Se o mercado de smartphones chacoalhasse literalmente a cada novidade anunciada, os sismógrafos responsáveis por medir essas oscilações teriam ficado malucos essa semana. Com a divulgação de relatórios financeiros, estudos de consumo e a fusão de duas gigantes, a topografia das fabricantes mudou — e isso pode ter reflexos a longo prazo.
A Samsung, ainda a maior fabricante de celulares do mundo, revelou aos acionistas que no intervalo de um ano seu lucro despencou 60,1%, de ₩ 10,16 trilhões para ₩ 4,06 trilhões. As vendas de smartphones caíram 8%, e se esse número já seria suficiente para acender a luz de alerta em Seul, ele fica ainda pior quando quando posto ao lado do crescimento de 25% do setor no mesmo período. As previsões apontam que este será o pior ano da empresa desde 2011. Continue lendo “Por algumas horas, a Xiaomi foi a terceira maior fabricante de smartphones do mundo”
Desde que os primeiros batuques foram ouvidos a música tem sido usada para, entre outras coisas, exaltar as paixões humanas. Traduzimos em ritmo e poesia as maravilhas naturais do mundo, nossas musas, os grandes heróis e seus feitos; descrevemos épocas, histórias e comportamentos dos mais diversos. Muita gente não vive sem música; não seria exagero dizer que o contrário também é verdadeiro.
Se estendermos o conceito de “tecnologia” para além de bits e pastilhas de silício, o barulho (com o perdão do trocadilho) da sua participação na música é ouvido de longe. Do aprimoramento dos primeiros tambores aos sintetizadores e editores digitais de hoje, essas áreas sempre foram indissociáveis. Não há música sem a tecnologia garantindo a execução, captação e reprodução nos bastidores.
Leandro & Leonardo.
Eventualmente os papéis se misturam e de um suporte ou auxílio, a tecnologia passou a ser o motivo da arte, a temática da narrativa. Isso nos remete ao início do texto: cantamos sobre tudo. É algo tão óbvio que não raramente nos escapa. Quando Leandro & Leonardo cantaram pela primeira vez “Pense em mim, chore por mim, liga pra, não, não liga pra ele”, em 1990, eles colocaram no cancioneiro popular brasileiro uma tecnologia super avançada que, de tão massificada, passou despercebida: o telefone. Àquela altura, fazer ligações já era algo trivial e tal papel coadjuvante, apesar do grande avanço que essa tecnologia representou, se repetiu na letra da música.
A tecnologia de consumo, essa embarcada em smartphones, tablets e outros gadgets contemporâneos, evoluiu a passos largos nas últimas décadas. Nos anos recentes, sua popularidade teve uma guinada sem precedentes. Embora quase 1/3 da população mundial já use smartphones, ele ainda não está tão enraizado como o telefone estava na época em que Pense em mim foi composta. Esse detalhe, porém, não impediu que os compositores começassem a explorar essa nova realidade criando músicas sobre os apps e redes sociais que tanto usamos. Continue lendo “Do Orkut ao WhatsApp, como a música brasileira retrata os apps e redes sociais que todos usamos”
Todo novo iPad que a Apple anuncia se torna objeto de desejo por quem busca um bom tablet. A Samsung tem alguns diferenciais nos seus melhores modelos: o Galaxy Note Pro é praticamente um quadro para a canetinha bacana que vem junto, e o Galaxy Tab S, uma tela deslumbrante. A LG, por sua vez, aposta em custo-benefício e disso saiu com um dos melhores do Brasil, o G Pad 8.3. A Dell lançará em breve o surpreendente tablet mais fino do mundo.
Toda fabricante se esforça para, nos tiers superiores, oferecer o melhor da tecnologia atual a seus clientes. O único problema é que isso custo caro, precisa gerar lucro e, para fechar a conta, os preços passam longe de serem baratos. Como nem todos podem dar mais de dois salários mínimos em um tablet, a alternativa são os modelos simples que cabem em orçamentos apertados — se duvidar, até pagando à vista.
O G Pad 7.0 V400, da LG, é o membro mais barato da família de tablets da fabricante sul-coreana. Ele foi lançado no final de setembro com o preço sugerido de R$ 599. Hoje, já é encontrado por bem menos. Para quem busca um tablet para atividades simples, como navegação web e leitura, importa saber se a economia na compra cobra o preço durante o uso. Estive com uma unidade nas últimas semanas a fim de responder essa pergunta. Continue lendo “[Review] G Pad 7.0 V400, o tablet mais simples (e barato) da LG”
Prática herdada do Orkut e que provavelmente se originou nos nicks do MSN Messenger, usar o nome para refletir um estado ou sentimento ainda acontece hoje, no Facebook. O problema é que ela vai de encontro a uma das políticas mais rígidas da rede, a que força o uso de nomes verdadeiros. Como conciliar esse conflito de interesses?
Uma pesquisa por “luto” ou “guarani kaiowa” no Facebook retorna vários nomes, ou seja, as pessoas ainda fazem isso. Gente que perdeu alguém querido (ou as eleições…) ou se solidarizou tanto com o grupo indígena que, para explicitar seu posicionamento aos amigos, resolveu usar o próprio nome. O problema é que o Facebook é chato nesse sentido. Ele quer que você use o seu nome verdadeiro e não dá muito espaço para homenagens do tipo ou quaisquer outros desvios. Continue lendo “João da Silva Luto? A política de nomes reais do Facebook pode impedi-lo de voltar a ser João da Silva”
O novo app do Facebook não tem nada a ver com o Facebook. Chamado Rooms e por ora exclusivo para iPhone, ele é uma releitura dos antigos fóruns nas telas pequenas dos smartphones. Isso funciona?
O pessoal do Startup Maringá, iniciativa local para fomentar o empreendedorismo na cidade, organiza encontros periódicos com gente que entende e está envolvida com o assunto. Por algum motivo que desconheço, me chamaram para o de hoje :-)
Brincadeira à parte, serei um dos palestrantes, ao lado de Danilo Cardoso e Fernanda Gama, do 6º StartUp Meeting. O sistema é simples e direto: cada um de nós terá 20 minutos para falar de carreira, dos projetos que estamos tocando e dar dicas de empreendedorismo. Depois, rola uma sessão de perguntas e respostas e, por fim, ficamos livres para conversar sobre qualquer coisa — com cerveja a preço de custo.
Na minha apresentação falarei sobre como comecei a escrever sobre tecnologia, os erros e acertos que cometi até agora, as diferenças entre tocar o próprio negócio e ser funcionário remoto e, claro, sobre o Manual do Usuário.
Se estiver por aqui, apareça! O evento é gratuito e começa às 19h, ali no bacaníssimo Espaço Office (Alameda Luís Moreira Carvalho, 137, esquina com a Rua Vereador Basílio Sautchuk).
O Google tem um novo front-end para o Gmail. Chamado Inbox, é um aplicativo para iPhone, Android e Chrome feito pela mesma equipe responsável pelo Gmail. Ele repensa a interface do e-mail, acrescenta e modifica funções típicas do meio e terceiriza o gerenciamento e a descoberta de conteúdo a algoritmos similares aos do Google Now.
O app é bonito. Ele já adota a Material Design, linguagem visual que dá o tom do Android 5.0 e aos poucos se espalha nos domínios do Google. Infelizmente pode demorar para você ver toda essa beleza em movimento em seu próprio e-mail. O Inbox está sendo distribuído por convites, então é preciso esperar a benevolência da empresa (ou de um amigo que já entrou) para usufruir da novidade. Ele só funciona com o Gmail, ou seja, se você estava esperando um cliente agnóstico ou mesmo algo que funcionasse com o Google Apps, esqueça. Continue lendo “Inbox, o novo app de e-mail do Google, leva o poder do Google Now ao Gmail”
A divulgação dos números da Apple referentes ao último trimestre fiscal de 2014 reforçaram algumas constantes de longa data. O iPhone segue vendendo como pãozinho quente. Foram 39 milhões de unidades, um recorde para o período. A Apple lucrou bastante também, como sempre. Só nesses três meses, embolsou mais US$ 8,5 bilhões. E o iPad, a despeito dos primeiros trimestres de crescimento incessante, segue a tendência de queda inaugurada esse ano.
A Apple vendeu 12,3 milhões de tablets, número menor que o esperado (13,1 milhões) e 13% abaixo do que foi vendido no mesmo período de 2013 (14,1 milhões). É o terceiro trimestre consecutivo em que as vendas de iPad se retraíram na comparação direta com o ano anterior e não bastasse isso, a lucratividade desse segmento também tem caído sistematicamente. Continue lendo “Com vendas abaixo do esperado, iPad será campo para experimentos em 2015”
Existem algumas ações em que o digital não supera o analógico. Ver fotos, por exemplo: o ritual de tirar um álbum da estante e folhear páginas de fotos antigas, precariamente organizadas e nem sempre bem catalogadas, para muita gente é uma experiência que nem computadores, nem tablets conseguem igualar. Se nesse aspecto sensorial as fotos geradas por bits não superam as impressas em papel, há outros em que elas ganham. É desses que quero falar.
Faz dez anos que tiro fotos digitais e, salvo um ou outro acidente, ainda tenho praticamente todas comigo, a salvo. Expliquei aqui, mais ou menos, como as organizo, mas recapitulo para não te dar o trabalho de sair desta página: as fotos são arquivadas em pastas (ano) e subpastas (data – evento), às vezes recebem algum tratamento via Windows Galeria de Fotos, e… bem, e só.
É um sistema simplório, tanto quanto organizar fotos de papel em álbuns esparsos. Não é de hoje que quero incrementá-lo e, antes de colocar a mão na massa, resolvi pensar nos principais pontos desse trabalho, fazer um bom planejamento para extrair o que o digital oferece de melhor.
O que priorizar na organização? Como fazê-la da maneira mais rápida, fácil e permanente? Como blindar esse trabalho contra o futuro (leia-se software descontinuado, mudanças de sistema e outras mudanças técnicas)? Após alguma reflexão e pesquisa, cheguei às conclusões que, agora, compartilho com você. Continue lendo “O melhor sistema para organizar, recuperar e preservar fotos digitais”
Referência no Facebook, a Prefeitura de Curitiba faz um trabalho bastante legal. Misturando bom humor, originalidade, produção constante e atenção aos fãs, a página consegue engajar os moradores da capital paranaense em diversas causas, expôr a cidade em outros cantos do Brasil e brincar com as tradições e a cultura do curitibano. O departamento de mídias sociais, alocado na própria prefeitura, virou modelo de comunicação entre governo e população.
No último Multicom, a semana do curso de Comunicação e Multimeios da UEM, em Maringá, Marcel Bely, da equipe de mídias sociais da Prefeitura de Curitiba, falou das brigas que teve que comprar para estabelecer esse tom mais despojado, menos sisudo na comunicação de uma prefeitura, as estratégias que usa para criar conteúdo que ecoa entre os fãs da página e, na sessão de perguntas e respostas, citou um app, um tal de Colab, que para ele é uma peça fundamental na relação com o povo. Fiquei interessado e fui pesquisar melhor o que é o Colab. Continue lendo “Com este aplicativo, a Prefeitura de Curitiba quer criar um “SAC 2.0” automatizado da cidade”
O Zenfone 5 oficializa a entrada dos smartphones da Asus no mercado brasileiro. E a estreia é em um dos segmentos mais acirrados dos últimos meses, o dos intermediários, repleto de aparelhos similares e com valores que rondam os R$ 600.
Tomar a liderança de um certo smartphone aí não é das tarefas mais fáceis, mas a Asus, com uma campanha de lançamento grandiosa e muita confiança em seu taco, acha que é possível. Nas últimas semanas estive com uma unidade do Zenfone 5 e agora, com o produto já nas lojas, conto a você o que achei dele. Continue lendo “[Review] Zenfone 5, a estreia em grande estilo da Asus no Brasil”
Hoje o Manual do Usuário completa um ano! É dia de comemoração, claro, mas também de colocar algumas coisas em perspectiva e refletir sobre o que já passou e, principalmente, o que vem a seguir. Continue lendo “/ano um”
Amanhã à noite gravaremos mais uma edição do Guia Prático, o podcast (agora) quinzenal do blog. Será uma gravação especial, sobre e no dia do aniversário de um ano do Manual do Usuário. Nem eu imaginava que chegaríamos tão longe… Enfim, papo para amanhã.
Alguns dias atrás um grupo de ~hackers anunciou ter em seu poder milhares de fotos obtidas através do Snapchat. São 13 GB de arquivos, mais de 100 mil (ou 200 mil, dependendo da fonte) imagens. Ou seja, é bastante coisa, e para piorar existe a suspeita de que haja muitas fotos pornográficas de menores de idade nesse bolo. A cobertura do caso pela imprensa tem seguido a linha “vazamento no Snapchat”. Mas será que a culpa é do serviço mesmo?
Não estou duvidando da existência desse material, ainda que essa desconfiança tenha sido levantada. De qualquer maneira, para o que quero discutir isso não vem ao caso. O que coloco em discussão é a atribuição de culpa ao Snapchat. (E sim, antecipando eventuais questionamentos, eu uso e gosto bastante do app.) Porque, ao que tudo indica, não houve invasão aos servidores do serviço, os apps oficiais não foram comprometidos e nenhuma brecha foi reportada. Dentro da “experiência” oficial, o app garantiu a segurança que promete e através da qual, em grande parte, se sustenta. Continue lendo “De quem (e qual) é a culpa do último vazamento de fotos do Snapchat?”
Quando você chega ao trabalho na segunda-feira vindo do descanso do fim de semana, qual a sua atitude em relação às demandas e compromissos profissionais? Entusiasmada e revigorada, ou resmungona?
A forma como encaramos o primeiro dia útil da semana remete àquela história do copo meio cheio ou meio vazio. O retorno ao trabalho pode ser um revigorante recomeço após dois dias de descanso, ou munição para reclamações matinais incessantes. A ciência e a praxe suportam ambas as situações. Continue lendo “Hoje é segunda-feira, mas está tudo bem”