedado e se lançar em uma jornada independente, sustentado por 30 mil (!) leitores que viabilizaram um pequeno negócio com faturamento anual de US$ 1 milhão. Apesar disso, semana passada Sullivan anunciou o fim da empreitada depois de 15 anos na ativa. Essa notícia serviu de gasolina para reacender um velho debate: os blogs estão mortos?

Ao justificar o fim do The Dish, Sullivan alegou cansaço, estafa, problemas de saúde e o anseio por um ritmo mais lento: Continue lendo “Blogs estão com os dias contados? Velho debate, mesma resposta”

A hora de assinar o Manual do Usuário é agora

É bem provável que você já saiba, mas não custa relembrar: o Manual do Usuário tem uma área paga para assinantes, um “lado B” que é tão legal quanto a parte gratuita do site. Hoje fiz algumas mudanças para torná-la mais acessível e permitir que mais gente participe — e, consequentemente, ajude a custear essa empreitada. Continue lendo “A hora de assinar o Manual do Usuário é agora”

[Review] Kindle (2014): o e-reader mais barato da Amazon agora é touchscreen

Em um mundo dominado por smartphones, dispositivos portáteis e multifuncionais, a única saída para seus opostos, ou seja, aqueles que desempenham apenas uma função é serem excelentes nela. É essa diferença qualitativa que garante a sobrevivência de câmeras dedicadas e e-readers, por exemplo, e a falta dela que sepulta coisas como players de música (RIP iPod) e despertadores (alguém ainda usa?)

O Kindle nasceu quase na mesma época em que o iPhone foi anunciado. A exemplo do smartphone da Apple, ele não foi o primeiro da sua categoria, mas foi o que a definiu graças a uma execução impecável e à criação de um ambiente em torno do produto capaz de fazê-lo brilhar. Com a força da Amazon, especialmente nas áreas de logística, preço e ecossistema, o Kindle foi o primeiro e-reader com apelo junto ao público.

Anos depois, ele continua a ser o melhor. Só que para equilibrar o máximo da qualidade com o menor preço possível, a família teve que crescer. Se em uma ponta temos agora Kindle Voyage e Paperwhite com o melhor que a Amazon consegue produzir, na outra aparece o Kindle básico, este que será nosso objeto de análise hoje. Lá fora custa US$ 79; no Brasil, R$ 299. Nessa última encarnação a maior novidade é a presença de uma tela sensível a toques que aposentou quase todos os botões físicos. Foi uma boa troca? Descobriremos agora. Continue lendo “[Review] Kindle (2014): o e-reader mais barato da Amazon agora é touchscreen”

O que tem na sua mochila, Helio de Castro?

Foto do Helio de Castro.

Helio é um nerd clássico, geek, que começou profissionalmente falando lá nos idos dos microcomputadores no Brasil e foi aonde a maré o levou — e, em alguns casos, o coração junto. De marcantes, experiências de Conectiva, Mandriva, Nokia e hoje Red Hat, onde é engenheiro de software, e atravessando essas o KDE, a música, o Linux educacional e outras cositas más. Tem que lidar com uma tonelada de linguagens, sistemas e protocolos no dia a dia, tanto que acaba que gosta de C++ e Linux — é quase paixão. E ainda chama isso e trabalho…

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